É muitas vezes, fruto de um sutil amor próprio, de impaciência ou pusilânimidade, não queremos nos apresentar a Nosso Senhor com a miséria que nos é própria ou com a nossa pobreza humilhada, e, entretanto, é o que Ele ama e abençoa e prefere a tudo.
Se vos sentis na aridez, glorificai-a a graça de Deus sem a qual nada podeis; abri então a vossa alma para o céu como a flor abre o cálice ao nascer do sol para receber o orvalho benfasejo.
Quando o vosso espírito estiver mergulhado em trevas, numa completa incapacidade, o coração sob o peso de seu nada e o corpo em sofrimento faça então a adoração do pobre. Saí de vossa pobreza e fixai-vos em Nosso Senhor; ou oferecei-Lhe esta pobreza para que Ele a enriqueça, o que seria obra prima digna de sua glória.
Se vos encontrais num estado de tentação e de tristeza, sentindo que tudo em vós se revolta e vos induz a deixar a adoração sob o pretexto de que ofendeis a Deus e O desonrais em lugar de servi-LO, afastai esta insidiosa tentação. Fareis a adoração do combate contra vós mesmo, da fidelidade a Jesus. Não, não desagradais a Nosso Senhor. Ao contrário, rejubilais ao vosso Mestre, que vos contempla, e que permitiu a Satanás perturbar-vos. Jesus espera a homenagem da perseverança até o derradeiro minuto do tempo a Ele consagrado.
19 de setembro de 2012
Flores da Eucaristia - 19 de Setembro
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