28 de Fevereiro
Inútil…
“Sou inútil” – geme alguém no leito de dores, reduzido a uma inação dolorosa. Quer trabalhar, quer lutar como antes, e se vê amarrado, de mãos e pés, num leito, preso à monotonia de um quarto de enfermo. Sou inútil! Que pensamento cruciante, por exemplo, para um coração de apóstolo, sedento de lutar pela salvação das almas, ao contemplar a seara amadurecida e…, sem operários.
Ah! Não digamos – sou inútil –, quando é vontade de Deus que soframos. Inútil era, talvez, o nosso trabalho todo, sem vida interior, sem pureza de intenção. Deus não precisa de nós. Somos puros instrumentos nas Suas Mãos Divinas. E o instrumento pode ser robusto ou enfermo, grande ou pequeno. A salvação das almas é Obra Divina. No leito de dores, o apóstolo pode salvar mais almas pela paciência do que pelas mais brilhantes pregações.
“O que glorifica a Deus – diz Santo Afonso – não são as nossas obras, mas a nossa resignação e a conformidade da nossa vontade com a Vontade de Deus”.
O apostolado do sofrimento, por ser o mais oculto e penoso, é também o mais eficaz.
Escrevia Santa Teresinha a um missionário:
“Meu irmão, Deus quer firmar o Seu Reino nas almas; muito mais pelo sofrimento e a perseguição do que por brilhantes pregações”.
Não és inútil na cruz da enfermidade, oh! não, bom apóstolo; estás firmando o Reino de Deus nas almas!
Mᴏɴs. Asᴄᴀɴɪᴏ Bʀᴀɴᴅᴀᴏ
28 de fevereiro de 2022
O BREVIÁRIO DA CONFIANÇA
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