19 de junho de 2017

Tesouro de Exemplos - Pate 372

ANTES MORRER QUE MENTIR

Entre as heroicas vitimas da tristemente famosa Revoluto Francesa, conta-se o P. Firmino, carmelitano. Obrigado a depor o hábito e abandonar o convento, pôs-se a percorrer com zelo infatigável as vilas e aldeias, empregando-se dia e noite nas funções do seu sagrado ministério. Visitava os fiéis e confortava-os na fé para que não se deixassem vencer pelo terror e apostasia geral daqueles tempos tristes.
Foi finalmente descoberto pelos espiões do governo e em seguida preso e levado para a cadeia de Amiens.
Os juízes, perante os quais teve de comparecer, não eram daqueles homens sanguinários de que estava cheia a Franca naquela época infeliz. Pretendiam salvá-lo, sem no entanto obrigá-lo ao juramento iníquo que as leis revolucionárias impunham aos sacerdotes. O próprio presidente do tribunal deu-lhe a entender que, para escapar, à morte, era suficiente declarar que ignorava os decretos fulminados contra os padres que não haviam prestado juramento.
Momento angustiante! Tratava-se de salvar ou perder a vida. Para evitar o patíbulo, bastaria uma simulação, uma mentira leve... Mas o valoroso sacerdote, sem hesitar um só instante, recusa-se a salvar a vida por aquele prego. Está resolvido a antes morrer que trair a verdade.

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