26 de julho de 2024

Frases dos Santos

53. Esta vida tão curta temos que aproveitar com alegria oferecendo, com gozo tudo o que suceder pois tudo o que acontece é para fazer-nos crescer no amor.(Beata Maria Maravilhas de Jesus)

25 de julho de 2024

Frases dos Santos

52. Como é bom o Senhor ! Parece que se regozija em manifestar o seu poder, enaltecendo e enriquecendo com grandes favores almas tão mesquinhas como as nossas. (Santa Teresa de Jesus)

Programação de Missas no Apostolado do IBP Curitiba

Transmissão das Atividades do IBP em Curitiba

Na Capela, Rua Lamenha Lins, 2115, Rebouças
⛪️ 5ª feira, 25/07
18h30, Exposiçãodo Santíssimo
19h30, Missa Rezada

⛪️ 6ª feira, 26/07
19h00, Santo Terço
19h30, Missa Rezada

⛪️ Sábado, 27/07
🚨*Não haverá Missa nesse sábado🚨

Peregrinação do IBP de todo o Brasil para Aparecida.

⛪️ Domingo, 28/07
X Domingo pós Pentecostes
08h00, Confissões
08h30, Missa Rezada

09h30, Confissões
10h00, Missa Cantada

18h30, Confissões
19h00, Missa Rezada

24 de julho de 2024

Frases dos Santos

51. Quando menos se pensa chega a morte. Então tudo desaparece e só o bem se leva consigo.
(Santa Teresa dos Andes)

23 de julho de 2024

ABORTO O GENOCÍDIO DOS TEMPOS ATUAIS - LIVRO CATECISMO CONTRA O ABORTO 10

X

O embate pelo aborto no Brasil

81. O aborto tem condições de ser aprovado no Brasil?
— O Brasil católico, conservador, tradicional na índole de seu povo, presencia uma agressiva campanha de grupos abortistas que trabalham afanosamente no Congresso Nacional, e fora dele, inclusive em altos setores do governo, para conseguir que o aborto seja descriminalizado e declarado um direito da mulher. Se os católicos se unirem, e com valentia lutarem contra o homicídio de nascituros, a graça de Nossa Senhora Aparecida, Padroeira do Brasil, levá-los-á à vitória. Mas é preciso jamais esmorecer.*

82. Quais as conseqüências para o Brasil, enquanto nação, da aprovação do aborto?
— Em 1998 o Brasil foi declarado pela OMS (Organização Mundial da Saúde) o país com o maior número de abortos no mundo ocidental, calculados em 2,3 milhões por ano. No total do século, isto significa mais que as vítimas de todas as guerras do século XX juntas; mais do que todos os mortos em catástrofes naturais; mais do que os espantosos genocídios promovidos por nazistas, comunistas, ou resultantes de confrontos nacionais na Europa e na Ásia, ou de guerras tribais na África. Quanto ao Brasil, se o país oficializar a matança de inocentes legalizando o aborto, a gravidade do pecado sobe de grau, pois passa a ser um pecado da nação brasileira. Cumpre lembrar, a esse respeito, o famoso pensamento de Santo Agostinho segundo o qual, como no Céu não haverá nações, estas são castigadas ou premiadas nesta Terra pelas suas obras. O combate que devemos desenvolver contra o aborto visa afastar do Brasil esse castigo e atrair as bênçãos de Deus e de Nossa Senhora para a nossa nação.

83. Diante do atual embate sobre o aborto, é legítima uma posição de simples negligência, ou mesmo de neutralidade declarada?
— Na Divina Comédia, Dante Alighieri profliga aqueles que viveram nesta Terra evitando tomar posição sobre os grandes confrontos de sua época. Com isso levaram uma vida insignificante, “sanza infamia e sanza lodo” (sem infâmia e sem louvor). Por isso, não mereceram ser acolhidos no Céu, e o próprio Inferno os recebeu com desdém, mantendo-os no vestíbulo dos antros infernais. Encontrando-os aí, e vendo-os desprezados por todos, Virgílio aconselha a Dante: “Non ragioniam di lor ma guarda e passa” (Não percamos tempo com eles, olhe apenas e passe adiante).* Esse é o desprezo que merecem os que, numa hora grave para a Religião e a Pátria, preferem não se engajar na luta, mantendo-se numa preguiçosa e ignóbil indiferença.
* Inferno, Canto III, vv. 34 e 49.

84. O que os católicos podem fazer concretamente?
— O intrépido pensador e líder católico brasileiro, Plinio Corrêa de Oliveira, dizia: “Ao católico que mergulhar na deliciosa inércia, e com falsa humildade perguntar ‘Quem sou eu? Que posso eu fazer, se sou um mero particular, sem posição de destaque que me permita exercer uma ação eficiente?’, lembramos que, se todos os católicos brasileiros soubessem reivindicar os direitos da Igreja em suas conversas, em suas discussões, em toda sua vida, nunca teria sido nossa Constituição deformada por um positivismo ridículo, obsoleto, com que se pretende fazer de nós a caricatura cruel de um povo civilizado. Combatamos. A Igreja espera que cada um cumpra o seu dever”.*
* O Legionário, nº 74, 8-2-1931.

Frases dos Santos

50. Cristo faz dom de sua vida para abrir aos homens a entrada para a vida eterna. Portanto, para conquistar a vida eterna, também os homens devem sacrificar a vida terrena.
(Santa Teresa Benedita da Cruz)

22 de julho de 2024

Frases dos Santos

49. Invoca teu Deus, cujo amor é tão terno, confia-lhe o futuro! (Santa Teresinha do Menino Jesus)

21 de julho de 2024

Frases dos Santos

48. O Senhor nos ama mais do que nós mesmos nos amamos.(Santa Teresa de Jesus)

20 de julho de 2024

ABORTO O GENOCÍDIO DOS TEMPOS ATUAIS - LIVRO CATECISMO CONTRA O ABORTO 9

 IX

Campanha mundial pela legalização do aborto

71. A grande quantidade de abortos se deve exclusivamente ao dinamismo espontâneo de uma sociedade que vai se corrompendo moralmente ou há algo mais?
— É um engano pensar que a avalanche de pecados que constituem os milhões de abortos praticados anualmente em todo o mundo se deve apenas ao dinamismo puramente espontâneo de uma sociedade em decadência moral. Pelo contrário, é notória a existência de um imenso movimento pró-aborto, atuante em âmbito mundial, que se dedica a promover a legalização e a prática do aborto.

72. Que organizações se dedicam a promover o aborto?
— São incontáveis as organizações públicas e privadas, no mundo inteiro, que se dedicam a promover o aborto. Entre elas incluem-se organismos da ONU, numerosas ONGs, governos nacionais. Constituem uma rede organizada, influente, que dispõe de imensos recursos financeiros e midiáticos. A Santa Sé, através de núncio apostólico que mantém nas Nações Unidas, advertiu que os governos têm o dever de denunciar as agências da ONU que, contra os tratados internacionais, promovem o aborto.

73. Que relação tem o aborto com as teses eugenistas?
— O movimento abortista, alegando chavões sentimentais, favorece os desígnios de uma doutrina extremamente perigosa chamada eugenia, que almeja impor-se ao mundo inteiro. São seus objetivos: promover as raças e pessoas consideradas superiores (eugenismo positivo); fazer desaparecer as raças e pessoas consideradas inferiores (eugenismo negativo).* A eugenia era praticada pelos povos pagãos, inclusive pelos gregos e romanos. Foi a Igreja Católica que, ensinando gradativamente o alto valor da vida humana e seu destino sobrenatural e eterno, inculcou ao mesmo tempo o horror ao aborto e ao infanticídio.
* Cfr. Lilian Denise Mai e Emília Luigia Saporiti Angerami, Eugenia negativa e positiva: significados e contradições, in Revista Latino-Americana de Enfermagem, março-abril de 2006. [vide http://www.scielo.br/pdf/rlae/v14n2/v14n2a15.pdf].

74. A eugenia reviveu depois?
— No século XIX a eugenia foi “redescoberta” por Darwin, cuja teoria evolucionista de “seleção natural” procura explicar a formação de raças superiores e inferiores: “Entre os selvagens, os corpos ou mentes enfermos são rapidamente eliminados. Os homens civilizados, ao contrário, constroem asilos para os imbecis, incapacitados ou enfermos, e nossos médicos aplicam o melhor de seu talento em conservar a vida de todos e de cada um, até o último momento, permitindo que se propaguem os membros fracos das nossas sociedades civilizadas. Ninguém que tenha trabalhado na reprodução de animais domésticos duvidará de que isto é sumamente prejudicial à espécie humana” (destaques em negrito nossos).*
* Charles Darwin, The Descent of Man, cap. 5 — On the Development of the Intellectual and Moral Faculties During Primeval and Civilised Times. [vide http://www.literature.org/authors/darwin-charles/the-descent-of-man/chapter-05.html].

75. Que relação há entre eugenia, planejamento familiar e aborto?
— Margaret Sanger (1879–1966), ícone do movimento feminista, fundadora da International Planned
Parenthood Federation (Federação Internacional de Planejamento Familiar), prega claramente a eugenia no seu livro The Pivot of Civilization (cfr. pp. 59-71) e em muitos outros escritos. A entidade por ela fundada é uma das mais ativas organizações abortistas de nossos dias.

76. A eugenia foi favorecida pelo nazismo?
— No século XX, a eugenia foi adotada como política oficial do nazismo de Hitler e mereceu a repulsa geral da opinião pública, até bem pouco tempo.

77. O que o aborto tem que ver com as teses de “ecologia profunda”?
— A expressão doutrinária mais extremada do movimento ecológico denomina-se ecologia profunda, e é aparentada com a eugenia. Seus defensores afirmam que a capacidade da Terra para suportar a população humana é muito limitada, entre um e dois bilhões de pessoas. Muitos crêem que isso os leve a advogar a extinção da humanidade, por ser predatória da natureza. De fato, alguns deles pensam assim. Propõem, entre outras coisas, uma extinção voluntária, consistente em renunciar a ter filhos ou abortá-los. Nesse sentido trabalha, por exemplo, a ONG The Voluntary Human Extinction Movement (Movimento pela extinção humana voluntária).*
* Cfr. http://www.vhemt.org/index.htm.

78. O que o aborto tem a ver com as teses marxistas e comunistas?
— Para marxistas e comunistas, o aborto encaixa-se na luta pela chamada “libertação da mulher”. Durante a revolução russa, o departamento feminino do partido bolchevista conseguiu aprovar o direito ao aborto legal gratuito nos hospitais do Estado. Com Stalin, o aborto voltou a ser ilegal. Na década de 60, os comunistas, aliados aos grupos feministas de inspiração marxista, conseguiram a despenalização do aborto na Itália, França, Inglaterra e Estados Unidos. E continuam difundindo virulentamente, em todo o mundo, a defesa do aborto como se fosse um direito da mulher.

79. Em face da cultura da vida, existe também uma cultura da morte?
— Sim, muitos se dedicam a difundir na sociedade uma mentalidade que atenta contra a vida humana, propugnando o aborto e a eutanásia. Segundo essa mentalidade, tais práticas não deveriam mais ser consideradas crimes; assumiriam paradoxalmente o caráter de direitos, a ponto de se pretender, para elas, um reconhecimento legal do Estado, junto com a garantia de execução gratuita por meio de profissionais de saúde. Estes ficariam, em alguns casos, proibidos inclusive de levantar objeção de consciência contra tais práticas criminosas.

80. O movimento pró-aborto resulta de considerações meramente sentimentais ou envolve algo mais profundo?
— As pessoas que se manifestam favoráveis ao aborto parecem movidas por considerações meramente sentimentais, alegando sobretudo a consternação da mulher diante de uma gravidez indesejada. Alguns pensam também nas condições de pobreza em que a criança vai viver depois de nascida. Mas não pensam no sofrimento da vítima inocente e indefesa que vai ser brutalmente sacrificada antes de nascer. Essa obnubilação do sentimento, que só vê um dos lados da questão, é provocada, segundo o ensinamento da Igreja, por aquele que foi o “homicida desde o princípio” e o “pai da mentira”, ou seja, o demônio. Foi o demônio que incitou Caim a matar seu irmão Abel, e desde então a maldição do homicídio pesa sobre a descendência de Adão e Eva. Desde então, a humanidade se dividiu em duas cidades, como ensina Santo Agostinho: a Cidade do homem, fundada sobre o amor egoísta de si mesmo levado até o ódio a Deus e a seus divinos Mandamentos; e, em contraposição, a Cidade de Deus, constituída por aqueles que põem o amor a Deus infinitamente acima do amor legítimo e desinteressado de si mesmo.

Frases dos Santos

47. Vivamos de amor, para morrer de amor e glorificar ao Senhor que é todo amor.
(Beata Elizabete da Trindade)

19 de julho de 2024

Frases dos Santos

46. Ao entardecer desta vida examinar-te-ão no amor. (São João da Cruz)

18 de julho de 2024

Frases dos Santos

45. Tenho sofrido muito ao ver o esquecimento em que os homens vivem para com Deus. Vivem em desenfreada alegria, ofendendo-o, sem pensar que cada ano aproximam-se mais da morte.
(Santa Teresa dos Andes)

17 de julho de 2024

ABORTO O GENOCÍDIO DOS TEMPOS ATUAIS - LIVRO CATECISMO CONTRA O ABORTO 8

VIII

A lei brasileira e o aborto

65. Quais as leis brasileiras que tratam do aborto?
— Genericamente, a Constituição brasileira. E, além dela, o Código Penal. Ademais, há tratados internacionais, subscritos pelo Brasil, que tratam da questão.

66. O que diz a Constituição Brasileira?
— O artigo 5º da Constituição garante “aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida”.

67. E o Código Penal?
— Os artigos 124 a 128 do Código Penal tipificam o aborto como crime: “Aborto provocado pela gestante ou com seu consentimento"

Art. 124 — Provocar aborto em si mesma ou consentir que outrem lho provoque: Pena — detenção, de 1 (um) a 3 (três) anos.

Aborto provocado por terceiro
Art. 125 — Provocar aborto, sem o consentimento da gestante: Pena — reclusão, de 3 (três) a 10 (dez) anos.

Art. 126 — Provocar aborto com o consentimento da gestante: Pena — reclusão, de 1 (um) a 4 (quatro) anos.
Parágrafo único — Aplica-se a pena do artigo anterior, se a gestante não é maior de 14 (quatorze) anos, ou é alienada ou débil mental, ou se o consentimento é obtido mediante fraude, grave ameaça ou violência.

Forma qualificada
Art. 127 — As penas cominadas nos dois artigos anteriores são aumentadas de um terço, se, em conseqüência do aborto ou dos meios empregados para provocá-lo, a gestante sofre lesão corporal de natureza grave; e são duplicadas, se, por qualquer dessas causas, lhe sobrevém a morte.

Art. 128 — Não se pune o aborto praticado por médico: Aborto necessário
I — se não há outro meio de salvar a vida da gestante; Aborto no caso de gravidez resultante de estupro
II — se a gravidez resulta de estupro e o aborto é precedido de consentimento da gestante ou, quando incapaz, de seu representante legal”.

68. Há, portanto, casos em que, pela lei penal brasileira, o aborto é permitido?
— Não. O aborto é sempre crime, embora não passível de punição nos casos de estupro, e se não há outro meio de salvar a vida da gestante. Nesses dois casos, a lei não pune, mas continua a considerá-los crime.

69. Nesses casos, é moralmente aceitável o aborto?
— Não. O fato de a lei não punir não o torna moralmente aceitável, porque o aborto é inaceitável em qualquer caso, por ser um atentado contra a vida humana indefesa e inocente.

70. Quais são os tratados internacionais que proíbem o aborto?
— O Brasil assinou o Pacto de São José (da Costa Rica), que tem o efeito de lei, redigido nestes termos: “Art. 4º — Toda pessoa tem direito a que se respeite a sua vida.
Este direito estará protegido pela lei, em geral, a partir do momento da concepção”.

Frases dos Santos

44. Se não dermos ouvidos ao Senhor quando nos chama, pode acontecer que não logremos encontrá-lo quando o quisermos. (Santa Teresa de Jesus)

16 de julho de 2024

Frases dos Santos

43. Que bom deve ser sofrer, quando Quem prova é Aquele que tanto fez para que sejamos eternamente felizes. (Beata Maria Maravilhas de Jesus)

ABORTO O GENOCÍDIO DOS TEMPOS ATUAIS - LIVRO CATECISMO CONTRA O ABORTO 7

 VII

Aborto, saúde pública e Estado leigo

55. O aborto é uma questão de saúde pública, com a qual a religião nada tem a ver.
— Esta alegação é uma manobra tática dos propugnadores do aborto para escapar da questão moral. Eles tentam colocar fora da discussão a parte mais candente e essencial do tema, pois sabem que suas teses são ética e moralmente insustentáveis, e por isso rejeitadas pela maioria da opinião pública.

56. Qual a diferença entre ética e moral?
— Ética e moral são expressões correlatas, pois derivam etimologicamente de duas palavras — uma em grego (ethos) e outra em latim (mos) — que significam a mesma coisa, isto é, costume. Entretanto, convencionou-se estabelecer, em certos círculos acadêmicos, uma diferença entre ambas. A ética seria o estudo das leis que regem o comportamento humano (os costumes), tais como se deduzem lógica e racionalmente da natureza das coisas, isto é, da Lei natural. A moral acrescenta aos elementos da Lei natural os dados fornecidos pela Revelação. Como Deus é, ao mesmo tempo, o autor da natureza e da Revelação, a harmonia e a concordância que existe entre ambas são tais, que não há nem pode haver oposição entre a ética e a moral católica. Isto vale especialmente para a ética médica.

57. De qualquer forma, vivemos num Estado leigo, o qual deve ser neutro, legislar para todos, e não só para os cristãos.
— O Estado neutro ou leigo não professa uma religião, mas professa uma ideologia que postula uma vida social e pública desvinculada do fator religioso. É um tipo de confessionalidade ideológica: agnóstica ou laicista.* Equivaleria a dizer: “Como você tem uma convicção religiosa, não pode impô-la a mim. Mas eu, que sou agnóstico ou ateu, posso impor a minha a você. Nós divergimos, mas quem tem razão sou eu, que tenho a mente livre e não atada por dogmas religiosos”. Trata-se de um estranho Estado de Direito, dito democrático e pluralista, no qual somente os ateus e agnósticos têm o direito de falar e modelar as leis segundo seus princípios.
* Cfr. J. Hervada, Pensamientos sobre sociedad plural y dimensión religiosa, in Jus Canonicum, XIX, 1979, nº 38, pp. 63-76.

58. Então o juízo da moral católica contrário ao aborto é válido para toda a sociedade?
— Quando o católico defende as leis divinas não está impondo arbitrariamente uma crença pessoal, mas proclamando que a justiça, a verdade, o caráter sagrado da vida humana devem ser reconhecidos, protegidos e respeitados por todos. Negar que os católicos tenham o direito de defender publicamente suas convicções é afirmar que a apregoada liberdade religiosa não vale para eles. Quanto ao aborto, ele
é um crime não só para um católico, mas para todos os homens, em qualquer lugar do mundo, como decorrência da Lei natural. E ninguém tem direito de praticar um crime por ter formado individualmente a opinião que tal ato não é crime. Os princípios da Lei natural são acessíveis à razão humana e se impõem a todos, independentemente de suas crenças — ou descrenças... — religiosas.

59. Como alguém pode saber que o direito à vida é um preceito da Lei natural?
— Diz o Papa João Paulo II na encíclica Evangelium vitae (nº 2): “Mesmo por entre as dificuldades e incertezas, todo homem sinceramente aberto à verdade e ao bem pode, pela luz da razão e com o secreto influxo da graça, chegar a reconhecer, na lei natural inscrita no coração (cfr. Rom. 2, 14-15), o valor sagrado da vida humana desde o seu início até o seu termo, a afirmar o direito que todo ser humano tem de ver plenamente respeitado este seu bem primário. Sobre o reconhecimento de tal direito é que se funda a convivência humana e a própria comunidade política”.

60. Ao tentar impor, aos que não têm fé, seus preceitos morais baseados na fé, os católicos assumem uma atitude preconceituosa, própria de fanáticos.
— Essa objeção já está formalmente respondida nas questões anteriores, que demonstram a universalidade dos preceitos da Lei natural. Concretamente, quando os católicos se opõem ao aborto, o fazem baseados também em dados científicos que mostram a falsidade e a nocividade dos argumentos pró-aborto. A medicina e a higiene se baseiam nas ciências naturais, que chegam às suas conclusões através dos métodos naturais de investigação. Mas sendo o homem composto de matéria e espírito, essas ciências não podem abstrair do conteúdo ético e moral de suas conclusões e de suas aplicações concretas. Paradoxalmente, muitos partidários do aborto, no seu fanatismo cego, usam argumentos não científicos, mas sentimentais, deixando de lado os dados mais óbvios da razão.

61. Quais são as conseqüências da rejeição dos preceitos morais pregados pela Igreja?
— O Professor Plinio Corrêa de Oliveira explica: “A Igreja Católica foi instituída por Nosso Senhor Jesus Cristo como mestra da moral. Excluí-la de qualquer assunto de natureza moral é pois excluir o próprio Jesus Cristo, o que infelizmente não é raro acontecer em órgãos de comunicação social de nossos dias. “O direito da Igreja de Jesus Cristo de ser ouvida não lhe vem da maioria, mas do próprio Jesus Cristo, o qual foi igualmente Mestre quando a multidão o glorificava cantando ‘Hosana ao filho de Davi’, como quando ululava ‘Crucifica-O’. A negação do Divino Mestre obviamente é ainda mais censurável em um país católico, no qual a imensa maioria dispõe de meios, inclusive pacíficos e inteiramente legais, para conseguir que a voz do Divino mestre nunca seja recusada ou omitida. “Cada aborto constitui um assassinato. À medida que a impunidade legal venha a favorecer no Brasil que o aborto se introduza em nossos costumes, ocorrerá um número infinitamente crescente de assassinatos. “Tudo isso abre como que um rio de pecados a bradarem aos Céus clamando por vingança. Esta expressão enérgica está até nos catecismos. “No plano social, os efeitos do aborto são claros. De um lado, a ausência de frutos nas chamadas uniões livres só pode concorrer para multiplicá-las. De outro lado, os vínculos do matrimônio são debilitados pelo aborto. Com efeito, quanto mais numerosos os filhos, tanto mais se robustecem os vínculos afetivos e morais entre os pais. “Tudo isso redunda em mais um fator de debilitação do matrimônio e da família, e portanto de toda a sociedade brasileira”.*
* Cfr. entrevista concedida a Edição Mineira, Belo Horizonte, nº 45, 5-1-1983.

62. Independente das implicações religiosas e morais, o fato é que o aborto constitui um problema de saúde pública, que deve ser resolvido de alguma maneira. Milhares de mulheres morrem, ou quase, em abortos realizados clandestinamente. Realizado em hospitais do Estado, o aborto é mais seguro. As mulheres ricas podem fazer o aborto em clínicas especializadas, enquanto as pobres não. É, portanto, obrigação do Estado evitar esses abortos clandestinos, oferecendo às mulheres sem recursos a possibilidade de um aborto legal e seguro.
— A obrigação do Estado é favorecer a vida, e nunca a morte. Qualquer que seja a razão da gravidez, a obrigação da mãe é levá-la até o fim. É um outro ser humano que ela leva em seu seio e que tem direito fundamental à vida, e que ela não pode, em hipótese alguma, eliminar. A única política pública aceitável é evitar o aborto, com o oferecimento de assistência moral e material durante a gravidez e o parto. Quer a mãe seja rica ou pobre, o problema é o mesmo. O aborto é um assassinato de um ser inocente e indefeso, e ninguém pode praticá-lo, independentemente de sua condição financeira.

63. Mesmo que a lei penalize o aborto — queiramos ou não — ele continuará a ser praticado. É, portanto, melhor legalizá-lo, para evitar as conseqüências gravemente danosas do aborto clandestino.
— Não se elimina um mal legalizando-o. Isso equivaleria a propor a legalização do roubo, do estupro, etc. Dentro dessa lógica, não deveria haver lei penal alguma, sob o esdrúxulo argumento de que, sem lei que o penalize, o crime deixaria de ser praticado. A conseqüência evidente é que, pelo contrário, os crimes aumentariam, pois estariam protegidos pela total impunidade.

64. Uma solução, então, seria promover, em larga escala, os métodos artificiais de controle da natalidade. Assim evitar-se-ia a gravidez indesejada, e por conseqüência o aborto.
— A contracepção, de si, constitui uma violação da Lei divina e da Lei natural, pois impede a realização do fim próprio do ato sexual, que é a procriação, na vigência do casamento monogâmico e indissolúvel. Ademais, não é lícito combater uma ação criminosa com uma prática imoral. A contracepção não elimina a prática do aborto, mas abre as portas para ele. Declara-o o ex-diretor médico de uma entidade financiadora e promotora do aborto e do controle da natalidade: “À medida que as pessoas adotam métodos contraceptivos, aumenta e não decresce o número dos abortos”.* Na verdade, sem um combate firme e decidido à generalizada dissolução dos costumes, não se elimina a praga do aborto, a pandemia da Aids e aberrações morais correlatas. Uma declaração nesse sentido do Papa Bento XVI, por ocasião de sua viagem à África, escandalizou os meios laicistas em todo o mundo, que rasgaram as vestes diante de tal afirmação. Entretanto, a observação do Pontífice é perfeitamente sensata e comprovada pela observação comum.
* Andrew Scholberg, The Abortions and Planned Perenthod: Familiar Bedfellows — IRNFP, vol. IV, nº 4, Winter 1980, p. 298.

15 de julho de 2024

Programação de Missas no Apostolado do IBP Curitiba

Na Casa do Padre: Olavo Bilac, 76
⛪️ 2ª feira, 15/07
07h30, Missa Rezada

⛪️ 3ª feira, 16/07
Nossa Sra do Carmo
07h30, Missa Rezada

19h00, Missa Rezada

⛪️ 4ª feira, 17/07
07h30, Missa Rezada

18h00, Exposição do Santíssimo
19h00, Conferência
————————————————
Na Capela, Rua Lamenha Lins, 2115, Rebouças
⛪️ 5ª feira, 18/07
18h30, Exposição do Santíssimo
19h30, Missa Rezada

⛪️ 6ª feira, 19/07
19h00, Santo Terço
19h30, Missa Rezada

⛪️ Sábado, 20/07
08h00, Confissões
08h30, Missa Rezada

⛪️ Domingo, 21/07
IX Domingo pós Pentecostes
08h00, Confissões
08h30, Missa Rezada

09h30, Confissões
10h00, Missa Cantada

18h30, Confissões
19h00, Missa Rezada

ABORTO O GENOCÍDIO DOS TEMPOS ATUAIS - LIVRO CATECISMO CONTRA O ABORTO 6

 VI

As seqüelas do aborto para a mãe e as falsas alegações em favor de sua legitimidade

38. Corre risco a mulher que se submete ao aborto, mesmo executado por profissionais?
— Seria temerário negar que a mulher corre risco, mesmo quando o aborto é executado por profissionais desse ramo macabro. O aborto provoca freqüentemente seqüelas físicas, psicológicas e morais.

39. Quais seqüelas físicas o aborto provoca?
— As seqüelas físicas que o aborto mais comumente provoca são: hemorragia, lesão e infecção, perfuração do útero ou do intestino, predisposição para abortos espontâneos, nascimentos prematuros, câncer de seio, gravidez ectópica (fora do útero), etc.

40. E os problemas psicológicos e morais?
— A síndrome pós-aborto inclui crises de angústia, perda de auto-estima, letargia, misantropia, depressão e, acima de tudo, remorsos!

41. É só a mãe que sente problemas emocionais após o aborto?
— Não. Também o pai, com freqüência, quando toma conhecimento do aborto de seu filho. Esse trauma pode ser agravado pelo fato de a lei geralmente não lhe conceder nenhum poder para proteger a vida de seu filho que vai nascer e é abortado voluntariamente pela mãe, como tem acontecido nos países onde o aborto é permitido.

42. As pessoas favoráveis ao aborto não sabem disso?
— Sabem, mas tal é a sua determinação de promover o aborto que só se referem aos riscos do aborto clandestino, evitando mencionar as seqüelas físicas, psicológicas e morais acima descritas.

43. Os partidários do aborto alegam que a mulher tem direito ao próprio corpo e, portanto, pode extirpar o conjunto de células que está se formando no seu organismo e que lhe pertencem.
— Essa alegação parte do pressuposto de que o que está se formando no seio da mãe não passa de um “grumo celular” agregado ao seu corpo. A mulher, portanto, teria o “direito” de extirpá-lo, como faria com um tumor que tivesse crescido em seu organismo. Entretanto, essa concepção é falsa, pois esse “grumo celular” — chamemo-lo assim, argumentandi gratia — é já um ser humano potencialmente completo e distinto da mãe. Não cabe falar, nesse caso, em “direito” da mãe ao próprio corpo, pois o que se formou nela, a partir da concepção, constitui um “terceiro” em relação a ela, sobre o qual ela não tem, de forma alguma, o direito de vida e de morte.

44. Mas não é a mãe que fornece as células ao filho?
— Sua contribuição é indireta. Todos os órgãos auxiliares — placenta, invólucro amniótico, cordão umbilical são desenvolvidos pelo próprio embrião, a partir dos nutrientes que recebe da mãe. Não é, pois, a mãe que produz diretamente as células com o que o filho vai se constituindo desde a fecundação.

45. E se a gravidez for indesejada pela mãe?
— Desde que a mulher esteja grávida, ela já é mãe de um ser humano nos estágios iniciais da vida, não lhe cabe mais escolha. Eliminar a criança indesejada é praticar o assassinato de uma criatura inocente e indefesa. O certo será remover as causas pelas quais a criança tornou-se indesejada, e não matá-la. Em caso de pobreza, buscar auxílio, como, por exemplo, obter a adoção da criança; em caso de vergonha, recolher-se discretamente. Nascer é um direito da criança.

46. Por que obrigar uma mãe a dar seqüência a uma gravidez resultante de estupro ou incesto?
— Matar a criança é um crime maior que o próprio estupro ou incesto. Se o estuprador não é condenado à morte, por que o seria a criança inocente?

47. Então a mãe vai ter que suportar a associação daquela criança, durante o resto da vida, à imagem indelével do estuprador?
— Se a associação da imagem do filho com o fato do estupro produzir um trauma irremovível, ainda há o remédio de entregar o bebê a pessoas ou instituições que possam adotá-lo. É o que a Igreja recomendava às freiras estupradas durante as guerras. Em caso algum será legítimo matar uma vítima que não teve a culpa de ser gerada. O que deve ser lembrado à mãe é que, ao optar pelo aborto, não escapará à síndrome pós-aborto, com os problemas físicos, psicológicos e morais já referidos. Se, pelo contrário, ela decide ter o filho e criá-lo, isso a eleva e dignifica aos próprios olhos e diante da parte mais sadia da sociedade, pela prática de um ato nobre e meritório. No caso da freira estuprada, a Igreja permitia que ela voltasse ao seio da família, se assim o desejasse, para criar e educar o filho.

48. Pode-se abortar a criança para salvar a vida da mãe?
— Não. Assim como não se pode matar a mãe para salvar a criança, não se pode matar a criança para salvar a mãe. Com os avanços da ciência médica, esses casos praticamente deixaram de existir. E a medicina tem hoje recursos para salvar os dois, e deve fazer tudo para isso.

49. Pode, entretanto, dar-se o caso de a mãe ter que fazer uma cirurgia ou tomar um remédio que acabe provocando a morte do feto.
— É um caso extremo, conhecido na Moral como de duplo efeito. Explica o Pe. Lodi da Cruz: “Neste caso a morte da criança não é diretamente provocada nem sequer desejada, mas somente tolerada como efeito secundário de uma ação boa. Por exemplo, uma mulher grávida descobre que está com o útero canceroso. O médico lhe diz que é preciso fazer uma histerectomia (remoção do útero) para extirpar o tumor. Diz também que esta cirurgia deve ser feita urgentemente, e não após o nascimento da criança, senão a mulher morrerá em pouquíssimo tempo. Analisando moralmente o caso, o médico não deseja matar a criança, mas remover o útero.
Aliás, se ele simplesmente matasse a criança, não salvaria a vida da mãe. Logo, o fim bom (salvar a mãe) não é obtido através de um meio mau (matar a criança), mas decorre diretamente de uma ação boa (a histerectomia), que aliás seria feita mesmo se a mulher não estivesse grávida. Esta ação boa, porém, teria um duplo efeito: um bom, desejado — a salvação da vida da mãe; outro mau, apenas tolerado, e não diretamente provocado — a morte da criança. Se, no caso que estudamos, não há outro meio de se obter o fim bom (a saúde da mãe) a não ser tolerando um efeito mau (a morte da criança); e se há proporção entre o mal tolerado e o bem procurado, então é lícito fazer a cirurgia. Procedimentos como este sempre foram lícitos e não se enquadram no conceito de aborto diretamente provocado, condenado pela Igreja e defendido pelos abortistas”.*
* In Aborto, faça alguma coisa, Anápolis, www.providaanapolis.org.br.

50. A anencefalia é o novo “cavalo de batalha” dos abortistas. A constatação da anencefalia justifica o aborto?
— O significado literal da palavra anencefalia é sem cérebro. Na realidade, significa uma falha na formação do embrião, em que este não desenvolve as partes superiores do cérebro (calota craniana, tecidos que a ela se sobrepõem, hemisférios cerebrais e cerebelo). Ele possui uma parte do sistema nervoso central que lhe permite respirar e manter funcionando coração, pulmões, rins e fígado.
Deve-se admitir a possibilidade de alguma consciência e capacidade de sentir dor. Alguns bebês anencéfalos que viveram alguns dias ou até meses levam a crer nessa possibilidade.

51. Então o anencéfalo não é um morto cerebral?
— Absolutamente não. A morte do anencéfalo normalmente ocorre por insuficiência respiratória.

52. Mas se o anencéfalo não tem possibilidade de sobreviver, não seria melhor evitar para a mãe esse trauma da morte logo após o nascimento?
— Não. Ninguém pode atentar contra o direito do anencéfalo de nascer, viver o tempo que lhe for dado por Deus, receber um nome próprio, ser batizado, morrer em paz e ter sepultura digna. Muito ao contrário de ser esquartejado pelo médico, sugado para fora do útero materno e jogado na lata de lixo hospitalar. Quanto à mãe, se abortasse, certamente estaria sujeita à síndrome pós-aborto, com todas as conseqüências físicas, psicológicas e morais já descritas.

53. Seria eticamente aceitável retirar órgãos vitais de anencéfalos para efeito de transplante?
— A Associação Médica Americana considera o anencéfalo um ser humano vivo, até que venha a ser constatada sua morte com critérios aplicáveis aos seres humanos em geral. Ela revogou a posição que considerava o anencéfalo neonato como um caso à parte para fins de doação de órgãos, colocando-o nos mesmos padrões e regras utilizados para doações de órgãos em geral. Assim, a previsão medicamente certa da curta vida extra-uterina do anencéfalo não torna moralmente lícita a retirada de órgãos vitais para transplante. O loteamento de órgãos de qualquer ser humano ainda vivo é um crime nefando, que,
por sua vez, alimentaria um comércio mais que nefando...
Aceita essa tese, logo viriam as próximas vítimas: crianças com outras doenças graves, velhos que não podem valer-se por si mesmos, qualquer indivíduo em estado vegetativo prolongado, etc.

54. Mas o que justifica tanto desvelo por um anencéfalo que vai mesmo morrer logo após o nascimento, se é que não nasce morto?
— É fato que muitas dessas crianças nascem mortas, e a maioria vive umas poucas horas. Mas há algumas que vivem dias, semanas e até meses, por vezes mais de um ano. Nesse período, tem-se constatado um maravilhoso relacionamento humano, especialmente com a mãe, mas também com parentes e acompanhantes que cercam com desvelo o anencéfalo. Mas, sobretudo, o que se deve ter em conta são os misteriosos desígnios do Criador, que deu tão pouco tempo de vida a essa criatura. O Dr. Albert Niedermeyer, Doutor em Medicina, Filosofia e Direito, Catedrático da Universidade de Viena, tece profundas considerações a esse respeito: “Sob o ponto de vista sobrenatural, não há vida indigna de ser vivida. Ao enfermo aparentemente mais perdido são aplicáveis as inspiradas palavras de Santo Tomás: ‘É melhor para ele ser assim do que não ser em absoluto’. Para compreender esta sentença, é indispensável poder conceber que todo ser representa uma participação no ser de Deus. Proposição misteriosa que, para a arrogância humana, incapaz de elevar o olhar acima do terreno, poderá parecer loucura e escândalo, mas que na realidade nasce de uma profunda sabedoria”.*
* Albert Niedermeyer, Compendio de Medicina Pastoral, Barcelona, Ed. Herder, 1955, p. 223

Frases dos Santos

42. A alma necessita de silêncio para concentrar-se na adoração. (Beata Elizabete da Trindade)

14 de julho de 2024

Frases dos Santos

41. Vida é viver de modo a não temer a morte nem outra conseqüência, no mundo.
(Santa Teresa de Jesus)

13 de julho de 2024

ABORTO O GENOCÍDIO DOS TEMPOS ATUAIS - LIVRO CATECISMO CONTRA O ABORTO 5

V

As relações do nascituro com Deus e a questão do Batismo

33. Como são as relações do nascituro com Deus?
— Deus disse ao Profeta Jeremias: “Antes que saísses do seio materno, Eu te consagrei” (Jer. 1,4). Também o Profeta Isaías exclamou: “Yavé me chamou desde antes do meu nascimento, desde o seio de minha mãe me chamou por meu nome” (Is 49,1). Deus conhece, pois, por seu nome, cada homem que vem a este mundo, e lhe designa uma missão que só a ele cabe desempenhar na sociedade dos homens.

34. Qual a missão que cabe a cada homem desempenhar nesta Terra?
— Tendo Deus criado o homem à sua imagem e semelhança, e sendo Ele infinitamente perfeito, a cada homem cabe representar uma determinada perfeição divina que nenhum outro homem fará brilhar como ele aos olhos do próprio Deus e dos demais homens. Assim, quando uma mãe pratica o aborto, é como se apagasse uma estrela que nunca mais brilhará neste mundo.

35. Qual o papel do batismo para a criança?
— Como descendentes de Adão e Eva, contraímos o pecado original. Assim, explica a questão o Catecismo da Igreja Católica (nº 1250): “Por nascerem com uma natureza humana decaída e manchada pelo pecado original, também as crianças precisam do novo nascimento no Batismo, a fim de serem libertadas do poder das trevas e transferidas para o domínio da liberdade dos filhos de Deus, para a qual todos os homens são chamados. A gratuidade pura da graça da salvação é particularmente manifesta no Batismo das crianças. A Igreja e os pais privariam então a criança da graça inestimável de tornar-se filho de Deus se não lhe conferissem o Batismo pouco depois do nascimento”.

36. Tudo isso é silenciado quando se discute a questão do aborto?
— Tanto se silencia a missão única que Deus incumbe a cada ser humano, quanto se negligencia o pecado gravíssimo de negar ao filho concebido a vida sobrenatural, fazendo-o morrer sem o sacramento do Batismo.

37. Se o feto abortado for batizado antes de morrer, ele recebe a vida sobrenatural?
— Sim, desde que o batismo seja ministrado enquanto ainda houver vida na criança. Mas ninguém tenha a ilusão de que, nos ambientes em que se pratica o aborto, seja fácil encontrar quem queira batizar o feto que está sendo brutalmente assassinado.

Frases dos Santos

40. Desapeguemo-nos da terra, voemos para a montanha do amor.
(Santa Teresinha do Menino Jesus)

12 de julho de 2024

Frases dos Santos

39. A casa de nosso Pai, o céu, está no centro de nossa alma. (Beata Elizabete da Trindade)

ABORTO O GENOCÍDIO DOS TEMPOS ATUAIS - LIVRO CATECISMO CONTRA O ABORTO 4

 IV

O aborto é um pecado que brada aos Céus e clama pela vingança de Deus

26. O aborto é um pecado grave?
— O aborto viola gravemente o 5º Mandamento da Lei de Deus: Não matarás! Por isso é um pecado mortal, que produz a “morte” na alma daquele que o praticou, privando-o da graça de Deus que é sua vida sobrenatural, e tornando-o merecedor do inferno. Sobre as condições do perdão, ver questão 29.

27. Essa é uma questão definida pela Igreja?
— O Papa João Paulo II, usando da infalibilidade pontifícia, declarou: “Com a autoridade que Cristo conferiu a Pedro e aos seus sucessores, em comunhão com os bispos [...], declaro que o aborto direto, isto é, querido como fim ou como meio, constituiu sempre uma desordem moral grave, enquanto morte deliberada de um ser humano inocente [...]. Nenhuma circunstância, nenhum fim, nenhuma lei no mundo poderá jamais tornar lícito um ato que é intrinsecamente ilícito, porque contrário à lei de Deus, inscrita no coração de cada homem, reconhecível pela própria razão e proclamada pela Igreja”.*
* Encíclica Evangelium vitae, nº 63, 25 de março de 1995.

28. Como classificar o aborto?
— A eliminação direta de seres humanos inocentes por meio do aborto é uma violação total do direito à vida. Contrário à Lei de Deus e à Lei natural, o aborto deve ser definido pelas leis dos homens como crime de assassinato. Assassinato tanto mais grave quanto praticado contra um ser inocente e que não pode se defender. Por isso a doutrina católica diz que é um pecado que brada aos Céus e clama pela vingança de Deus.

29. Qual a punição especial da Igreja para aqueles que praticam o aborto?
— Ela está prevista no Código de Direito Canônico, no cânon 1398: “Quem provoca o aborto, seguindo-se o efeito, incorre em excomunhão latae sententiae”. Isso quer dizer que está automaticamente fora da Igreja e excluído dos sacramentos. Caso se arrependa e queira reconciliar-se, terá que recorrer ao bispo diocesano para obter a absolvição ou a algum sacerdote investido de poderes especiais para conceder tal absolvição.

30. A quem se aplica a excomunhão?
— A excomunhão latae sententiae (isto é, automática) atinge a todos os que, com conhecimento e deliberadamente, intervêm no processo abortivo, quer com a cooperação material — médico, enfermeira, parteira, etc. — quer com a cooperação moral verdadeiramente eficaz — como o marido ou o pai da criança que ameacem a mulher, obrigando-a a submeter-se ao aborto.
A mãe pode não incorrer na pena de excomunhão caso se enquadre dentro das circunstâncias atenuantes do cânon 1324, § 1, incisos 1º, 3º e 5º, a saber: posse apenas parcial do uso da razão, forte ímpeto de paixão (não voluntariamente fomentada) ou coação por medo grave.

31. Como os profissionais de saúde devem agir no caso?
— Devem negar-se a fazer o aborto, levantando objeção de consciência. Nenhuma lei humana pode obrigar alguém a agir contra a Lei de Deus e a Lei natural.

32. Qual a responsabilidade das autoridades públicas, políticos e organizações que votarem, ratificarem e propagarem leis abortistas?
— O Papa João Paulo II diz, na encíclica Evangelium vitae (nº 59): “A responsabilidade cai ainda sobre os legisladores que promoveram ou aprovaram leis abortivas, sobre os administradores das estruturas clínicas onde se praticam os abortos, na medida em que sua execução deles dependa. Uma responsabilidade geral, mas não menos grave, cabe a todos aqueles que favorecerem a difusão de uma mentalidade de permissivismo sexual e de menosprezo pela maternidade (...). Não se pode subestimar, enfim, a vasta rede de cumplicidades, nela incluindo instituições internacionais, fundações e associações que se batem sistematicamente pela legalização e difusão do aborto no mundo”.

11 de julho de 2024

ABORTO O GENOCÍDIO DOS TEMPOS ATUAIS - LIVRO CATECISMO CONTRA O ABORTO 3

 III

Os métodos de realização do aborto se caracterizam por extrema crueldade

24. Como é praticado o aborto?
— Os métodos de aborto são de extrema crueldade. Quando executados por “profissionais”, assumem as seguintes modalidades principais:

 Aborto por envenenamento salino
— Extrai-se o líquido amniótico de dentro da bolsa que protege o bebê; introduz-se uma longa agulha através do abdômen da mãe, até a bolsa amniótica, e injeta-se em seu lugar uma solução salina concentrada; o bebê ingere esta solução, que lhe causará a morte em 12 horas por envenenamento, desidratação, hemorragia do cérebro e de outros órgãos. A solução salina produz queimaduras graves na pele do bebê. Algumas horas mais tarde inicia-se “o parto”, e a mulher dá à luz um bebê morto ou moribundo, muitas vezes ainda com movimentos.

 Aborto por sucção
— Insere-se no útero um tubo com uma ponta afiada. Uma forte sucção (28 vezes mais forte que a de um aspirador doméstico) despedaça o corpo do bebê que estava se desenvolvendo, assim como a placenta, e absorve “o produto da gravidez”. A placenta é um órgão localizado no útero e que estabelece, através do cordão umbilical, a comunicação biológica entre a mãe e o filho. O crânio, que costuma não sair pelo tubo de sucção, é extraído por meio de uma pinça. Partes menores do corpo do bebê podem algumas vezes ser identificadas no material succionado. Quase 95% dos abortos, nos países desenvolvidos, são realizados desta forma.

 Aborto por curetagem e dilatação
— Neste método é utilizada uma cureta (tipo de faca, provida na sua ponta com uma colher de bordas afiadas), com a qual se vai cortando o bebê em pedaços para permitir a sua extração. Durante o segundo e terceiro trimestres da gestação, o bebê já é grande demais para ser extraído por sucção, então utiliza-se este método. A cureta é empregada para desmembrar o bebê, tirando-se em seguida os pedaços com ajuda de um fórceps para dilatar o colo uterino. Este método está se tornando mais usual.

 Aborto por “nascimento parcial”
— Costuma ser designado como aborto por D&X, e é usado a partir da 32ª semana. Este é o método mais espantoso de todos. Costuma ser feito quando o bebê se encontra já muito próximo de seu nascimento. Depois de ter dilatado o colo uterino durante três dias, e guiando-se por ecografia, o executante do aborto introduz algumas pinças que agarram uma perninha do bebê, depois a outra, em seguida o corpo, até chegar aos ombros e braços. Assim se extrai parcialmente o corpo do bebê, como se este fosse nascer, deixando-se a cabeça dentro do útero. Como a cabeça é grande demais para ser extraída intacta, introduzem-se tesouras na base do crânio do bebê, ainda vivo, e com elas se abre um orifício que dá acesso ao interior do crânio. Então se insere um catéter para succionar o cérebro. Este procedimento faz com que o bebê morra e sua cabeça desabe. Em seguida extrai-se o que resta do bebê, e lhe é cortada a placenta.

 Aborto por operação cesárea ou histerotomia
— Este método é exatamente igual a uma operação cesárea até o momento em que se corta o cordão umbilical; porém, em vez dar os devidos cuidados à criança extraída, deixa-se que ela morra. A cesárea, neste caso, não tem, pois, o objetivo de extrair a criança viva, mas sim de matá-la.

 Aborto com o uso de prostaglandinas
— Esta droga provoca um parto prematuro em qualquer etapa da gravidez. É usado para produzir o aborto desde a metade da gravidez até suas últimas etapas. A principal “complicação” é que às vezes o bebê sai vivo... Também pode causar graves danos à mãe. Recentemente as prostaglandinas têm sido usadas com a RU-486, para aumentar a “eficácia” destas.

 Aborto por pílula RU-486
— Trata-se de uma pílula abortiva — a RU-486 — empregada conjuntamente com uma prostaglandina, que é eficiente se for empregada entre a primeira e a terceira semana depois de faltar a primeira menstruação da mãe.
Por este motivo é conhecida também como pílula do dia seguinte. Essa pílula age evitando que o embrião se instale no útero materno, matando-o de fome por privá-lo de um elemento vital, o hormônio progesterona. O aborto acontece depois de vários dias de dolorosas contrações.

25. Existem outras técnicas abortivas?
— Sim, há outras técnicas abortivas mais caseiras, que podem dividir-se em três grupos:

Por substâncias químicas que variam ao infinito, como a sabina, o fumo, o quinino, as cantáridas, o chumbo, o fósforo e outros que podem levar ao abortamento;
Agentes físicos como o calor e a eletricidade, muito pouco eficientes, e que na maioria das vezes queimam a gestante;
Agentes mecânicos por traumas diretos (quedas, pancadas, massagens, podendo a gestante nesses casos resistir à grande violência, já que seu organismo foi adaptado para proteger o feto, e não para expulsá-lo); ou por traumas indiretos, como “lavagem vaginal”, punção das membranas do ovo, raspagens e aspirações.*
* Cfr. Antonio José Eça, O Aborto, in Direito Fundamental à Vida, Quartier Latin, 2005, pp. 550-551.

Frases dos Santos

38. Todos temos de morrer. Tudo passa e nós também. Cada dia nos aproximamos da eternidade. Para que apegarmo-nos a coisas que morrem? (Santa Teresa dos Andes)

10 de julho de 2024

ABORTO O GENOCÍDIO DOS TEMPOS ATUAIS - LIVRO CATECISMO CONTRA O ABORTO 2

II

Entendendo o significado do aborto

13. O que é o aborto?
— Aborto é a morte da criança concebida e sua expulsão do ventre materno, em qualquer fase do desenvolvimento pré-natal.

14. O que é aborto espontâneo?
— Aborto espontâneo é o que ocorre por causas naturais, independente da vontade da mãe ou de interferências externas. Sendo involuntário, não entra no âmbito da lei moral.

15. O que é aborto provocado?
— O aborto provocado é a morte deliberada e direta — independente da forma como seja realizada — de um ser humano na fase inicial de sua existência, que vai da concepção ao nascimento.

16. Quando começa a vida humana?
— A vida humana começa com a concepção, a partir do momento em que o óvulo é fecundado pelo espermatozoide, formando o zigoto ou ovo. É um ciclo de vida que só termina com a morte.

17. Que importância tem elucidar o momento em que tem início uma nova vida humana?
— É importante que o momento do início de uma nova vida seja elucidado e reconhecido, pois a vida humana precisa ser protegida sempre, a partir de seus primórdios.
Os partidários do aborto propugnam que a vida do novo ser humano não começa no momento da concepção. Nessas condições, o objeto do procedimento abortivo seria um conjunto de células ainda pertencente ao organismo da mãe, e, portanto, sua extirpação nesse momento não constituiria crime nem assassinato. Entretanto, a ciência médica moderna reconhece que a vida humana começa já na concepção.*
* Cfr. VII Conclave da Federação Brasileira das Academias de Medicina, 1998.

18. Poderia explicar melhor esse ponto?
— O resultado da fecundação é um ser biologicamente ainda unicelular, que constitui o primeiro estágio da vida humana. É conhecido, como foi dito acima, como zigoto ou ovo. O cientista Karl Ernest von Baer, já em 1827, com os microscópios de então, pôde observar o óvulo e o espermatozoide, a fecundação e o desenvolvimento embrionário, constatando que o início da vida humana ocorre no momento da concepção. Não obstante, os abortistas, sem apresentar qualquer argumento científico, continuam a pôr em dúvida o momento do início da vida humana, para tentar justificar o aborto nessas circunstâncias.

19. O que se entende por fecundação?
— Fecundação é a primeira etapa da concepção, que começa quando a cabeça de um espermatozoide (às vezes mais de um, dos cerca de 400 milhões ou mais presentes no fluido seminal) penetra no óvulo, e vai até a formação do zigoto, num processo que dura 12 horas. Durante esse processo, os núcleos dos gametas feminino (óvulo) e masculino (espermatozoide) se estruturam, formando os pronúcleos que vão se unir, constituindo o embrião unicelular.

20. Quando tem origem o embrião?
— A fusão, dois a dois, dos 46 cromossomos (23 masculinos e 23 femininos) e sua estruturação para dar origem à primeira divisão celular pode ser considerada a etapa final da fecundação e o começo do desenvolvimento embrionário, com a formação do embrião de duas células.*
* Cfr. Natalia López Moratalla, Maria J. Iraburu Elizalde, Los quince primeros días de una vida humana, Eunsa, Pamplona, 2004, p. 75.

21. O zigoto já é um ser humano?
— Cada um de nós não veio de um zigoto, mas foi um zigoto. O zigoto tem metabolismo próprio, crescimento, reação a estímulos. Tem seu próprio e único código genético (com 46 cromossomos), que não são nem os da mãe nem os do pai. Suas características genéticas estão estabelecidas desde a concepção, ou seja, sexo, altura, cor dos olhos, cor dos cabelos, cor da pele, imunidade ou predisposição a certas doenças, etc. Participa já, portanto, da mesma condição de todos os seres humanos. E é único, diferente de todos os seres humanos que já existiram, existem ou existirão até o fim do mundo. Isto é, um ser humano perfeitamente individualizado já enquanto zigoto, com todas as características inerentes a um ser humano potencialmente definidas.

22. Qual a fase seguinte do desenvolvimento humano?
— Dentro da primeira semana após a concepção, dá-se a nidação, termo já explicado acima (cfr. questão 6). Aquela pequena célula escolhe, pois, um lugar no útero materno para se fixar. Ali, numa relação simbiótica entre o zigoto e a mãe, o zigoto se alimenta da mãe, sem prejuízo para ela, e independente da vontade dela.

23. Como e quando se forma o feto?
— Cerca de três semanas depois da fecundação, um músculo cardíaco começa a pulsar. Desenvolvem-se outros órgãos até o final do primeiro mês. Ondas cerebrais podem ser detectadas por volta de 40 dias. Durante o segundo mês aparecem os olhos, orelhas, língua e dedos, ao mesmo tempo que o esqueleto se desenvolve. O coração bate e o sangue flui, com seu tipo próprio já determinado.
Por volta da oitava semana começam a se formar nos dedos suas próprias e únicas impressões digitais. E assim por diante, passo a passo — sem nenhuma quebra em seu contínuo desenvolvimento, o embrião se transforma em feto — denominação que tem o embrião cerca da oitava semana, quando os principais órgãos estão constituídos, até nascer a criança por volta de 40 semanas.

Frases do Santos

37. Que consolação é viver de fé neste mundo e, nos braços da fé , morrer.
(Beata Maria Maravilhas de Jesus)

9 de julho de 2024

ABORTO O GENOCÍDIO DOS TEMPOS ATUAIS - LIVRO CATECISMO CONTRA O ABORTO 1

 

O sagrado dom da vida nesta Terra, prelúdio da vida eterna no Céu

1. Por que a Igreja defende a vida?
— A Igreja nos ensina que há um só Deus, todo-poderoso, que criou o Céu e a Terra e todas as coisas que no Céu e na Terra se contêm, isto é, todo o universo. A vida, presente na Terra, é, portanto, um dom de Deus, que nos cumpre preservar e orientar para Deus.

2. Quais as criaturas mais nobres que Deus criou?
— As criaturas mais nobres que Deus criou foram os anjos e os homens.

3. Qual a criatura mais elevada que Deus colocou sobre a Terra?
— A criatura mais elevada que Deus colocou sobre a Terra é o homem, entendendo-se com esta palavra, por simplificação de linguagem, os dois sexos, isto é, o homem e a mulher.

4. O que é o homem?
— O homem é uma criatura racional composta de alma e corpo. O corpo é gerado pelos pais, e uma alma imortal é criada e infundida por Deus nesse corpo.

5. O que é a alma?
— A alma é uma substância espiritual, dotada de inteligência e de vontade, capaz de conhecer e amar a Deus e de O possuir eternamente

6. Em que momento a alma é infundida por Deus?
— Não há unanimidade entre os autores sobre este ponto. Para alguns, a infusão da alma dá-se desde o primeiro instante da concepção; para outros, ela não poderia preceder ao menos a nidação (isto é, quando o ovo fecundado atinge a cavidade uterina e ali escava uma espécie de ninho, no qual se instala). Autores mais antigos supunham que a alma só seria infundida quando o corpo tivesse atingido um grau de organização mais adiantado. É o que se chamava animação tardia. Com os conhecimentos
atuais sobre o desenvolvimento do embrião humano, a tendência dos autores é considerar a infusão da alma como sendo concomitante à concepção.

7. Essa tese da “animação tardia” não permitiria que o aborto pudesse ser praticado antes da infusão da alma?
— Mesmo nessa hipótese, o aborto não pode ser justificado, porque, a partir da concepção, estamos já perante uma vida humana em formação. Documentos da Igreja o afirmam claramente: “No decorrer da história, os Padres da Igreja, bem como os seus Pastores e os seus Doutores, ensinaram a mesma doutrina, sem que as diferentes opiniões acerca do momento da infusão da alma espiritual tenham introduzido uma dúvida sobre a ilegitimidade do aborto. (...) Jamais se negou que o aborto provocado, mesmo nos primeiros dias da concepção fosse objetivamente falta grave. Uma tal condenação foi de fato unânime”.* Desde o primeiro catecismo elaborado pela Igreja — conhecido como Didaké — o aborto é condenado: “Não matarás o embrião por meio do aborto” (2,2).
* Congregação para a Doutrina da Fé, Declaração sobre o aborto provocado, nº 7, 1974

8. Para que é o homem criado por Deus?
— Para conhecer, amar e servir a Deus neste mundo, e depois gozar da vida eterna. Portanto, o homem é chamado a uma plenitude da vida que se estende muito além da existência terrena, e que consiste na participação da própria vida divina.

9. Então a vida não termina nesta Terra?
— Não. Deus nos criou para nos levar para o Céu, porém não nos obriga a isso e quer que aceitemos voluntariamente esse convívio eterno com Ele.

10. Como manifestamos nossa aceitação do convívio para o qual Deus nos chama?
— Pelo cumprimento dos Dez Mandamentos da Lei de Deus, que manifestam nossa conformidade com a vontade divina. A transgressão de qualquer Mandamento indica nossa discrepância com relação a Deus e, portanto, nos separa d’Ele nesse ponto.

11. Toda transgressão dos Mandamentos indica uma ruptura completa com Deus?
— Há transgressões graves (pecados mortais) e leves (pecados veniais). Somente os pecados mortais nos separam absolutamente de Deus. Mas podemos nos arrepender deles e obter o perdão de Deus, através da confissão sincera a um sacerdote autorizado. Os pecados veniais são também perdoados no Sacramento da Confissão, ou por atos de penitência que pratiquemos, ainda que não tenham sido declarados na confissão.

12. E assim perdoados, vamos diretamente para o Céu?
— Normalmente teremos que passar antes pelo Purgatório, o que é necessário para purificar nossa alma de todo apego ao pecado, mesmo venial, bem como para completar a penitência dos pecados mortais e veniais cometidos, pelos quais, embora perdoados, não fizemos a penitência devida.

Frases dos Santos

36. Que me importa estar no purgatório até o dia do juízo, se com as minhas orações pudesse ser salva mesmo uma única alma? (Santa Teresa de Jesus)

8 de julho de 2024

Frases dos Santos

35. Dar espaço a Deus na alma, significa empreender uma luta sem medida contra a própria natureza, é abraçar a própria cruz e abandonar-se à crucifixão (Santa Teresa Benedita da Cruz)

ABORTO O GENOCÍDIO DOS TEMPOS ATUAIS - LIVRO CATECISMO CONTRA O ABORTO

Salve Maria!

    O blog tem o prazer de iniciar uma publicação importantíssima, que tem como objetivo demonstrar que não há discussão sobre o aborto, ele deve ser condenado, pois é um crime monstruoso e uma grande ofensa ao nosso Deus e Senhor. Toda pessoa que afirma ser católico nunca poderá defender o aborto e quem defende o aborto nunca pode dizer que é católico. O livro Catecismo contra o aborto - Por que devo defender a vida humana, demonstra a questão do aborto à luz da doutrina católica da Lei natural e da ciência médica. Que a leitura sirva para aumentar o nosso ódio contra tal pecado e como sustentação para condenar o aborto diante das pessoas que defendem e apoiam o pecado do século.

    Não tenham medo de compartilhar em suas redes sociais.

    Tenham uma boa leitura e estudo.

Introdução

    Há 30 anos, quando se falava de aborto, um frêmito de repulsa ainda se fazia sentir em quase todos os ambientes. Sobretudo — e a fortiori — nos meios católicos. O tempo passou, e com ele uma transformação gradual, mas profunda, começou a se operar em diversos setores da sociedade, influenciados pela campanha sentimental de movimentos abortistas.
    Transformação gradual, sim, como de gota em gota: “Sou totalmente contrário ao aborto, mas em caso de estupro...”; depois: “Jamais abortarei... mas não condeno quem o faça em casos extremos”, e assim por diante. Transformação profunda, pois que tangia princípios sagrados e perenes, ainda que inadvertidamente.
    No entanto, chegou o momento em que os movimentos abortistas se viram obrigados a mostrar seu vulto total. As pequenas concessões que eles — às vezes declaradamente, às vezes não — tentavam fazer passar em vários setores da sociedade, não tinham senão um objetivo: caminhar para a aceitação total do aborto, de todas as formas, em qualquer ocasião. Exemplo candente é o Projeto de Lei 1135/91, que simplesmente escancara as portas ao aborto no Brasil.
    Ora, alguns, vendo tal sanha, cristalizaram-se, e começaram a se perguntar: por que tanta radicalidade? Será mesmo por questão de “saúde pública” que eles defendem o aborto? Por outro lado, como explicar a universalidade do movimento abortista? Estarão eles ligados entre si? Como se explica tudo isso?
    Essas e outras perguntas passaram a inquietar também numerosos espíritos. E tal inquietação chega, no momento presente, a um auge. É nesse quadro trágico, mas providencial, que se insere esta publicação.
    Seja ela um instrumento de luta. Com efeito, se é com ideias falsas e perniciosas que os defensores do aborto tentam impor sua sanha, é também com ideias — apoiadas na Fé, na razão e na ciência — que devemos rebatê-los.
    Queira a Divina Providência servir-se desta obra para dar a todos os católicos uma convicção profunda das razões pelas quais não se pode, e não se deve, de nenhum modo, aceitar o aborto.
    E queira a Mãe da Divina Graça apoiar a todos os que envidarem seus preciosos esforços para combater esse crime monstruoso, que, de acordo com a doutrina perene da Santa Igreja, “brada aos Céus e clama a Deus por vingança”.

7 de julho de 2024

Frase dos Santos

34. Tenha sempre uma fé inquebrantável no amor. Se tens que sofrer, prova é de que o Senhor te ama com predileção. (Beata Elizabete da Trindade )

6 de julho de 2024

Frases dos Santos

33. Considera como a morte é o fim de tudo e o princípio de tudo: o fim de tudo aquilo que passa e o princípio do que é eterno. (Serva de Deus, Madre Maria José de Jesus)

5 de julho de 2024

Frases dos Santos

32. Como te atreves a folgar tão sem temor, pois hás de comparecer diante de Deus e prestar conta da menor palavra e pensamento? (São João da Cruz)

4 de julho de 2024

Frases dos Santos

31. Primeiramente aqui na terra, e depois na eternidade, Maria quer cantar em ti e contigo o seu Magnificat. Sê o eco de Maria. (Serva de Deus, Madre Maria José de Jesus)

3 de julho de 2024

Frases dos Santos

30. Vimos sempre que os mais chegados a Cristo, Nosso Senhor, foram os que passaram pelos maiores sofrimentos. Consideremos quanto sofreu sua gloriosa Mãe. (Santa Teresa de Jesus)

2 de julho de 2024

Frases dos Santos

29. “A Virgem conservava estas coisas em seu coração”. Toda a sua história pode resumir-se nestas poucas palavras; foi no coração que viveu e em tal profundidade que nenhum olhar consegue segui-la. (Beata Elizabete da Trindade)

1 de julho de 2024

Frases dos Santos

28. Quem nos leva a Deus é Jesus. E quem nos leva a Jesus é Maria.
(Serva de Deus, Madre Maria José de Jesus)

30 de junho de 2024

Frases dos Santos

27. Aprenda no Coração de Maria como amar a Jesus. (Beata Maria Maravilhas de Jesus)

29 de junho de 2024

Frases dos Santos

26. Será ainda Ela, a Porta do Céu, que me introduzirá nos átrios eternos.
(Beata Elizabete da Trindade)

28 de junho de 2024

Frases dos Santos

25. Pareçamo-nos nalguma coisa com a grande humildade da Virgem Sacratíssima. Por muito que nos pareça que nos humilhamos, ficamos bem longe de ser filhos de tal Mãe. (Santa Teresa de Jesus)

27 de junho de 2024

Frases dos Santos

24. Honra muito a Maria. É tua mãe tão boa e carinhosa, que jamais deixará de velar por ti. (Santa Teresa dos Andes)

26 de junho de 2024

A Mulher Bendita - Padre Júlio Maria

IV. Um novo culto

    O bom protestante nos acusa de termos criado um novo culto, que ele chama Mariolatria.
   Não criamos nada. Só Deus pode criar pessoas e coisas; e os amigos protestantes podem criar objeções.
   Lutero criou a Bibliolatria e a Odiolatria, como criou a libertinolatria, adorando a Bíblia e desprezando o seu conteúdo; adorando o ódio, para melhor vilipendiar a Igreja; adorando a carne pela vida dissoluta e sacrílega.
    Diz o articulista que o culto de Maria começou a sair do silencio em que a tinham envolvido os escritores do Novo Testamento, no meado do século IV.
    É muita ignorância do Evangelho, meu caro amigo! ... E' preciso muita ingenuidade para aventar uma tal asserção.
    O culto de Maria Sma. está todo indicado, delineado e desenvolvido no próprio Evangelho.
   Leiam o Evangelho. caros protestantes... mas leiam-no inteiro, e não simplesmente as passagens, escolhidas por vós ... que mais ou menos pareçam favorecer as vossas opiniões erradas pela livre interpretação dos textos.
    O culto de Maria Sma. é essencialmente um culto evangélico, todo evangélico ... e apesar de todas as homenagens que prestamos a Mãe de Jesus, nunca chegaremos a igualar nem de longe as homenagens que lhe presta o Evangelho.
    Fora do Evangelho, o culto da Mãe de Jesus seria um culto incompleto, atrofiado, raquítico...
    No Evangelho ele toma uma expansão divina, e se eleva à alturas que causam vertigem àqueles que sabem refletir.
   Dizer que o culto de Maria é uma novidade é afirmar a novidade do Evangelho, a novidade das catacumbas dos primeiros séculos, onde se encontra a cada passo a expressão da veneração a Virgem Imaculada... seria extinguir com um só golpe os acentos amorosos dos Padres dos primeiros séculos, que exaltaram a Virgem Santa com um entusiasmo jamais igualado nos séculos posteriores.
    Não, não! tais documentos não se destroem; tais acentos não se abafam; tais brados não se
extinguem; e enquanto o Evangelho for Evangelho, poderemos e deveremos dizer que o culto
da Mãe de Deus é um culto instituído por Deus, transmitido pelo Evangelho e praticado por todos os séculos.
    Dirão talvez que Jesus Cristo exaltou pouco a sua Mãe.
   Mas para que exaltar com palavras aquela que está exaltada acima de todas as criaturas, pela dignidade, pelas prerrogativas, que fazem de Maria a mulher bendita entre todas as mulheres.
    Para que repetir continuadamente uma verdade palpável, indiscutível, aceita por todos, nos primeiros séculos?
    Maria é mãe ele Jesus.
    Jesus é Deus.
    Maria é pois Mãe de Deus.
    Que é que se pode dizer mais?
    Um tal título não esgota todos os demais títulos?
    Haverá ainda honras superiores a estas?
    É impossível!
   Maria é Mãe de Deus; como tal, ela é necessariamente a mais santa e mais gloriosa de todas as criaturas.
    Jesus Cristo falou pouco de sua Mãe?
    Perfeitamente... e assim devia ser.
    Jesus veio, como ele mesmo afirmou, não para os justos, mas para os pecadorese. Non veni vocure justos, sed peccatores (Luc. V. 32).
    Ele veio restituir a saúde aos enfermos e não aos que não precisam do médico - Non egent, qui sani sunt, medico. (Luc. V. 31).
    Para quem devem pois irradiar as ternuras de seu coração?
    Não é para os infelizes, para os pecadores?
    De Pedro Ele fará o chefe de sua Igreja.
    De Mateus, o publicano, fará o seu Evangelista.
    De Saulo, o perseguidor, fará o Apóstolo das nações.
    De Madalena, a pecadora, fará uma amante estática.
    De um ladrão crucificado fará a primeira conquista de sua morte.
    De pobres pescadores ele fará seus apóstolos.
    Já pensaram nisso os caros protestantes?
   Poderia o Coração de Jesus, terno, amoroso e zeloso da honra de sua Mãe associar a Virgem Imaculada a todos estes pecadores convertidos?
    Podia ele colocar sobre a cabeça de sua Mãe a mesma coroa de louvores?
    Não!... Isso seria rebaixar a Virgem Santa, em vez de exaltá-la.
    A Pedro ele disse: Tu és bemaventurado (Mat. XVI. 17).
    A Mateus disse: Segue-me (Mat. IX 9).
    A Paulo disse: Eu sou Jesus, a quem tu persegues (Act. IX. 5).
    A Madalena disse: Teus pecados estão perdoados (Luc. VII. 48).
    Ao ladrão disse: Hoje estarás comigo no paraíso (Luc. XXIII. 43).
    Aos apóstolos disse: Vós sois meus amigos (Joao. XV. 15).
    Mas à Maria Ele disse: Tu és minha Mãe (Mat. II. 11).
    Que poderia Ele dizer mais ?...
    Jesus Cristo esgotou-se nesta única palavra.

Frases dos Santos

23. Quem nos poderá separar de Cristo, se vivermos unidos a Maria?
(Serva de Deus, Madre Maria José de Jesus)

25 de junho de 2024

Frases dos Santos

22. É tão transparente, tão luminosa, que julgaríamos ser ela ( a Virgem Maria) a própria luz. No entanto, é apenas o “espelho do Sol de Justiça”. (Beata Elizabete da Trindade)

24 de junho de 2024

Programação de Missas no Apostolado do IBP Curitiba

Na Casa do Padre: Olavo Bilac, 76
⛪️ 2ª feira, 24/06
07h30, Missa Rezada

⛪️ 3ª feira, 25/06
07h30, Missa Rezada

⛪️ 4ª feira, 26/06
07h30, Missa Rezada
🚨Não haverá conferência
————————————————
Na Capela, Rua Lamenha Lins, 2115, Rebouças
⛪️ 5ª feira, 27/06
18h30, Exposição do Santíssimo
19h30, Missa Rezada

⛪️ 6ª feira, 28/06
19h00, Santo Terço
19h30, Missa Rezada

⛪️ Sábado, 29/06
08h00, Confissões
08h30, Missa Rezada

⛪️ Domingo, 30/06
VI Domingo pós Pentecostes
Solenidade de São Pedro e São Paulo
08h00, Confissões
08h30, Missa Rezada

09h30, Confissões
10h00, Missa Cantada

18h30, Confissões
19h00, Missa Rezada

Frases dos Santos

21. Não se atemorizem diante da nova vida que se apresenta, pois sendo filhas de Maria a Virgem as cobrirá com seu manto. (Santa Teresa dos Andes)

23 de junho de 2024

Frases dos Santos

20. Com tal intercessora, quem não terá amorosa confiança? Com Jesus e Maria, tudo é possível. .(Beata Maria Maravilhas de Jesus)

22 de junho de 2024

Frases dos Santos

19. Esta Rainha das Virgens é também a Rainha dos Mártires; e é no seu coração que “a espada traspassou”, porque Nela tudo se passa no íntimo…. (Beata Elizabete da Trindade)

21 de junho de 2024

Frases dos Santos

18. A Virgem Nossa Senhora, quando em sua grande sabedoria perguntou ao Anjo: “Como se fará isto?” (Lc 1,34) E tendo ouvido a resposta: “O Espírito Santo sobrevirá em ti, e a virtude do Altíssimo te fará sombra”, não tratou mais de perguntar. Quanto temos a aprender da humildade da Virgem Sacratíssima!

20 de junho de 2024

Frases dos Santos

17. A SS. Virgem foi minha companheira inseparável. Ela foi a confidente íntima desde os tenros anos de minha vida. (Santa Teresa dos Andes)

19 de junho de 2024

Frases dos Santos

16. Não deixe de pedir sempre à nossa Mãe dulcíssima que faça de ti o que Ela quiser.
(Beata Maria Maravilhas de Jesus)

18 de junho de 2024

Frases do Santos

15. Quão verdadeira foi em sua humildade! (A Virgem Maria ) (Beata Elizabete da Trindade)

17 de junho de 2024

Frases dos Santos

14. “ Meu espelho há de ser Maria. Visto que sou sua filha devo parecer-me com Ela e assim parecerei com Jesus”. (Santa Teresa dos Andes)

16 de junho de 2024

Frases dos Santos

13. O regaço de Maria seja o teu paraíso. Os olhos de Maria sejam a tua esperança.
(Serva de Deus, Madre Maria José de Jesus)

15 de junho de 2024

Frases dos Santos

12. Sabemos muito bem que a Virgem Santíssima é a rainha do céu e da terra, mas ela é mais mãe do que rainha. (Santa Teresinha do Menino Jesus)

14 de junho de 2024

Frases de Santos

11. Muito grande é o agrado de Nosso Senhor por qualquer serviço que se presta a sua Mãe e a Sua misericórdia não tem limites. (Santa Teresa de Jesus)

13 de junho de 2024

Frases de Santos

10. Bendito seja o nosso Deus que nos deu a sua Mãe por nossa Mãe.
(Beata Maria Maravilhas de Jesus)

12 de junho de 2024

A Mulher Bendita - Padre Júlio Maria

IV. Um novo culto

    O bom protestante nos acusa de termos criado um novo culto, que ele chama Mariolatria.
   Não criamos nada. Só Deus pode criar pessoas e coisas; e os amigos protestantes podem criar objeções.
   Lutero criou a Bibliolatria e a Odiolatria, como criou a libertinolatria,--adorando a Bíblia e desprezando o seu conteúdo; adorando o ódio, para melhor vilipendiar a Igreja; adorando a carne pela vida dissoluta e sacrílega.
   Diz o articulista que o culto de Maria começou a sair do silêncio em que a tinham envolvido os escritores do Novo Testamento, no meio do século IV.
   É muita ignorância do Evangelho, meu caro amigo! ... É preciso muita ingenuidade para aventar uma tal asserção.
    O culto de Maria Santíssima está todo indicado, delineado e desenvolvido no próprio Evangelho.
   Leiam o Evangelho, caros protestantes... mas leiam-no inteiro, e não simplesmente as passagens, escolhidas por vós ... que mais ou menos pareçam favorecer as vossas opiniões erradas pela livre interpretação dos textos.
   O culto de Maria Santíssima é essencialmente um culto evangélico ... e apesar de todas as homenagens que prestamos à Mãe de Jesus, nunca chegaremos a igualar nem de longe as homenagens que lhe presta o Evangelho.
    Fora do Evangelho, o culto da Mãe de Jesus seria um culto incompleto, atrofiado, raquítico...
    No Evangelho ele toma uma expansão divina, e se eleva à alturas que causam vertigem aqueles que sabem refletir.
    Dizer que o culto de Maria é uma novidade é afirmar a novidade do Evangelho, a novidade das catacumbas dos primeiros séculos, onde se encontra a cada passo a expressão da veneração e do amor com que os primeiros fiéis cercavam a Virgem Imaculada... seria extinguir com um só golpe os acentos amorosos dos Padres dos primeiros séculos, que exaltaram a Virgem Santa com um entusiasmo jamais igualado nos séculos posteriores.
     Não, não tais documentos não se destroem; tais acentos não se abafam; tais brados não se extinguem; e enquanto o Evangelho for Evangelho, poderemos e deveremos dizer que o culto da Mãe de Deus é um culto instituído por Deus, transmitido pelo Evangelho e praticado por todos os séculos.
    Dirão talvez que Jesus Cristo exaltou pouco a sua Mãe.
   Mas para que exaltar com palavras aquela que está exaltada acima de todas as criaturas, pela santidade, pela dignidade, pelas prerrogativas, que fazem de Maria a mulher bendita entre todas as mulheres.
    Para que repetir continuadamente uma verdade palpável, indiscutível, aceita por todos, nos primeiros séculos?
    Maria é mãe de Jesus.
    Jesus é Deus.
    Maria é pois Mãe de Deus.
    Que é que se pode dizer mais?
    Um tal título não esgota todos os demais títulos?
    Haverá ainda honras superiores a estas?
    É impossível!
   Maria é Mãe de Deus; como tal, ela é necessariamente a mais santa e mais gloriosa de todas as criaturas.
    Jesus Cristo falou pouco de sua Mãe?
    Perfeitamente... e assim devia ser.
    Jesus veio, como ele mesmo afirmou, não para os justos, mas para os pecadores (Luc. V. 32).
    Ele veio restituir a saúde aos enfermos e não aos que não precisam de médico - Non egent, qui sani sunt, medico. (Luc. V. 31).
    Para quem devem pois irradiar as ternuras de seu coração?
    Não é para os infelizes, para os pecadores?
    De Pedro Ele fará o chefe de sua Igreja.
    De Matheus, o publicano, fará o seu Evangelista.
    De Saulo, o perseguidor, fará o Apóstolo das nações.
    De Madalena, a pecadora, fará uma amante extática.
    De um ladrão crucificado fará a primeira conquista de sua morte.
    De pobres pescadores ele fará seus apóstolos.
    Já pensaram nisso os caros protestantes?
   Poderia o Coração de Jesus, terno, amoroso e zeloso da honra de sua Mãe associar a Virgem Imaculada a todos estes pecadores convertidos?
    Podia Ele colocar sobre a cabeça de sua Mãe a mesma coroa de louvores?
    Não!... Isso seria rebaixar a Virgem Santa, em vez de exaltá-la.
    A Pedro Ele disse: Tu és bemaventurado (Mat. XVI. 17).
    A Matheus disse: Segue-me (Math. IX 9)
    A Paulo disse: Eu sou Jesus, a quem tu persegues (At. IX. 5).
    A Madalena disse: Teus pecados estão perdoados (Luc. VII. 48).
    Ao ladrão disse: Hoje estarás comigo no paraíso (Luc. XXIII. 43).
    Aos apóstolos disse: Vós sois meus amigos (João. XV. 15).
    Mas à Maria Ele disse: Tu és minha Mãe (Math. II. 11).
    Que poderia Ele dizer mais?...
    Jesus Cristo esgotou-se nesta única palavra.
Continua...

11 de junho de 2024

Programação de Missas no Apostolado do IBP Curitiba

Na Casa do Padre: Olavo Bilac, 76
⛪️ 4ª feira, 12/06
07h30, Missa Rezada

18h00, Exposição do Santíssimo
19h00, Conferência
————————————————
Na Capela, Rua Lamenha Lins, 2115, Rebouças
⛪️ 5ª feira, 13/06
18h30, Exposiçãodo Santíssimo
19h30, Missa Rezada

⛪️ 6ª feira, 14/06
19h00, Santo Terço
19h30, Missa Rezada

⛪️ Sábado, 15/06
08h00, Confissões
08h30, Missa Rezada

⛪️ Domingo, 16/06
IV Domingo pós Pentecostes

08h00, Confissões
08h30, Missa Rezada

09h30, Confissões
10h00, Missa Cantada

18h30, Confissões
19h00, Missa Rezada

Frases de Santos

9. É a Virgem Maria, esse ser luminoso, todo puro da pureza de Deus, que me tomará pela mão para me introduzir no céu. (Beata Elizabete da Trindade)

10 de junho de 2024

Frases de Santos

8. Se não se pode pensar na Paixão, por ser penoso, quem nos impede de estar com Ele depois de ressuscitado, pois tão perto O temos no Sacramento, onde já está glorificado?
(Santa Teresa de Jesus)

9 de junho de 2024

Frases de Santos

7. É tão suave nossa Mãe, tão compassiva e boa, que nem se pode chamar sofrimento o que se padece sob seu materno olhar, no agasalho de seu coração.
(Serva de Deus, Madre Maria José de Jesus)

8 de junho de 2024

Frases de Santos

6. Pede a SS. Virgem que seja teu guia, que seja a estrela, o farol que brilhe no meio das trevas de tua vida. (Santa Teresa dos Andes)

7 de junho de 2024

Frases de Santos

5. Tenho encontrado a esta Virgem soberana, sempre que me tenho encomendado a Ela.
(Santa Teresa de Jesus)

6 de junho de 2024

A Mulher Bendita - Padre Júlio Maria

III. Um objeto de adoração

Passemos depressa sobre tão bolorenta objeção.
É triste ser obrigado a responder a tais tolices.
No século vigésimo vir ainda à baila a idolatria!
É dizer que por este mundo afora a grande maioria da população, estes milhares e milhares de homens educados e instruídos adoram imagens, como vulgares fetichistas, atribuindo vida a um pedaço de pau, implorando favores de um toco de madeira, pedindo saúde e vida de um bloco de cimento... prostrando a fronte no pó do caminho diante de um papelão. Não vê o protestante que tudo isso é sumamente ridículo, e que si ta1 coisa podia ser praticada antigamente por um zulú selvagem, não pode nunca penetrar na mente de um homem civilizado,
Se perguntássemos a qualquer criança, se tal ou tal santinho é um Santo vivo, que come, bebe e dorme, a criança responderia que não, mas que é apenas um retrato, uma representação.
Qual o homem, até analfabeto, que ignora que não é a imagem ou o retrato que ele venera ou invoca, mas sim a pessoa representada pela imagem?
Ninguém adora imagens; mas sendo a imagem a representação de Jesus Cristo, pode-se adorar Jesus Cristo, representado pela imagem.
Ninguém adora a Virgem Sma., que não é Deus nem deusa, mas uma simples criatura, elevada, por graça e favor de Deus, à mais alta dignidade de que pode ser revestida uma criatura: a maternidade divina... e como tal merece ser honrada, venerada: -como Mãe de Deus - e não adorada como Deusa.
Tudo isso é tão claro, que só uma cegueira obcecada é capaz de reproduzir tais acusações.
Adorar não é beijar ou inclinar-se... Os pais beijam os filhos; os inferiores inclinam-se diante de seus superiores, sem adorá-los.
A adoração não consiste só no ato exterior, mas sim no espírito que pretende tributar honras divinas a qualquer pessoa.
Não querendo alguém adorar, não adora.
E nenhum católico já teve a ideia de adorar outra pessoa a não ser Deus.
E eles mesmos devem saber melhor o que pretendem fazer do que os seus detratores.

Frases de Santos

4. Não te iludas: precisas de amparo. E esse amparo é a humilde Virgem Maria, posta por Deus para ser esteio de nossa fragilidade, como outrora para sustento, defesa e guarda da infância do Verbo Encarnado. (Serva de Deus, Madre Maria José de Jesus)

5 de junho de 2024

Frases de Santos

3. Que possamos voltar o olhar à Mãe de Deus, Maria, nas bodas de Caná O seu olhar silencioso e perscrutador observa tudo e repara onde falta alguma coisa. E antes que alguém perceba e ocorra algum embaraço,ela já prestou a sua ajuda. Encontra meios e modos, dá as indicações necessárias, e isso tudo em silêncio, sem deixar perceber nada. (Santa Teresa Benedita da Cruz)

4 de junho de 2024

Frases de Santos

2. Aprenda no coração de sua Mãe como se ama a Jesus.(Beata Maria Maravilhas de Jesus)

3 de junho de 2024

Frases de Santos

1. Não sei verdadeiramente como se pode pensar na Rainha dos Anjos, no tempo em que passou com o Menino Jesus, sem dar graças a São José, pelo auxílio que lhes prestou.
(Santa Teresa de Jesus)

2 de junho de 2024

Programação de Missas no Apostolado do IBP Curitiba

Na Casa do Padre: Olavo Bilac, 76
⛪️ 3ª feira, 04/06
07h30, Missa Rezada

⛪️ 4ª feira, 05/06
07h30, Missa Rezada

18h00, Exposição do Santíssimo
19h00, Conferência

⛪️ 6ª feira, 07/06
Festa Do Sagrado Coração
🥩Não há abstinência de carne
Primeira Sexta-feira do mês
07h30, Missa Rezada
————————————————
Na Capela, Rua Lamenha Lins, 2115, Rebouças
⛪️ 5ª feira, 06/06
18h30, Exposiçãodo Santíssimo
19h30, Missa Rezada

⛪️ 6ª feira, 07/06
Festa Do Sagrado Coração
🥩Não há abstinência de carne
Primeira Sexta-feira do mês
18h30, Hora Santa Reparadora
19h30, Missa Rezada Coram Expósito

⛪️ Sábado, 08/06
08h00, Confissões
08h30, Missa Rezada

⛪️ Domingo, 09/06
III Domingo pós Pentecostes
08h00, Confissões
08h30, Missa Rezada

09h30, Confissões
10h00, Missa Cantada

18h30, Confissões
19h00, Missa Rezad

1 de junho de 2024

A Mulher Bendita - Padre Júlio Maria

II. O fac-totum da corte celeste

    Tal é a objeção em toda a sua brutalidade, ignorância e nudez.
    Em síntese, acusam a Igreja Católica de fazer de Maria Santíssima:
    1. O fac-totum da corte celeste
    2. Um objeto de adoração
    3. O objeto de um novo culto
    4. Uma novidade desconhecida no Evangelho e nos primeiros tempos do Cristianismo.
    Tomemos, uma por uma, todas as objeções e lhes demos uma resposta clara e sucinta, que dissipe todos os erros e faça refulgir a única verdade Católica.
    Maria Santíssima não é, nem pode ser o "fac-totum". É uma heresia, que a significação dos próprios termos refuta.
O fac-totum é Deus; e por isso só a Ele é devida toda a honra e gloria nos séculos dos séculos, como diz o Apóstolo (1 Tim I. 17).
    O termo - adoração - exprime o culto desta honra suprema; e este termo é exclusivamente reservado ao culto de Deus.
    O termo - super-veneração - exprime o culto que prestamos à Mãe de Deus; e nada tem de comum com a adoração, de modo que, neste culto, o excesso é impossível; para que houvesse excesso, necessário seria que, ultrapassando o culto de super-veneração, alguém deslizasse na adoração, o que nenhum católico faz nem pode fazer.
    Qual é pois, exatamente, o lugar de Maria Santíssima, na hierarquia divina da religião?
    É simples, e é belo. É São Paulo quem nos vai fornecer a descrição, em sua linguagem figurada e teológica. Ele escreve:
    Assim como num só corpo temos muitos membros, e nem todos os membros tem a mesma função, assim, ainda que muitos, somos um só corpo em Cristo, e cada um de nós membros uns dos outros (Roma. XII. 4. 5)
    Ora, vós sois corpo de Cristo, e membros unidos a membro (1 Cor. XII. 27).
    E ele é a cabeça do corpo da igreja, e é o princípio, o primogênito dentre os mortos; de maneira que ele tem primazia em todas as coisas, porque foi do agrado do Pai, que residisse nele toda a plenitude, e que por ele fossem reconciliadas consigo todas as coisas. (Colos. I. 18, 19).
    Eis uma figura esplêndida da Igreja.
    A Igreja é o corpo místico de Jesus Cristo.
    Um corpo possui necessariamente três partes:
    A cabeça, o pescoço, os membros inferiores.
    É uma figura muitas vezes empregada pelo Apóstolo.
    A cabeça é o Cristo.
    Os membros somos nós.
    E como são ligados à cabeça os membros deste corpo?
    Pelo pescoço.
    O pescoço é pois a parte mediana, que e um membro do corpo, mas com esta particularidade, que é membro que toca, ao mesmo tempo, a cabeça e os membros.
    E entre os diversos membros deste corpo qual é a criatura que toca ao mesmo tempo Deus e as criaturas?
    É a Virgem Maria.
    Pela sua natureza, ela é uma simples criatura; pela sua dignidade, ela é Mãe de Deus.
    E que união mais intima pode existir entre duas criaturas do que a união de Mãe e filho?
    Eis porque Maria Santíssima é chamada pelos Santos: o pescoço do corpo místico de Jesus Cristo.
    Esta figura exprime admiravelmente o lugar que Maria Santíssima ocupa na Igreja e no culto católico.
    Ela não é a cabeça; ela é membro.
    Ela não é um simples membro, mas entre todos os membros goza do privilégio único e incomunicável, de ser diretamente unida a cabeça, enquanto todos os outros membros o são por intermédio do pescoço.
    Eis como cai por terra a primeira objeção protestante, acusando a Igreja de fazer de Maria Santíssima o fac totum da religião.
    O intermediário, o membro de ligação entre Jesus Cristo e os homens, é Maria Santíssima.
    Ora, quem é capaz de confundir o pescoço com a cabeça?
    Quem não vê que de nenhum modo e nunca e pescoço pode substituir a cabeça, ou ser colocado em cima da cabeça?
    A comparação de São Paulo é pois típica, profunda, expressiva, e indica para cada parte do corpo místico do Salvador o seu lugar próprio.
    Jesus Cristo.
    Maria Santíssima.
    Os homens.
Continua...

31 de maio de 2024

A Mulher Bendita - Padre Júlio Maria

CAPÍTULO 1

O culto de Maria Santissima

    É sabido que o protestantismo concentrou o seu ódio sobre a Virgem Santissima, Mãe de Deus.
    Porque este ódio?
    Para poderem os seus adeptos protestar contra a Igreja Católica.
    É a grande, e talvez a única razão.
   A Igreja Católica, na unidade perfeita e na firmeza granitica de seu ensino, atribui a cada pessoa o culto que lhe compete.
    Adora única exclusivamente a Deus, porque só Ele é Senhor Supremo, só Ele é Deus, e
somente Ele tem direito ao culto supremo da adoração.
    Dominus Deus noster, Dominus unus est (Deut. VI. 4).
    Venera a Virgem Maria, por ser Mãe de Jesus Cristo e, como tal, revestida de uma dignidade acima do todas as dignidades, tendo direito a um culto acima do culto tributado aos Santos.
    -Super modum, Mater mirabilis (2 Mach. VII. 20)
    Honra os Santos, por serem amigos de Deus e por gozarem, como tais, perto de Deus, de um poder de intercessão acima das criaturas, neste mundo.
    Temos, deste modo, um tríplice culto, essencialmente distinto um do outro, numa gradação harmoniosa e lógica.
    1. O culto de adoração (latria) devido a Deus.
    2. O culto de super veneração (hyperdulia) devido à Maria Santíssima.
    3. O culto de veneração (dulia) devido aos Santos.
    Tal é a base do culto católico, e basta compreender estas noções, para compreender a injustiça e o ridículo das objeções protestantes, acusando os católicos de Mariolatras, de adorarem a Mãe de Jesus.
    Vamos examinar tais objeções neste primeiro capítulo, dando-lhes a resposta que merecem.

I. A Mariolatria
    Não quero inventar nenhuma objeção; os amigos protestantes se encarregam da fabricação
e da propaganda.
    Vou tirar literalmente de seus escritos as tais objeções, para eles não me poderem acusar
de exagero ou de má interpretação.
    Eis a acusação de Mariolatria, tal qual a transcrevo de um jornal protestante.
    Chama-se Mariolatria a adoração de Maria Santíssima.
    Diz o articulista:
    "Indiscutivelmente, e não há quem ouse negar, no catolicismo Maria ocupa o lugar de destaque, é o "fac totum" da corte celeste. Todas as invocações, todas as adorações são dirigidas, apenas e unicamente a ela. Representa no catolicismo tudo, a substancia e a essência. A Maria são feitos os sermões e oferta dos presentes, os fiéis são convidados a confiar quase exclusivamente nela e no seu poder absoluto.
    Essa adoração toda, essa idolatria, criou o que se chama Mariolatria, que não passa de uma criação tardia, muito tempo depois de lançadas as bases do catolicismo.
    Maria começou a sair do silêncio em que a tinham envolvido os escritores do Novo Testamento, no meio do IV século. Foi obra de uma seita, composta quase que só de mulheres, aparecida na Thracia e naa Scisia superior, que começou a divulgar aos quatro ventos a divindade de Maria, e torná-la digna de adorações e cultos.
    EStes sectários foram chamados de "Colliridianos", por oferecerem à Mãe de Jesus algumas tochas chamadas em grego Kohhúga.
    Nos primeiros séculos nós não encontramos culto algum a Maria. Todos são unisonos e de acordo em pregar digno de culto somente Deus e o seu unigênito filho Jesus Cristo.
    Nem Justino Martir, nem Irineu, nem Tertuliano, nem Cipriano, nem Latancio, podem ser invocados como sustentadores e propugnadores do culto da grande "mãe de Deus", porque eles, como São Pedro, São Paulo e São João, não aludem a outra mediação senão à Deus e Jesus Cristo.
    Volvamos ao passado, isto é, aos primeiros séculos e os percorramos com atenção.
    Século I. Clemente Romano, o suposto sucessor de São Pedro, escreve nas suas Constituições Apostólicas: "Não é permitido avisinhar-se a Deus onipotente, que por Jesus Cristo seu filho. (Const. Apost. liv. 2 e 33)
    Século II. Inácio, discípulo do apóstolo João, escreve de Roma aos Filadelfios: "Nas vossas orações deveis ter perante os olhos apenas Jesus Cristo e o pai de Jesus Cristo".
    Século III. Origênes disse claramente: "Não tenhamos a desfaçatez de invocar algum outro, a não ser aquele que é Deus sobre todas as coisas, bastando a tudo por meio de Nosso Senhor Jesus Cristo.
    Século IV. Atanásio pregava e escrevia: "Nós verdadeiramente somos adoradores de Deus, porque não invocamos nem criaturas nem homens; invocamos o filho, que por nascimento procede de Deus, e que é o verdadeiro Deus, que nasceu homem, é verdade, porém que não obstante é Deus e Salvador".
    Século V. João Capistrano se opõe aqueles que queiram introduzir outros mediadores além de Cristo.
    Nestes cinco primeiros séculos não se concebia outra adoração, outra veneração que não fosse Deus e Jesus Cristo. Como, pois, pode o catolicismo passar uma esponja no quadro negro do passado, e fazer valer todos os pontos de vista a opinião da seita de Colliridianos?
    Como, pois?
    Deixando mesmo em segundo plano Jesus Cristo? Mas porque? Acaso admitem a imaculada conceição de Maria?"
Continua... (vamos deixar o suspense para o martelo do Padre Júlio Maria)