SANTA ISABEL DA HUNGRIA
Filha do rei André II, da Hungria, nasceu em Presburgo, no ano de 1207. Sua nobreza, sua piedade e sua formosura atraíram a atenção do duque da Turíngia, que a pediu para esposa de seu filho Luís. Menina ainda, levaram-na para o palácio de seu futuro esposo, a fim de que se habituasse à corte e aos costumes da Turíngia.
Certa vez, a duquesa Sofía, mãe de Luís, levou-a a uma igreja, para visitar uma imagem de Nossa Senhora da Assunção, cuja festa se celebrava naquele dia. A menina, vendo uma imagem de Jesus Crucificado, prostrou-se diante dela, tirando antes a coroa que trazia na cabeça. Repreendeu-a sua futura sogra.
— Uma princesa — disse — deve rezar de pé, com a coroa na cabeça; do contrário, hão de confundir-te com uma beata.
Ao que replicou Isabel:
— Não posso estar com uma coroa de ouro e pérola diante de Jesus Cristo que, por mim, levou a coroa de espinhos. — E desatou a chorar.
Seu futuro esposo amava-a demais.
— Se esta montanha — disse um dia a um de seus vassalos — se transformasse toda em ouro, por ela eu não trocaria a minha Isabel, cuja formosura e bondade enlevam e enchem o meu coração.
Assim que Luís completou vinte anos celebrou seu casamento com Isabel, ainda muito jovem. A duquesa Sofia, cheia de ciúmes de sua nora, procurou debalde arrefecer o amor dos esposos.
Um dia, achando-se Luís ausente, Isabel encontrou um leproso, mísero, chagado e pestífero. Com suas delicadas mãos pensou-lhe as feridas, deu-lhe de comer e o fez deitar-se em seu leito conjugal.
Nisto regressou Luís. A sogra apressou-se a narrar-lhe o ocorrido, levando-o ao quarto do casal. Qual não foi, porém, o seu espanto quando, em lugar do leproso, ali encontraram a Jesus crucificado, estendido sobre o leito. Caíram de joelhos e Jesus desapareceu.
Outra vez, a duquesa Sofia rogou a seu filho que repreendesse a Isabel, porque — disse-lhe — leva tudo que encontra na cozinha para distribuir aos pobres, e vai tão carregada que pode prejudicar a saúde, tornando-se o escárnio da plebe.
Poucos dias depois, Isabel, que descia por um caminho estreito, levando sob o manto grande quantidade de pães e outros alimentos para os pobres, encontrou-se com seu marido que saíra bem cedo a passear a cavalo pela vizinhança. Olhou para ela o duque Luís e, com intenção de repreendê-la suavemente, perguntou-lhe:
— Que é que levas ai?
E ao mesmo tempo abriu-lhe o manto; mas, em vez de víveres, que julgava encontrar no regado de sua esposa, viu, com espanto, uma braçada de belíssimas rosas brancas e encarnadas.
Por aquele tempo pregava-se uma cruzada contra os infiéis. Luís, com o consentimento de sua esposa, partiu com outros cavaleiros. Passados alguns meses chegou a triste notícia de que o duque havia morrido. Deixava por herdeiro o seu primogênito; mas, até que chegasse a maioridade, Henrique, irmão do duque, governaria seus estados.
Foi então que a duquesa Sofia e seus cortesãos puderam vingar-se. Expulsaram do palácio a Isabel com seus filhos, tendo a pobre viúva de viver mendigando. Na primeira noite, ninguém a quis hospedar, temendo a vingança do regente. Com admirável resignação aceitou Isabel, por amor de Deus, todos aqueles desprezos e privações.
Ao regressar da Terra Santa o grosso do exército, capitães e soldados, indignados com o tratamento que se dava a Isabel, obrigaram Henrique e Sofia a recebê-la no palácio e a reconhecerem os direitos do herdeiro.
Isabel deu graças a Deus, mas não quis viver na corte entre danças e intrigas. Retirou-se a um casebre, em Marburgo, perto do qual ergueu um hospital, onde atendia aos pobres e enfermos. Rica de santidade e de méritos, voou para o céu em 1231, contando apenas 24 anos de idade.
Festa: 19 de novembro.
Certa vez, a duquesa Sofía, mãe de Luís, levou-a a uma igreja, para visitar uma imagem de Nossa Senhora da Assunção, cuja festa se celebrava naquele dia. A menina, vendo uma imagem de Jesus Crucificado, prostrou-se diante dela, tirando antes a coroa que trazia na cabeça. Repreendeu-a sua futura sogra.
— Uma princesa — disse — deve rezar de pé, com a coroa na cabeça; do contrário, hão de confundir-te com uma beata.
Ao que replicou Isabel:
— Não posso estar com uma coroa de ouro e pérola diante de Jesus Cristo que, por mim, levou a coroa de espinhos. — E desatou a chorar.
Seu futuro esposo amava-a demais.
— Se esta montanha — disse um dia a um de seus vassalos — se transformasse toda em ouro, por ela eu não trocaria a minha Isabel, cuja formosura e bondade enlevam e enchem o meu coração.
Assim que Luís completou vinte anos celebrou seu casamento com Isabel, ainda muito jovem. A duquesa Sofia, cheia de ciúmes de sua nora, procurou debalde arrefecer o amor dos esposos.
Um dia, achando-se Luís ausente, Isabel encontrou um leproso, mísero, chagado e pestífero. Com suas delicadas mãos pensou-lhe as feridas, deu-lhe de comer e o fez deitar-se em seu leito conjugal.
Nisto regressou Luís. A sogra apressou-se a narrar-lhe o ocorrido, levando-o ao quarto do casal. Qual não foi, porém, o seu espanto quando, em lugar do leproso, ali encontraram a Jesus crucificado, estendido sobre o leito. Caíram de joelhos e Jesus desapareceu.
Outra vez, a duquesa Sofia rogou a seu filho que repreendesse a Isabel, porque — disse-lhe — leva tudo que encontra na cozinha para distribuir aos pobres, e vai tão carregada que pode prejudicar a saúde, tornando-se o escárnio da plebe.
Poucos dias depois, Isabel, que descia por um caminho estreito, levando sob o manto grande quantidade de pães e outros alimentos para os pobres, encontrou-se com seu marido que saíra bem cedo a passear a cavalo pela vizinhança. Olhou para ela o duque Luís e, com intenção de repreendê-la suavemente, perguntou-lhe:
— Que é que levas ai?
E ao mesmo tempo abriu-lhe o manto; mas, em vez de víveres, que julgava encontrar no regado de sua esposa, viu, com espanto, uma braçada de belíssimas rosas brancas e encarnadas.
Por aquele tempo pregava-se uma cruzada contra os infiéis. Luís, com o consentimento de sua esposa, partiu com outros cavaleiros. Passados alguns meses chegou a triste notícia de que o duque havia morrido. Deixava por herdeiro o seu primogênito; mas, até que chegasse a maioridade, Henrique, irmão do duque, governaria seus estados.
Foi então que a duquesa Sofia e seus cortesãos puderam vingar-se. Expulsaram do palácio a Isabel com seus filhos, tendo a pobre viúva de viver mendigando. Na primeira noite, ninguém a quis hospedar, temendo a vingança do regente. Com admirável resignação aceitou Isabel, por amor de Deus, todos aqueles desprezos e privações.
Ao regressar da Terra Santa o grosso do exército, capitães e soldados, indignados com o tratamento que se dava a Isabel, obrigaram Henrique e Sofia a recebê-la no palácio e a reconhecerem os direitos do herdeiro.
Isabel deu graças a Deus, mas não quis viver na corte entre danças e intrigas. Retirou-se a um casebre, em Marburgo, perto do qual ergueu um hospital, onde atendia aos pobres e enfermos. Rica de santidade e de méritos, voou para o céu em 1231, contando apenas 24 anos de idade.
Festa: 19 de novembro.