29 de janeiro de 2010

"Deixai vir a mim as criancinhas ..." (Mateus, 19, 14) - Parte 101 - 2ª Parte

101) Que nos ordena o oitavo Mandamento?
II ª parte: O oitavo Mandamento ordena-nos que interpretemos em bom sentido, tanto quanto possível, as ações do próximo.
Deus penetra no intimo da consciência e perscruta as intenções do homem. Só ele pode julgar com verdade e justiça. "Não há senão um legislador e um juiz - diz S. Tiago - que pode perder e salvar. Mas quem és tu, que julgas o próximo?" (Tiago, 4,12-13).
O oitavo Mandamento proíbe pensar mal do próximo com suspeita e juízos temerários. "Na verdade vos digo que, se não vos converterdes e não vos tornardes como meninos, não entrareis no reino dos céus" (Mateus, 18,3).
É admirável a simplicidade das crianças! Não pensam mal de ninguém. As vezes, ainda mesmo diante de um malfeitor estendem os bracinhos, como se conta de uma criança mártir chinesa.
Observa a alegoria da Simplicidade. Como soube representá-la bem o pintor Veronese!
Sua atitude é despreocupada, sem a menor sombra de ostentação. Olha tudo com semblante sereno, franco e leal. Tem nas mãos um arminho, animalzinho famoso pela alvura de seu pelo e natural horror que tem a tudo o que é sórdido. Assim também deve ser o discípulo de Cristo. Deve odiar qualquer mancha em sua alma, qualquer dobrez, maldade e hipocrisia. Deve caminhar na simplicidade, na retidão, na caridade que, como ensina S. Paulo: "É paciente, não é invejosa, não é temerária, mas folga com a verdade; tudo desculpa, tudo crê, tudo espera, tudo sofre" (1ª Coríntios, 13,4-7).

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