11 de junho de 2017

Retratos de Nossa Senhora, Juan Rey, S. J.,

Nossa Senhora Colegial

Parte 3/3

Com estas virtudes sobrenaturais, são necessárias as virtudes domésticas, para governar uma casa.
A Santíssima Virgem trabalha no templo e prepara-se para trabalhar na casinha de Nazaré.
Trabalha nos ofícios manuais; e a trabalhar não lhe caía da fronte a coroa de Rainha dos Céus.
Trabalhava com as suas mãos delicadíssimas, aquelas mãos de rainha calejavam-se e não se envergonhava disso.
Estudava um pouco também, estudava a Sagrada Escritura e nela a teologia e a moral, a literatura e a história do seu povo.
Adquiriu aquele nível de cultura que possuíam as jovens das boas famílias de Israel.
Porém as suas ocupações no templo iam encaminhadas principalmente a administrar mais tarde o lar que Deus lhe confiasse.
Grande lição para os nossos tempos. Porque existe hoje em dia uma grande desorientação neste sentido.
A educação da mulher equipara-se quase completamente com a educação do homem.
É verdade que substancialmente tanto vale o homem como a mulher; os dois possuem a mesma natureza humana, os dois foram elevados à mesma ordem sobrenatural da graça, os dois têm o mesmo destino eterno, os dois tem de cumprir o mesmo decálogo. Apesar, porém, desta igualdade fundamental  de cumprir o mesmo decálogo. Apesar, porém, desta igualdade fundamental, existem entre o homem e a mulher diferenças bem marcadas de ordem fisiológica, intelectual e moral, diferenças que provêm da missão diferente que têm que desempenhar na terra.
Difícil será averiguar qual dos dois tem uma inteligência mais privilegiada; porém é indiscutível que essas inteligências levam direção diferente.
Na ordem prática e moral, o caráter do homem difere muito do da mulher, sem que se possa precisar tão pouco qual deles é melhor; pois um e outro possuem as suas virtudes e os seus defeitos peculiares. Ora bem, se a mulher tem que desempenhar um papel diferente do do homem, se a sua inteligência leva uma direção diferente da do homem, se o seu caráter apresenta modalidades diversas das do homem, é um absurdo dar ao homem e à mulher a mesma preparação para a vida, é um absurdo levar pelo mesmo caminho a sua inteligência e é um absurdo formar no mesmo molde o seu caráter.
A mulher, antes de mais nada, esta destinada a ser esposa, a ser mãe e dona de casa. Logo, para isso deve dirigir-se principalmente a sua educação.
É verdade que há ocasiões em que tem de suprir a falta do varão, por ficar viúva ou solteira; e a necessidade tirânica, a obrigará a ocupar-se em ofícios impróprios da mulher, para ganhar o sustento; porém isso deve ser uma exceção da lei geral. É verdade também que a sociedade atual pede à mulher um grau de cultura mais elevado que em épocas anteriores.
Que adquira o maior nível cultural possível; porém que não esqueça que a sua missão principal está dentro do lar.
É também tendência desacertada que a mulher se equipare em tudo ao homem: nas diversões, nos desportos, até nos vícios de fumar e beber; em algumas nações até no vestir; em todo o seu comportamento e até na vida social.
Resultado de tudo isso? Que a mulher vai perdendo ou perdeu já as notas características da sua feminilidade: o pudor, a modéstia, a delicadeza nos modos. Que a mulher francamente cristã esta a desaparecer. Resultado de tudo isso? O que se ouve: raparigas para divertimento há todas as que se queira; poucas, muito poucas, formadas para esposas e para mães. Não sucederia isto se as raparigas recebessem a educação devida.

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