8 de setembro de 2012

Tesouro de Exemplos - Parte 194

MÃE, TENHO DEZESSEIS ANOS!...


Monsenhor Bougaud, um dos mais ilustres escritores franceses do século passado, fala-nos de uma Senhora católica, com quem se passou o triste acontecimento que vamos transcrever.
Tinha aquela senhora um filho. Nos primeiros anos educou- o cristãmente. Ensinava-lhe as rezas, levava-o à igreja, dava-lhe conselhos... Aos doze anos o menino entrou no Instituto de França...
Antes não tivesse entrado! Que viu ali?... que ouviu naquela escola?... A mãe julgava-o ainda um rapaz piedoso e honesto. Mas não era assim. Como havia de sê-lo, se em casa tivera sempre diante dos olhos os exemplos perversosd o pai... e no Instituto vivia no meio dos amigos mais ímpios e dissolutos?
A mãe sonhava ainda... sonhava que seu filho (com aquêles dezesseis anos que começavam a despertar no coração loucuras de libertinagem) era ainda uma alma de fé. Chegou um dia de grande festa religiosa. Pela manhã disse-lhe a mãe:
- Filho, queres ir comigo à igreja? Farás tua confissão e comungarás comigo...
Ao que o rapaz respondeu fria e secamente:
- Mãe, já tenho dezesseis anos. Já não creio em Deus, nem nessas coisas.
Que golpe, que facada no coração daquela pobre mãe!...
- Daquele tempo a esta parte os jovens como aquêle, os operários, os cavalheiros assim, multiplicam-se como larvas de insetos nos charcos de água podre. Só uma graça extraordinária
de Deus os poderá arrancar dêsses charcos.

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