28 de fevereiro de 2022

O BREVIÁRIO DA CONFIANÇA

28 de Fevereiro

Inútil…

“Sou inútil” – geme alguém no leito de dores, reduzido a uma inação dolorosa. Quer trabalhar, quer lutar como antes, e se vê amarrado, de mãos e pés, num leito, preso à monotonia de um quarto de enfermo. Sou inútil! Que pensamento cruciante, por exemplo, para um coração de apóstolo, sedento de lutar pela salvação das almas, ao contemplar a seara amadurecida e…, sem operários.

Ah! Não digamos – sou inútil –, quando é vontade de Deus que soframos. Inútil era, talvez, o nosso trabalho todo, sem vida interior, sem pureza de intenção. Deus não precisa de nós. Somos puros instrumentos nas Suas Mãos Divinas. E o instrumento pode ser robusto ou enfermo, grande ou pequeno. A salvação das almas é Obra Divina. No leito de dores, o apóstolo pode salvar mais almas pela paciência do que pelas mais brilhantes pregações.

“O que glorifica a Deus – diz Santo Afonso – não são as nossas obras, mas a nossa resignação e a conformidade da nossa vontade com a Vontade de Deus”.

O apostolado do sofrimento, por ser o mais oculto e penoso, é também o mais eficaz.

Escrevia Santa Teresinha a um missionário:

“Meu irmão, Deus quer firmar o Seu Reino nas almas; muito mais pelo sofrimento e a perseguição do que por brilhantes pregações”.

Não és inútil na cruz da enfermidade, oh! não, bom apóstolo; estás firmando o Reino de Deus nas almas!

Mᴏɴs. Asᴄᴀ‌ɴɪᴏ Bʀᴀɴᴅᴀ‌ᴏ

27 de fevereiro de 2022

O BREVIÁRIO DA CONFIANÇA

27 de Fevereiro

Os Mártires

Quereríamos a glória do martírio. Que inveja nos causam os heróis cristãos na arena do anfiteatro, nas prisões, nos cavaletes, na cruz! E podemos ter a glória do martírio e de um martírio não menos glorioso do que o daqueles que derramaram seu sangue pela causa de Cristo.

Diz Santo Agostinho que o martírio não consiste na pena, mas na causa ou fim por que se morre. E o Angélico Doutor ensina que se pode ser verdadeiro mártir, morrendo no exercício de um ato de virtude.

Aceitarmos o que o Céu nos envia de sofrimento e de cruzes, assim como, e principalmente, a morte, para agradar a Deus e nos conformar à Sua Santíssima Vontade, – é, pois, martírio, e tem o mérito do martírio. E quem faz esse ato, diz, com autoridade, Santo Afonso, ainda que não morra em mãos do carrasco, tem o mérito do martírio.

As vozes autorizadas de três Doutores da Igreja afirmam que podemos ter a glória do martírio sem derramar o nosso sangue, com a simples aceitação heroica da vontade de Deus.

Não temos, porventura, em nossa vida tantas ocasiões de exercer heroicamente a virtude da paciência? E o dever a cumprir cada dia, monótono, duro, quase insuportável!… E o que sofremos dos que nos molestam? E a doença cruciante, longa, talvez incurável? Não quereis, pois, a glória dos mártires? Por que não aproveitais o martírio que Nosso Senhor vos envia? Que bela coroa reserva o Rei dos Mártires aos heróis e mártires da Santíssima vontade de Deus.

Mᴏɴs. Asᴄᴀ̂ɴɪᴏ Bʀᴀɴᴅᴀ̃ᴏ

26 de fevereiro de 2022

O BREVIÁRIO DA CONFIANÇA

26 de Fevereiro

Passai por Baixo!

É ainda o Anjo do Carmelo quem nos vai dar uma lição para as dificuldades da vida. Há certas almas que acham tudo difícil. Se se lhes apresenta um embaraço, abatem-se, querem vencer e não podem, querem passar sobre as dificuldades e o acham impossível… E como sofrem! Numa grave tentação e sério embaraço na vida espiritual, disse uma noviça a Santa Teresinha:

“Não posso passar por cima deste obstáculo!”

– Respondeu a Santa:

“Por que há de querer passar por cima? Passe por baixo! É próprio das almas grandes voar lá por cima das nuvens, quando cá por baixo ruge o trovão e se desencadeia a tempestade. Quanto a nós, contentemo-nos em passar por baixo, com humildade e paciência. A propósito, lembro-me disto, que me aconteceu quando era criança: um dia estava um cavalo à entrada do jardim, impedindo a passagem. Enquanto os circunstantes, com cuidado em mim, discutiam o meio de desviar o animal, eu passei sossegadamente por baixo deste. Eis aí como é bom ser pequenina e se conservar cada um no seu tamanhozinho”.

Com a paciência e a humildade, ficai sempre pequeninos, como as criancinhas, e, quando algum cavalo das dificuldades da vida vos ameaçar ou vos impedir a porta da paz de vossa alma, como Teresinha, depressa!… Passai por baixo!

Mᴏɴs. Asᴄᴀɴɪᴏ Bʀᴀɴᴅᴀ‌ᴏ

25 de fevereiro de 2022

O BREVIÁRIO DA CONFIANÇA

25 de Fevereiro

Um Sorriso na Dor

Aceitar a dor sem queixa é virtude e virtude sólida. Aceitá-la com sorriso, é heroísmo. Conheceis o clássico sorriso de Santa Teresinha? É um sorriso entre rosas, mas rosas de espinhos duros e penetrantes. Quando vem o sofrimento, é preciso recebê-lo bem, como quem recebe um hóspede querido. Pois assim fazia o Anjo do Carmelo. Uma noviça quis ter uma prova da virtude heroica da Santa.

“Dois meses antes da sua morte – diz a irmãzinha – fui fazer uma visita à Irmã Teresa e, como tinha ouvido elogiar muito a sua paciência, veio-me a vontade de a observar num momento de crise. E vejo logo o seu rosto revestir-se de um ar de alegria e repontar de seus lábios um sorriso celeste. Perguntando-lhe então a razão daquela mudança, respondeu:

– Por isso mesmo que sinto dores fortes, preciso amar o sofrimento e mostrar-lhe sempre boa cara”.

Custa muito um sorriso, quando se apresenta à nossa fraqueza a Irmã Dor. Custa, mas não é impossível. Havemos de recebê-la. É uma necessidade fazê-lo. Nosso Senhor a mandou. É mensageira do Céu. É a Vontade de Deus. Se, como Santa Teresinha, não pudermos recebê-la com sorriso doce e amável, sejamos delicados. Ela é boa, veio do Céu, veio curar-nos.

Que entre sossegada a Irmã Dor e não repare a nossa grosseria se, por acaso, a recebermos sem um gesto amável e um bom sorriso!

Mᴏɴs. Asᴄᴀ̂ɴɪᴏ Bʀᴀɴᴅᴀ̃ᴏ

24 de fevereiro de 2022

O BREVÍARIO DA CONFIANÇA

24 de Fevereiro

O Pão sem Açúcar e o Açúcar sem Pão

Muita gente procura mais, na devoção, as consolações de Deus do que o Deus das consolações – diz o autor da “Imitação”. Como as crianças que não procuram um alimento substancial, contentando-se com as guloseimas, confeitos e doces, querem certas almas um fervor sensível, as doçuras da oração. Se Deus lhes retira as consolações, queixam-se, abatem-se e murmuram. E não é raro que cheguem até a deixar os exercícios de piedade.

O amor Divino traz uma doçura infinita, enche e transborda o coração, mas nem sempre é todo de alegrias e consolações. Jesus Cristo é um Esposo Crucificado. E ninguém O pode amar verdadeiramente sem a cruz.

O pão da dor – “panem doloris” – de que fala o Salmista, deve ser o alimento preferido das almas que aspiram a uma piedade sólida e seguem o Divino Mestre até o Calvário.

Santa Catarina de Sena experimentou tantas securas na devoção que se julgou abandonada por Deus. Santa Teresinha, durante longos anos, provou a mais cruciante aridez espiritual. E estas Santas foram duas almas seráficas!

Muitas almas preferem, como diz São Francisco de Sales, o pão sem açúcar de uma devoção bem sólida e, mesmo sem consolações, provam, até o sacrifício, o seu verdadeiro amor a Jesus Cristo.

Outras querem apenas açúcar das consolações e rejeitam o pão do sacrifício, pão substancial dador.

Ó meu Jesus, prefiro o Vosso pão sem açúcar ao Vosso açúcar sem pão!

Mᴏɴs. Asᴄᴀ̂ɴɪᴏ Bʀᴀɴᴅᴀ̃ᴏ

23 de fevereiro de 2022

O BREVIÁRIO DA CONFIANÇA

23 de Fevereiro

Grande Pena Viver sem Pena!

Esta era a máxima de Santo Agostinho. Os santos mais unidos a Nosso Senhor, do alto da Montanha do Amor, divisam mais largos horizontes do que nós. Eles sabem o que é Eternidade e o quanto vale sofrer por amor de Deus e para salvação de nossa alma, destinada à felicidade eterna. Todos os santos foram, não só pacientes e conformados no sofrimento, como apaixonados pela cruz:

“Ou sofrer ou morrer!” – exclama Santa Teresa.

“Sofrer e ser desprezado por Vós!” – dizia São João da Cruz.

Compreende o mundo essa linguagem? A nossa delicadeza e sensualidade não acham exagero nessas expressões? Ah! Somos ainda grosseiros demais! A cruz de Jesus Cristo nos escandaliza como escandalizava aos pagãos no tempo de São Pedro.

Santo Agostinho, depois de tantos e tão funestos erros em busca da felicidade, achou-a, finalmente, na cruz de Jesus Cristo. E ele podia dizer:

“Grande pena é viver sem pena!”.

Sim, porque, sem sofrimento, sem cruz, não há méritos, não há virtude sólida, não há salvação garantida. Desde que Nosso Divino Mestre nos remiu pela cruz, não pode haver salvação fora da cruz!

“In cruce salus!“.

E, se é tão necessário sofrer, é também, na verdade, grande pena viver sem pena!

Mᴏɴs. Asᴄᴀ̂ɴɪᴏ Bʀᴀɴᴅᴀ̃ᴏ

22 de fevereiro de 2022

O BREVIÁRIO DA CONFIANÇA

22 de Fevereiro

A Filha de São Pedro

São Pedro era casado antes do chamamento Divino e da sua vida apostólica. Tinha uma filha, Santa Petronilha, que vivia sempre enferma e, na flor da idade, gemia num leito, paralítica de todos os membros e a sofrer dores agudas e cruciantes. O Príncipe dos Apóstolos fazia, em toda parte, estupendos milagres e inúmeras curas maravilhosas. Perguntaram-lhe um dia:

“Ó Apóstolo Pedro, operais tantas curas e até a vossa sombra realiza prodígios entre os enfermos; porque, pois, a vossa presença em casa e o vosso amor paterno não curam Petronilha, que tanto padece?”.

Propositadamente, respondeu o Apóstolo, deixo minha filha enferma. Ela tem necessidade de ser doente para se salvar. Entretanto, para vos provar que a posso curar, vou ordenar-lhe que se levante.

– “Levanta-te, Petronilha, e serve a mesa”.

A menina se levantou curada, serviu a mesa e voltou depois para o leito, com as mesmas enfermidades. Petronilha era bela, cheia de encantos, e poderia perder-se nas seduções do mundo. Deus a fez enferma para livrá-la dos perigos, dar-lhe méritos para o Céu e santificá-la, até que, do martírio do leito, fosse ao martírio glorioso dos primeiros Cristãos. Santa Petronilha é uma das Santas Virgens Mártires dos primeiros dias do Cristianismo.

Quando Nosso Senhor, apesar de nossas orações, não nos ouve na enfermidade, é porque nos trata com misericórdia, como São Pedro à sua filha.

Resignemo-nos!

Mᴏɴs. Asᴄᴀ̂ɴɪᴏ Bʀᴀɴᴅᴀ̃ᴏ

21 de fevereiro de 2022

O BREVIÁRIO DA CONFIANÇA

21 de Fevereiro

Acima das Nuvens

Quem repousa tranquilamente no seio da vontade de Deus, eleva-se bem alto, acima de todas as nuvens que toldam o céu de nossa vida e a enchem de tempestades e relâmpagos. E quem, acima das nuvens, percebe a tempestade a rugir, furiosa, a seus pés, e não pode ser atingido pelos raios, permanece calmo, não teme.

Quando só se deseja fazer, neste mundo, a vontade de Deus, o coração não sofre as agitações e abalos tremendos como em dias de horrorosa tempestade. Paira tranquilo, acima daquelas nuvens sombrias, resignado e todo cheio da Vontade de Deus. Dessas almas resignadas disse Salviano:

“Se estão em baixa condição, assim querem ficar. Se na pobreza, querem ser pobres. Nos sofrimentos querem sofrer. Querem enfim, o que Deus quer. E sempre estão contentes. Vem o calor, o vento, o frio, a chuva: Deus assim quis! Seja Deus louvado! Vem a perseguição, a doença, a morte dos entes mais queridos? Deus assim quis! Louvado seja Deus!”

Santa Madalena de Pazzi, chegada a esse grau de abandono, ao pronunciar as palavras:

“Vontade de Deus! Vontade de meu Deus!– entrava em êxtase”.

Ó meu Deus! Meu Deus! Ensinai-me a fazer a vossa Santa Vontade. E que, nas asas de Vosso Amor, eu paire acima das nuvens de minha vida, pejadas de raios e tempestades, de tantas dores e aflições!

Mᴏɴs. Asᴄᴀ̂ɴɪᴏ Bʀᴀɴᴅᴀ̃ᴏ

Campanha de arrecadação: Construção da nossa capela!

 

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Um grande abraço em Cristo, Nosso Senhor!

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20 de fevereiro de 2022

O BREVIÁRIO DA CONFIANÇA

20 de Fevereiro

O Sol e a Lua

“O homem santo, diz a Escritura, permanece na sabedoria como o Sol, mas o insensato muda como a lua”.

O pecador insensato se distingue pela inconstância e impaciência em todos os seus atos. Ora crê, ora descrê. Hoje ri, ditoso na prosperidade, regozija-se com seus amigos, goza a felicidade até a embriaguez, até a loucura. Amanhã vem o golpe da adversidade. Uma desgraça, uma doença, uma calamidade qualquer.

Chora até o desespero, revolta-se contra o Senhor, grita e se exaspera. Ora é humilde, ora soberbo até a insensatez. Enfim, o pecador muda conforme a sua situação de adversidade ou de prosperidade. E, do mesmo modo que a nossa vida muda, como a lua, do gozo para a dor, da alegria para o luto, o pecador insensato muda da felicidade para o desespero.

Já não é assim o justo. Calmo, sereno, permanece sempre igual, como o Sol, escondido entre nuvens ou a brilhar no zênite. Na fraqueza da sua natureza humana, sente, é verdade, mas se conserva sereno, resignado, humilde. A prosperidade não o ensoberbece, a adversidade não o abate. Se o exterior é, às vezes, sombrio e triste, como um dia sem sol, o interior está calmo e sempre iluminado pelo Sol Divino, porque, atrás das nuvens espessas de tantas amarguras, o sol de seu coração se conserva sempre brilhante e esplendoroso.

Mᴏɴs. Asᴄᴀ̂ɴɪᴏ Bʀᴀɴᴅᴀ̃ᴏ

19 de fevereiro de 2022

O BREVIÁRIO DA CONFIANÇA

19 de Fevereiro

O Monge Santo

Não há necessidade para a perfeição, de austeridades espantosas nem de obras maravilhosas. É muito simples a virtude e nada tem de complicado. Um ato de conformidade, um sim perene ou renovado a cada instante ao que Deus quiser. Nada perturba a alma verdadeiramente abandonada à vontade de Deus. Tem o paraíso da terra!

Cesário conta de um monge simples, de uma vida nada mais austera do que a de qualquer de seus irmãos, e que não obstante, operava milagres estupendos.

O abade não sabia explicar o fato, que causava admiração a todo o Mosteiro. O religioso, na sua vida monástica em nada se distinguia dos seus irmãos.

“Que devoções práticas, perguntou-lhe o abade, para que o Senhor te dê a graça de operar tantos prodígios?”

O pobre monge respondeu:

“Sou o mais imperfeito de meus irmãos e só procuro fazer uma coisa: conformar-me em tudo com a Vontade de Deus”.

E tornou a perguntar o abade:

“Quando puseram fogo em nossas plantações e nos prejudicaram as terras, não te causaram tristeza a nossa penúria e tantas outras desgraças que nos sucederam?”

– “Oh! Não, meu Pai, replicou o monge, eu louvei a Deus e até fiquei contente. Deus tudo permitiu para nosso bem. Louvado seja Deus!”

O abade compreendeu logo que a santidade daquele monge estava no seu heroísmo em aceitar os males e golpes adversos e na sua conformidade, em tudo, com a Vontade de Deus!

Mᴏɴs. Asᴄᴀ̂ɴɪᴏ Bʀᴀɴᴅᴀ̃ᴏ

18 de fevereiro de 2022

O BREVIÁRIO DA CONFIANÇA

18 de Fevereiro

O Verme e o Serafim

Se a perfeição está em fazer a vontade de Deus, pouco importa, neste mundo ou no outro, o lugar que a Providência nos reservou.

Os Santos, no Céu, amam a Deus com amor perfeito. E em que consiste esse amor? Na conformidade com a Vontade Divina. Nosso Senhor nos ensinou a pedir o cumprimento da Sua Santíssima Vontade na terra como no Céu. Não o dizemos todos os dias no “Pai Nosso”? Aceitemos, neste mundo, o que Deus quiser, o último ou o primeiro lugar.

Quando se cumpre a Vontade de Deus, não há lugar, nem ofício, nem condição desprezíveis neste mundo. Na cozinha dum Mosteiro como na direção geral da Ordem, pode uma alma santificar-se e enriquecer-se de méritos para o Céu. Basta para isso a sua conformidade com a Vontade de Deus. Só disso depende a nossa perfeição.

Disse Santa Teresa:

“O que nesta prática for bem fiel receberá do Céu maiores dons e fará mais progresso na vida interior”.

Tinha razão o Bem-aventurado Henrique Suzo, quando, ao meditar essas verdades, dizia:

“Prefiro ser neste mundo o verme mais miserável da terra, pela Vontade de Deus, do que um serafim no Céu, pela minha própria vontade!”

Mᴏɴs. Asᴄᴀ̂ɴɪᴏ Bʀᴀɴᴅᴀ̃ᴏ

17 de fevereiro de 2022

Live Grupo São Pio V (Blog e Associação)!

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O BREVIÁRIO DA CONFIANÇA

17 de Fevereiro

Bendito seja Deus!

Santa Teresa se oferecia a Deus cinquenta vezes por dia, para que o Senhor dispusesse dela como quisesse, e se propunha a abraçar o que Nosso Senhor lhe enviasse, fosse a prosperidade ou a adversidade.

Eis o que é importante na vida de perfeição. Só isso basta para santificar em pouco tempo uma alma. Na prosperidade, todo o mundo está disposto a conformar-se com a Vontade Divina. Na adversidade, bem poucos. Demos graças a Deus quando a sua misericórdia nos cumula de favores e bens temporais. É muito bela a gratidão e atrai novas bênçãos do Céu!

Mas… Não nos esqueçamos de que a adversidade é também uma graça, e das maiores. Se dissermos, na prosperidade, “Bendito seja Deus”, por que não o fazermos também nas adversidades? Imitemos o Santo Profeta Jó e seremos agradáveis ao Senhor.

“Um só Bendito seja Deus, nas contrariedades, dizia o Pe. João D’Ávila, vale mais do que mil orações de graças quando estamos na prosperidade e tudo nos corre bem.”

Nas alegrias e consolações? Bendito seja Deus!
Na doença ou na saúde? Bendito seja Deus!
Nas trevas ou na luz? Bendito seja Deus!

Como é agradável a Nosso Senhor uma criatura assim resignada, humilde, paciente!

É uma pérola do Coração de Jesus!

Mᴏɴs. Asᴄᴀ‌ɴɪᴏ Bʀᴀɴᴅᴀ‌ᴏ

16 de fevereiro de 2022

O BREVIÁRIO DA CONFIANÇA

16 de Fevereiro

Quem Deve Mais?

Vivemos contando, medindo cuidadosamente os sofrimentos que nos afligem. De nada nos esquecemos. Costumamos até exagerar as nossas dores. Trazemos pesado e medido o sofrimento, e diante de Deus, nas orações, queremos ser atendidos e não admitimos delongas. São de São João Crisóstomo estas palavras:

“Sois muito exatos em contar os sofrimentos. E o sois, porventura, em contar os pecados que os provocam? Pensais, tão só, nos pecados que cometeis durante um dia, sem contar os inumeráveis pecados de toda a vida, que não quereis conhecer. E vereis quanta injustiça, quanta ofensa a Deus vos hão de chegar à memória!”

E temos coragem de medir, pesar as ofensas, os crimes que cometemos?

“Si iniquitates observaveris, Domine, Domine, quis sustinebit?” – Se Vós, Senhor, medirdes as nossas iniquidades, que será de nós?”

Examinemos cuidadosamente nossas consciências. Um olhar sobre a vida passada, sobre a multidão de nossos pecados. E depois calculemos o que havemos sofrido neste mundo. Não temos mais pecados do que sofrimentos? E se um só pecado mortal merece um castigo eterno, que merecemos com tanto pecado?

Quem deve mais?

Mᴏɴs. Asᴄᴀ̂ɴɪᴏ Bʀᴀɴᴅᴀ̃ᴏ

15 de fevereiro de 2022

O BREVIÁRIO DA CONFIANÇA

15 de Fevereiro

Escolhe uma Cruz

Há duas cruzes ao lado de Nosso Senhor, no Calvário: a do bom e a do mau ladrão. Sem cruz não se vive na terra. O sofrimento é condição de nossa vida. Uma das cruzes nos há de pertencer. A do Bom Ladrão é a cruz do penitente. Dimas viu-se miserável, e pobre, carregado de crimes, pregado no madeiro infame. Contemplou ao seu lado a Misericórdia, resignou-se ao sofrimento e pediu a Nosso Senhor:

“Senhor, lembrai-Vos de mim em Vosso Reino.”

E ouviu a doce voz da Misericórdia:

“Hoje estarás comigo no Paraíso”.

Valeu-lhe o Céu um ato de conformidade à vontade de Deus, um olhar de confiança em Jesus Crucificado.

O mau ladrão amaldiçoa o seu destino, blasfema, renega a sua cruz e se une aos que insultam a cruz de Jesus Cristo. Morre condenado.

Ambos na cruz, um se salva e outro se perde. Se não é possível evitar a cruz, roubamos também o Céu, como o Bom Ladrão, pela resignação à vontade de Deus, pela meditação da cruz de Nosso Divino Redentor. É o caminho mais curto do Céu. Vede o que disse Nosso Senhor a Dimas:

“Hoje estarás Comigo no Paraíso”.

Hoje!

Como Nosso Senhor tem pressa em dar o Paraíso às almas conformadas com a Sua Vontade Santíssima!

Lá está o Calvário, com as duas cruzes ao lado de Nosso Divino Redentor.

Escolhe a tua cruz!

Mᴏɴs. Asᴄᴀ̂ɴɪᴏ Bʀᴀɴᴅᴀ̃ᴏ

14 de fevereiro de 2022

O BREVIÁRIO DA CONFIANÇA

14 de Fevereiro

O Bom Sofrimento

Já conheceis a expressão de São Francisco de Sales. A adversidade é mãe e a prosperidade madrasta da virtude. Quereis a prova? Manassés, no trono real, cercado de glória e de honras, era um sacrílego; na prisão, humilhado, sofrendo, torna-se um santo. Que foi David na prosperidade? Um homicida, um adúltero. Ferido pela morte de Absalão, chora, arrependido, quando a adversidade o visita. Reconhece o seu crime e canta o seu “Miserere” e o seu “Bonum mihi quia humiliasti me!“:

“Foi bom para a minha alma, Senhor, que me tivesses humilhado!”

O filho pródigo vivia, na casa de seu pai, na riqueza e na prosperidade. Nada lhe faltava. Esbanjava todo seu dinheiro nas orgias e no pecado. Sai da casa paterna. Gasta a herança recebida. Vem-lhe a miséria, a fome e, na adversidade, encontrando-se na triste condição de guardador de porcos, lembra-se do pai e se levanta: Surgam et ibo ad patrem – Levantar-me-ei desta miséria e irei a meu pai! É esta a história de muitas conversões. François Coppé esquecera-se de Deus e viveu longos anos no ceticismo. Feriu-o a doença, a adversidade o atirou nos hospitais, onde sofreu muito. Converteu-se e, escrevendo a história da sua volta para Deus, deu graças à Divina Providência, e ao seu martírio chamou La bonne souffrance – “O bom sofrimento”.

Acolhamos o sofrimento. Ele não é mau. Vem do Céu. É o bom sofrimento!

Mᴏɴs. Asᴄᴀ̂ɴɪᴏ Bʀᴀɴᴅᴀ̃ᴏ

Campanha de arrecadação para a construção da nossa capela!

Prezados Leitores, Salve Maria!

No dia 31 de janeiro de 2022, lançamos oficialmente o projeto da capela com a campanha de arrecadação de recursos para viabilizar sua realização. (Detalhes sobre como contribuir, favor, clique aqui ou no link acima.)

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Em breve, publicaremos novos detalhes da campanha.

Um grande abraço em Cristo, Nosso Senhor!

Administrador do Blog São Pio V

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