13 de agosto de 2014

A hediondez espírita - Dom Corrêa (11/22)

A HEDIONDEZ ESPÍRITA

Dom José Eugênio Corrêa
Bispo de Caratinga
(1957-1978)

11. A REENCARNAÇÃO É MENTIRA

Os espíritas escreveram num monumento a Allan Kardec: «nascer, morrer, renascer ainda e progredir sempre: tal é a lei».

Para os espíritas, não morremos uma só vez, porque depois da morte nos encarnamos de novo e tornamos a viver... E isto é um ponto capital para os espíritas. Allan Kardec chama isto de «dogma da reencarnação». E declara mesmo que «é uma das mais importantes leis reveladas pelo Espiritismo».

E o nosso Carlos Imbassahy diz que «sem esta doutrina, o Espiritismo perderia toda a base filosófica». Argumento mesmo, nada.

Toda a Bíblia é contra a reencarnação. Está na Bíblia que «os homens morrem uma só vez (Hebr. 9, 27). Depois da morte, sentença imediata, prêmio ou castigo: «depois disto, o juízo» (Hebr. 9. 27)... E ainda: «a cada um, no dia da sua morte, o Senhor retribuirá, conforme as suas obras» (Ecli. 11, 28). Assim aconteceu com Lázaro e o rico epulão, e com o bom ladrão. E nenhum texto da Bíblia em contrário

A doutrina da reencarnação não condiz com o dogma da ressurreição final, do céu e do inferno. Por isto, o Espiritismo nega simplesmente estes dogmas, apesar de estarem claros na Bíblia. Nega o que é de fé, que Deus ensinou, para erigir fantasias em dogma de fé.

Toda a filosofia e a sã razão é contra a reencarnação. A alma e o corpo se completam, como todos sabem; logo são substâncias incompletas... logo, a alma foi feita para completar um corpo e vice-versa. Cada alma para um corpo determinado, como ensina hoje a boa filosofia. A preexistência das almas é doutrina ultrapassada.

Por outro lado, se a alma preexistisse, teria consciência, guardaria recordação, pois teria usado de suas faculdades, inteligência e vontade... Ora, de nada nos lembramos! Se a alma não tinha inteligência, nem vontade, nem consciência, para que preexistia, e como preexistia?

Toda moral, especialmente a justiça natural, está contra a reencarnação. Segundo os espíritas, as almas se reencarnam para pagar seus pecados, para se purificarem... Eu estaria pagando por faltas que não cometi e das quais nada sei! O castigo deve ser uma medicina: como posso me corrigir de faltas que não sei? Isto é injusto e imoral. De fato, se cometo faltas e outro, em outra reencarnação, é que vai pagar, posso ficar tranqüilo... Como é injusta e imoral a idéia de que outro, em outra reencarnação, é que vai receber o prêmio de meus trabalhos atuais!

Mesmo entre os espíritas, nem todos aceitam a reencarnação. Kardec dizia: «Generalidade e concordância no ensino, esse é o caráter essencial» da doutrina espírita. Ora, em matéria de reencarnação não há concordância. Os espíritas latinos, com Allan Kardec à frente, aceitam a reencarnação, porque «os espíritos superiores revelaram». Já os anglo-saxões, com Staidon Moses, D. Home condenam a reencarnação, porque «os espíritos superiores revelaram».

A base filosófica do Espiritismo não passa de balela, contradita pelos próprios espíritas.

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