20 de novembro de 2009

Catecismo Romano – Parte 3

CAPÍTULO SEGUNDO

Primeiro Artigo do Símbolo:

Creio em Deus Padre todo-poderoso, criador do Céu e da Terra

I. 1. Sinopse do Artigo [1] Estas palavras querem dizer: Creio com toda a certeza, e sem nenhuma hesitação confesso a Deus Pai, a primeira Pessoa da Santíssima Trindade, que pela virtude de sua onipotência criou do nada o próprio Céu, a Terra, e tudo que se contém em suas dimensões; que sustenta e governa todas as coisas criadas. E não só de coração o creio, e de boca o confesso, mas com o maior afeto e filial piedade a Ele me entrego, por ser o bem sumo e perfeito.

2. Finalidade de seu estudo Nestes termos se pode, brevemente, formular o sentido deste primeiro artigo. Mas como quase cada uma destas palavras envolve grandes mistérios, é obrigação do pároco explicá-las mais amplamente, para que o povo cristão, quanto o permitir a graça de Deus, aprenda a contemplar, com temor e tremor, a glória de Sua majestade. (73)

II. Crer significa: 1. uma íntima convicção...
[2] Neste lugar, a palavra "Creio" não tem a significação de "pensar", "julgar", "dar opinião". Conforme a doutrina da Sagrada Escritura, significa uma adesão absolutamente certa, pela qual a inteligência aceita, com firmeza e constância, os mistérios que Deus lhe manifesta. Para se compreender melhor este ponto, [basta dizer] que só crê propriamente quem está certo de alguma verdade, sem a menor hesitação.

que exclui toda dúvida... Ninguém deve, todavia, julgar menos seguro o conhecimento que nos vem da fé, pelo fato de não compreendermos as verdades que ela nos propõe a crer. É certo, a luz divina que no-las faz conhecer, não nos dando a evidência das coisas, nem por isso abre margem para se duvidar de sua realidade. "Pois Deus ordenou que das trevas rompesse a luz; Ele mesmo resplandece em nossos corações" (74), para que "o Evangelho não seja encoberto, como acontece aos que se perdem". (75)

...por causa da autoridade de Deus... [3] A concluirmos pelo que ficou dito, quem recebeu o celestial conhecimento da fé, já não sente o prurido de investigar só por mera curiosidade. Quando nos deu o preceito de crer, Deus não nos incumbiu de sondar os juízos divinos, nem de lhes aferir as causas e razões. Prescreveu-nos, ao contrário, uma fé inalterável, cuja ação faz a alma repousar no conhecimento da verdade.

a quem não podemos pedir razões; De fato, como diz o Apóstolo, "Deus é verdadeiro (76), e todo homem é mentiroso". (77) Ora, quando um homem grave e sensato nos assegura a verdade, seria orgulho e insolência não lhe dar crédito, e pedir-lhe ainda por cima provas e testemunhos de sua palavra. Qual não seria então a temeridade, ou antes, a loucura daquele que, ouvindo as palavras de Deus, quisesse ainda devassar as razões da celestial doutrina da salvação?

Devemos, portanto, abraçar a fé não só com exclusão de toda dúvida, mas também sem o desejo de vê-la demonstrada. (78)

2. uma confissão exterior, em palavras e obras [4] O pároco ensinará também o seguinte: Quem diz "Creio" exprime a íntima aquiescência da alma, que é o ato interior da fé. Deve, porém, externar em pública profissão a fé que lhe vai na alma, e manifestá-la com a maior expansão de alegria.

Devem os fiéis estar possuídos daquele espírito que levou o Profeta a dizer: "Eu tinha fé, por isso é que falei". (79) Força lhes é imitar os Apóstolos que aos príncipes do povo responderam: "Não podemos silenciar o que vimos e ouvimos". (80)

Devem entusiasmar-se com grandiosa declaração de São Paulo: "Neo me envergonho do Evangelho, pois é uma virtude de Deus para salvar todo homem crente" (81); - ou também, com esta outra palavra: "Com o coração se crê para ser justificado; com a boca se faz confissão, para que haja salvação". (82)

[Creio] em Deus

III. Mostram estas palavras... [5] Estas palavras "em Deus" nos mostram a dignidade e excelência da sabedoria cristã, pela qual podemos reconhecer o quanto devemos à bondade divina por nos levar, sem demoras de raciocínio, a conhecer pelos degraus da fé o ser mais sublime e desejável.

1. que a fé é superior à filosofia: [6] Existe, realmente, uma enorme diferença entre a filosofia cristã e a sabedoria deste mundo. Guiada só pela luz da razão, pode esta desenvolver-se aos poucos, pelo conhecimento dos efeitos e pela experiência dos sentidos. Mas só depois de longos esforços é que chega afinal a contemplar, com dificuldade, "as coisas invisíveis de Deus" (83); a reconhecer e compreender a Deus como causa primeira e autor de todas as coisas.

A fé, pelo contrário, aumenta de tal maneira a penetração natural do espírito, que este pode sem esforço elevar-se até ao céu, e, inundado de luz divina, contemplar primeiramente o próprio foco de toda a luz, e de lá todas as coisas colocadas debaixo [de seu clarão]. Num transporte de júbilo, sentimos então que "das trevas, como diz o Príncipe dos Apóstolos, fomos chamados para uma luz admirável" (84); e nessa "fé exultamos de inefável alegria". (85)

É, pois, com razão que os fiéis professam em primeiro lugar sua fé em Deus, cuja majestade, numa expressão de Jeremias, dizemos ser "incompreensível". (86) Deus "habita numa luz inacessível, como diz o Apóstolo, e nunca foi nem pode ser visto por homem algum". (87) Ele mesmo disse a Moisés: "Não pode o homem ver-Me, e continuar com vida". (88)

Com efeito, para chegarmos até Deus, o mais transcendente de todos os seres, é preciso que nossa alma desfaça totalmente das faculdades sensitivas. Isto, porém, não nos é possível por lei da natureza, enquanto durar a vida presente.

Ainda assim, como diz o Apóstolo, Deus "não deixou, todavia de dar testemunho de Si mesmo, dispensando benefícios, mandando chuvas do céu e tempos férteis, dando alimento, e enchendo de alegria os corações dos homens". (89)

a) esta dá um conhecimento imperfeito de Deus; Eis por que os filósofos nada de imperfeito podiam admitir em Deus. Da noção de Deus, afastaram categoricamente tudo o que fosse matéria, crescimento, composição.

Atribuindo-Lhe, pelo contrário, a suma plenitude de todos os bens, consideravam-n'O como fonte perpétua e inexaurível de bondade e clemência, donde se derrama em todas as criaturas tudo o que nelas há de bom e perfeito.

Chamavam-Lhe, sábio, autor e amigo da verdade, justo, supremo benfeitor. Deram-Lhe ainda outros atributos que exprimem uma perfeição suma e absoluta. Em Deus reconheciam um poder imenso e absoluto, que abrange todos os lugares, e chega a todas as criaturas.

b) aquela dá conhecimento mais perfeito... No entanto, estas verdades são expressas, com mais vigor e propriedade, nas páginas da Sagrada Escritura, como por exemplo, nas passagens seguintes:

"Deus é Espírito". (90) - "Sede perfeitos, como vosso Pai no céu é perfeito". (91) – "Todas as coisas estão a nu e a descoberto diante de seus olhos". (92) – "Oh! Que profundidade das riquezas, da sabedoria e do conhecimento de Deus!" (93) - "Deus é verdadeiro". (94) – "Eu sou o caminho, a verdade e a vida". (95) - "Vossa destra é cheia de justiça". (96) - "Vós abris a mão, e encheis de bênçãos todos os viventes". (97) - "Para onde irei, a fim de esquivar-me de Vosso espírito, e para onde fugirei da Vossa face? Ainda que tomasse asas, ao romper da aurora, e fosse morar nos confins do oceano, ainda lá me guiaria a Vossa mão, e Vossa destra me tomaria". (98) - "Porventura, não encho Eu o céu e a terra? Diz o Senhor". (99)

não só aos filósofos e eruditos... Por grandes e sublimes que sejam os conceitos que, de harmonia com a doutrina da Sagrada Escritura, os filósofos tiraram da investigação das coisas criadas, devemos todavia reconhecer a necessidade de uma revelação sobrenatural.

mas também aos simples e ignorantes, Para esse fim, basta considerar que a excelência da fé, como acima foi dito, não consiste apenas em patentear, aos simples e ignorantes, com clareza e prontidão, o que eminentes sábios conseguiram averiguar só depois de longas lucubrações. O conhecimento que a fé nos transmite dessas verdades, é também muito mais certo e estreme de erros, do que as noções adquiridas com os recursos de um ciência meramente humana.

dos mais sublimes mistérios Além disso, quão superior não deve ser, aos nossos olhos, o conhecimento que a fé nos dá da essência divina, para o qual a contemplação da natureza não leva em geral todos os homens, enquanto a luz da fé propriamente o franqueia a todos os crentes?

Esse conhecimento está depositado nos Artigos do Símbolo. Explanam-nos a unidade da essência divina, a distinção das três Pessoas. Ensinam-nos que o último fim do homem é o próprio Deus, do qual o homem deve esperar a posse da celestial e eterna felicidade, segundo a palavra de São Paulo: "Deus retribuirá aos que o procuram". (100)

Para mostrar a grandeza dessa recompensa, e como a inteligência é de si mesma incapaz de imaginá-la, o Profeta Isaías disse muito antes de São Paulo: "Nunca ninguém ouviu, nem ouvido algum percebeu, nem olhar algum enxergou, a não serdes Vós, ó meu Deus, o que tendes preparado para os que em Vós esperam". (101)

Mostram-nos também a unidade de Deus: a) prova filosófica [7] Das explicações dadas, segue-se também a obrigação de confessarmos que há um só Deus, e não vários deuses. A razão é óbvia. A Deus atribuímos suma bondade e perfeição. Ora, em vários seres não pode haver perfeição em grau sumo e absoluto. (102) Se a um deles falta alguma coisa para ser sumamente perfeito, por isso mesmo é imperfeito, e não lhe compete a natureza divina.

b) prova teológica Comprovam esta verdade, muitas passagens dos Livros Sagrados. Está escrito: "Ouve, Israel, o Senhor nosso Deus é um só Deus". (103) Além disso, há um preceito do Senhor: "Não tereis deuses estranhos em Minha presença". (104) E pela boca do Profeta diz [Deus] com insistência: "Eu sou o Primeiro, e Eu sou o Último. Fora de Mim, não há outro Deus". (105) O Apóstolo também o atesta sem ambigüidade: "Um só Senhor, uma só fé, um só Batismo". (106)

Corolário: "Deuses" na Escritura. [8] Não devemos estranhar que a Sagrada Escritura, por vezes, aplique o nome de "deuses" a seres criados. Quando chama de deuses aos juízes e profetas (107), não o faz à moda dos gentios que, louca e impiamente, imaginavam a existência de muitas divindades. Com tal expressão, quer apenas designar algum poder ou encargo extraordinário, que lhes foi confiado pela munificência de Deus.

c) resumo e transição A fé cristã crê, pois, e confessa que Deus é uno em natureza, substância e essência, conforme o definiu o Símbolo do Concílio de Nicéia, em confirmação da verdade. Mas, subindo mais alto, ela crê de tal maneira em Deus Uno que, ao mesmo tempo, adora a Unidade na Trindade, e a Trindade na Unidade. (108) É desse mistério que vamos tratar agora.

IV O nome de "Pai" designa Deus: 1. Como criador e governador do mundo... [9] No Símbolo, vem a seguir a palavra "Pai". (109) Ora, dá-se a Deus o nome de "Pai" sob vários pontos de vista. É preciso, pois, explicar primeiro o sentido, que lhe cabe neste lugar.

Não obstante as trevas do paganismo, chegaram alguns homens a reconhecer, sem a luz da fé, que Deus é uma substância eterna, da qual tiveram origem todas as coisas, e cuja Providência tudo governa, e tudo conserva em sua ordem e posição.

Assim como chamamos de pai a quem funda uma família, e a dirige com critério e autoridade, assim também quiseram eles, por analogia, chamar de "Pai" a Deus, a quem reconheciam como Criador e Governador de todas as coisas.

A Sagrada Escritura emprega o termo também no mesmo sentido. Falando de Deus, declara que Lhe devemos atribuir a criação, o domínio e a admirável provisão de todas as coisas. Numa passagem lemos: "Não é Ele teu Pai, que te adquiriu, que te fez e tirou do nada?" (110) - E noutra: "Porventura, não é um só o Pai de todos nós? Não foi o mesmo Deus que nos criou?" (111)

2. Como Pai dos cristãos Com maior insistência, e num sentido todo particular, Deus é chamado Pai dos cristãos, principalmente nos Livros do Novo Testamento.

Os cristãos "não receberam o espírito de servidão, para estarem novamente com temor, mas o espírito da filiação adotiva, o qual nos faz exclamar: Abba, Pai!" (112) - Tão grande é "o amor do Pai para conosco que somos chamados e de fato somos filhos de Deus". (113) - "Se, porém, somos filhos, somos também herdeiros, sim, herdeiros de Deus e co-herdeiros de Cristo" (114), que é o Primogênito entre muitos irmãos (115), e não se vexa de nos chamar irmãos. (116)

Considerando, pois, quer o fato comum da Criação e da Providência, quer a grande realidade da adoção sobrenatural, têm os cristãos toda a razão de professarem sua fé em Deus Pai.

3. Como Primeira Pessoa da SS. Trindade [10] Além destas noções assim formuladas, o pároco explicará aos fiéis que, ao ouvirem o nome de Pai [aplicado a Deus], devem elevar o espírito para a contemplação de mistérios mais sublimes.

Pelo nome de "Pai", a Revelação nos permite entrever aos poucos o que se acha profundamente oculto e encerrado naquela "luz inacessível onde Deus habita" (117), mistérios que a perspicácia do espírito humano não podia certamente atingir, nem tampouco suspeitar.

O termo indica que, na unidade da natureza divina, não devemos crer na existência de uma só Pessoa, mas de várias Pessoas realmente distintas.

a) origem eterna das três Pessoas São três as Pessoas que existem numa só divindade: O Pai, que por ninguém foi gerado; O Filho, que gerado foi pelo Pai, antes de todos os séculos; o Espírito Santo, que também desde toda a eternidade procede do Pai e do Filho. Na unidade da natureza divina, o Pai é a Primeira Pessoa, e "com seu Filho Unigênito e o Espírito Santo é um só Deus e um só Senhor, não na singularidade de uma só Pessoa, mas na Trindade de uma só natureza". (118)

b) distinção de Pessoas... Não é licito supor, nas três Pessoas, qualquer diferença ou desigualdade. Por conseguinte, só devemos considerá-las distintas em suas respectivas propriedades: O Pai não é gerado; o Filho é gerado pelo Pai; o Espírito Santo procede do Pai e do Filho.

mas igualdade de natureza. Desta maneira, confessamos ser a mesma essência e a substância das três Pessoas; e "na confissão da verdadeira e sempre eterna divindade" cremos que é preciso adorar, pia e santamente, "não só a distinção nas Pessoas, mas também a unidade na essência, e a igualdade na Trindade". (119)

Quando, pois, dizemos ser o Pai a primeira Pessoa, não é para entender como se na Trindade supuséssemos a idéia de anterior ou posterior, de maior ou menor. Tanta impiedade não deve infiltrar-se nos ânimos dos fiéis, pois a religião cristã apregoa, com relação as três Pessoas, a mesma eternidade, a mesma glória, e a mesma majestade. (120)

c) motivo da Paternidade da Primeira Pessoa Com certeza, e sem a menor dúvida, afirmamos ser o Pai a Primeira Pessoa, porque é um princípio sem princípio. E como se não distingue, das outras Pessoas senão pela propriedade de Pai, é a Ela somente que se atribui, principalmente, a eterna geração do Filho. Mas, para inculcar que a Primeira Pessoa foi sempre Deus e sempre Pai ao mesmo tempo, é que no Símbolo enunciamos juntos os nomes de Deus e Pai.

d) terminologia obrigatória Ora, não há coisa mais perigosa do que versar este assunto, porque é o mais profundo e o mais difícil de todos; assim como não há mais grave responsabilidade, se viermos a errar na formulação e explicação deste mistério.

Por isso, o pároco ensinará que é preciso reter, religiosamente, os termos "essência" e "pessoa" como [os únicos adequados] para exprimir esse mistério. Os fiéis devem ficar sabendo que a unidade está na essência, e a distinção nas pessoas.

e) investigação sem sutileza No mais, força é evitar toda sutileza de investigação, lembrando-nos do que sentencia a Escritura: "Quem quer sondar a Majestade, será oprimido pelo peso de sua glória". (121)

Para nós, deve bastar a certeza que a fé nos dá, de ter Deus assim falado. Grande loucura e desgraça seria, para nós, o não crermos em Suas palavras: Ensinai, diz Nosso Senhor, todas as gentes, e batizai-as em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo". (122) E noutro lugar: "Três são os que dão testemunho no céu: o Pai, o Verbo e o Espírito Santo. E estes três são uma só coisa". (123)

f) frutos desta doutrina Quem pela graça de Deus crê estas verdades, reze com perseverança, e conjure a Deus Pai, que do nada criou todas as coisas; que tudo dirige com suavidade (124); que nos deu o poder de tornar-nos filhos de Deus (125), que revelou à inteligência humana o mistério da Santíssima Trindade. Ore, pois, sem interrupção (126), para ser um dia "recebido nos eternos tabernáculos" (127); para ser julgado digno de contemplar essa infinita fecundidade de Deus Pai, que, considerando-Se e reconhecendo-Se a Si mesmo, gera ao Filho, que Lhe é igual e semelhante; - [para ser digno de ver] também como o Espírito Santo, que é de ambos a mesma e igual caridade, procedendo do Pai e do Filho, une entre Si, com vínculo eterno e indissolúvel, Aquele que gera e Aquele que é gerado; - [para ser digno afinal de verificar] como assim existe uma unidade de essência na Divina Trindade, ao mesmo tempo que existe uma perfeita distinção entre as três Pessoas.

Todo-Poderoso

V. O primeiro dos atributos [11] A Sagrada Escritura emprega muitas expressões para indicar o sumo poder e a imensa majestade de Deus. Mostra-nos assim com quanto respeito devemos venerar Seu Nome Santíssimo.

Entretanto, o pároco ensinará, em primeiro lugar, que a Deus se atribui com maior freqüência o nome de "Onipotente".

Deus declara de Si mesmo: "Eu sou o Senhor Todo-Poderoso". (128) - Quando enviara os filhos a José, Jacó rezou por eles: "Meu Deus, o Todo Poderoso, vo-lo torne propício!" (129) - No Apocalipse também está escrito: "O Senhor Deus, que é, e que era, e que há de vir: o Todo-Poderoso". (130) Noutra passagem fala "do grande dia de Deus Todo-Poderoso". (131)

Algumas vezes, enuncia-se o mesmo atributo por meio de paráfrases, como acontece nas seguintes passagens: "A Deus, nada é impossível". (132) - "Porventura, a mão do Senhor já não terá força?" (133) - "Em Vossa mão está usar de poder, quando quiserdes". (134) - E outras mais, do mesmo sentido, que se resumem indubitavelmente nesta única palavra: o Todo-Poderoso.

1. Noção: a) o que Deus pode; Este conceito nos dá a entender que nada existe, nada se pode pensar ou imaginar que Deus não tenha a virtude de realizar. Pode, portanto, não só operar prodígios que, por maiores que sejam, não excedem de maneira absoluta o âmbito de nossas idéias, como por exemplo fazer voltar ao nada todas as coisas, ou num ápice tirar do nada outros mundos; mas pode também fazer coisas muito maiores, que a inteligência humana não chega sequer a suspeitar.

b) o que Deus não pode. [12] Apesar de poder tudo, Deus não pode todavia mentir, nem enganar, nem ser enganado, nem pecar, nem perecer, nem tampouco ignorar alguma coisa. São deficiências que só podem ocorrer numa natureza, cuja operação é imperfeita. Ora, operando sempre de maneira perfeitíssima, Deus não é capaz de tais coisas. O poder fazê-las é sinal de fraqueza, e não se coaduna com o domínio sumo e ilimitado que Deus exerce sobre todas as coisas.

Cremos, portanto, que Deus é Todo-Poderoso, mas dessa crença arredamos para longe tudo o que se não refira, nem condiga com a perfeição da natureza divina.

2. Relação com os demais atributos [13] O pároco terá de mostrar que houve sábias e acertadas razões para se omitir no Símbolo os outros atributos divinos, enquanto se propõe à nossa crença este único de Sua onipotência.

Com efeito, desde que reconhecemos a Deus como sendo Todo-Poderoso, força nos é também professar que Ele sabe todas as coisas, e que todas as coisas estão igualmente sujeitas ao Seu poder e soberania. E se não duvidamos que tudo pode, é logicamente necessário termos por certas as outras perfeições de Deus, porque sem elas não poderíamos absolutamente compreender a Sua onipotência.

3. Frutos: a) confiança em Deus... Além disso, não há o que mais concorra para firmar a nossa fé e esperança do que a convicção, profundamente gravada em nossas almas, de que a Deus nada é impossível. (135)

... pela fé Tudo o que nos for necessário crer, por grandes e admiráveis que sejam os mistérios, por mais que transcendam as leis ordinárias da natureza, a razão humana os aceitará sem nenhuma hesitação, uma vez que tenha uma idéia exata da onipotência de Deus. Quanto mais sublimes as verdades que vêm de Deus, tanto maior a presteza da razão em acreditá-las.

... pela esperança Quando tem de esperar algum benefício, o cristão nunca arrefece ante a grandeza do bem almejado. Sente, pelo contrário, sua coragem e esperança crescerem com a idéia de que a Deus Todo-Poderoso nada é impossível.

Esta fé e confiança devem alentar-nos, principalmente nas obras extraordinárias que tivermos de empreender, para o bem e proveito do próximo; ou quando quisermos implorar alguma mercê de Deus. O próprio Nosso Senhor nos ensinou o primeiro destes deveres, ao censurar a incredulidade dos Apóstolos: "Se tiverdes fé como um grão de mostarda, direis a este monte: Passa daqui para lá, e ele passará. Nada vos será impossível". (136)

O segundo dever, o Apóstolo São Tiago no-lo inculca: "Peça com fé, sem nenhuma hesitação, pois quem hesita assemelha-se à onda do mar, que o vento chicoteia de um lado para outro. Não cuide, pois, tal homem que do Senhor receberá alguma coisa". (137)

b) humildade e verdadeiro temor Sob outros pontos de vista, a fé na onipotência divina dá-nos ainda muitas vantagens. Ensina-nos, em primeiro lugar, uma perfeita modéstia e humildade de espírito, segundo a afirmação do Príncipe dos Apóstolos: "Humilhai-vos debaixo da poderosa mão de Deus". (138)

Exorta-nos também a não temer onde não há motivo (139), mas a temer só a Deus (140), em cujo poder estamos postos, nós e todas as coisas. (141) Nosso Senhor disse cabalmente: "Mostrar-vos-ei a quem deveis temer. Temei aquele que, depois de matar, pode ainda lançar no inferno". (142)

c) gratidão Esta fé leva-nos afinal a reconhecer e proclamar os imensos benefícios de Deus para conosco. Quem pensa em Deus Onipotente, não poderá ser tão desagradecido que não diga muitas vezes: "Grandes coisas operou em mim Aquele que é poderoso". (143)

4. atribuição ao Pai [14] Se neste Artigo dizemos que o Pai é Todo-Poderoso, ninguém caia no erro de pensar que só a Ele atribuímos esse predicado, de sorte que não seja também comum ao Filho e ao Espírito Santo. Como afirmamos que o Pai é Deus, que o Filho é Deus, e que o Espírito Santo é Deus, sem por isso reconhecer três deuses, mas a um só Deus; assim também dizemos que o Pai é Todo-Poderoso, que o Filho é Todo-Poderoso, que o Espírito Santo é Todo-Poderoso, sem, contudo asseverarmos que haja três onipotentes, mas um só Onipotente. (144)

por ser fonte e origem de todas as coisas Isto não obstante, damos ao Pai esse atributo, pela especial razão de ser Ele a fonte de tudo quanto existe. Da mesma maneira, atribuímos a sabedoria ao Filho, que é o Verbo eterno do Pai; e a bondade ao Espírito Santo, que é o amor de ambos. No entanto, pela regra católica de fé, estes e outros atributos devem ser enunciados em comum, com relação às três Pessoas divinas.

Criador do céu e da terra

VI. Conteúdo das palavras: 1. A criação, ato de onipotência... [15] O que agora vamos dizer da criação de todas as coisas, mostrará claramente como era necessário explicar antes aos fiéis a noção da onipotência divina. Com maior facilidade acreditarão no milagre que se manifesta em obra tão grandiosa, se nenhuma dúvida tiverem a respeito do imenso poder do Criador.

de amor espontâneo... Pois Deus não formou o mundo de uma matéria preexistente, mas criou-o do nada, sem a tanto ser obrigado por violência estranha ou necessidade natural; mas por Sua livre e espontânea vontade.

Nenhum outro motivo O impeliu a criar o mundo, senão a Sua própria bondade. Queria comunicá-la a todas as coisas que criasse. Possuindo por Sua natureza toda a felicidade, Deus não tem falta de coisa nenhuma, como o exprime o rei Davi: "Disse eu ao Senhor: Vós sois o meu Deus, e não tendes precisão dos meus bens". (145)

de infinita sabedoria Assim como não obedeceu senão à própria bondade, para "fazer tudo o que era do Seu agrado" (146), assim também não seguiu na criação nenhum modelo que estivesse fora de Sua própria natureza.

Sua inteligência infinita possui, dentro de Si mesma, a idéia exemplar de todas as coisas. Contemplando, pois, em Si mesmo essa idéia exemplar; e reproduzindo-a, por assim dizer, com a suma sabedoria e o infinito poder, que Lhe são próprios, Supremo Artífice (147) criou no princípio todas as coisas do Universo. "Ele disse, e tudo foi feito; Ele mandou, e tudo foi criado". (148)

2. Descrição da Criação: a) o firmamento; [16] Pelos termos "céu e terra", deve tomar-se tudo o que o céu e a terra compreendem. Além dos céus, que o Profeta considerava como "obra de Suas mãos" (149), Deus criou também a claridade do sol e o encanto da lua e dos outros corpos celestes, para que "servissem de sinais para os tempos, os dias e os anos". (150) Aos astros marcou uma órbita inalterável, de sorte que não pode haver coisa mais rápida que suas contínuas rotações, nem coisa mais regular que sua velocidade.

b) os Anjos... [17] A par do firmamento, Deus criou do nada seres de natureza espiritual, os inúmeros Anjos, cujo ministério era servir-Lhe e assistir diante de Seu trono. Conferiu-lhes depois o admirável dom de sua graça e poder.

Se na Bíblia está escrito: "O demônio não persistiu na verdade" (151), não padece dúvida que ele e os outros anjos rebeldes haviam [também] recebido a graça, desde o primeiro instante de sua existência.

sua santidade ciência e poder Santo Agostinho diz a respeito: "Criou os Anjos e dotou-os de boa vontade, quer dizer, com o casto amor que os unia a Deus. Em formando a natureza [angélica], infundiu-lhes ao mesmo tempo a graça. Daí devemos concluir que os Anjos bons nunca se viram destituídos de boa vontade, isto é, de amor a Deus". (152)

Quanto ao grau de ciência [angélica], há um testemunho das Sagradas Letras: "Vós, Senhor meu Rei, sois sábio, como a sabedoria que tem um Anjo de Deus, para entendermos tudo o que se passa sobre a terra". (153)

Indicam enfim o poder dos Anjos as palavras que lhes aplica o rei Davi: "Sois poderosos e fortes, e executais a Sua vontade". (154) Por esse motivo, a Sagrada Escritura lhes dá, muitas vezes, o nome de "virtudes e exércitos do Senhor". (155)

Corolário: Os Anjos maus Dotados que eram, todos, de prendas celestiais, muitos deles abandonaram, todavia a Deus, seu Pai e Criador. Foram, por conseguinte, derrubados de seus altos tronos, e detidos numa prisão muito escura da terra, onde agora sofrem o eterno castigo de sua soberba.

Deles escreve o Príncipe dos Apóstolos: "Deus não poupou os Anjos que pecaram, mas acorrentados os precipitou nos abismos do inferno, para serem cruciados, e tidos em reserva até o dia do juízo". (156)

c) a Terra [18] Com o poder de Sua palavra, Deus também firmou a terra em bases sólidas, e deu-lhe um lugar no meio do Universo. Fez com que os morros se erguessem, e os campos baixassem ao nível que lhes tinha marcado. E para que as massas de água não inundassem a terra, "assentou-lhes limites dos quais não passarão, e não tornarão a cobri-la". (157)

Em seguida, revestiu a terra de árvores e de toda a sorte de flores; encheu-a também de inúmeras espécies de animais, como antes já o tinha feito com as águas e os ares.

d) o homem... [19] Por último, Deus formou do limo da terra o Corpo do homem, de maneira que fosse imortal e impassível, não por exigência da própria natureza, mas por mero efeito da bondade divina. (158)

dotes de sua alma A alma, porém, Deus a criou à Sua imagem e semelhança, e dotou-a de livre arbítrio. Além de tudo, regulou os movimentos e apetites da alma, de sorte que sempre obedecessem ao império da razão. Finalmente, deu-lhe ainda o admirável dom da justiça original, e quis que tivesse o governo de todos os outros seres animados.

Estas verdades, os párocos podem facilmente examinar [mais a fundo] na santa história do Gênesis, quando fizerem a instrução dos fiéis.

e) "céu e terra" [20] Com as noções "do céu e da terra", compreende-se, pois, a criação de todas as coisas. O Profeta Davi resumiu tudo em poucas palavras: "Vossos são os céus, e vossa é a terra. Vós criastes o orbe da terra, e tudo o que nele se contém". (159)

Fórmula do Símbolo de Nicéia Com maior concisão ainda, souberam exprimir-se os Padres do Concílio de Nicéia, ao acrescentarem ao Símbolo só duas palavras: "das coisas visíveis e invisíveis". (160) Tudo o que o mundo abrange, e que reconhecemos como criado por Deus, - ou entra pelos sentidos, e chama-se "visível", - ou só pode ser percebido pela inteligência, e chama-se então "invisível".

3. Conservação e governo de todo o criado [21] Não devemos, porém, crer que Deus é Criador e Autor de todas as coisas, de molde que, consumada a obra da Criação, os seres por Ele criados pudessem, em nossa opinião, continuar a subsistir sem o auxílio de Sua potência infinita.

Como tudo só existe graças à onipotência, sabedoria e bondade do Criador, todas as criaturas recairiam logo em seu nada, se Deus lhes não assistisse continuamente pela Sua Providência, e não as conservasse pelo mesmo poder que, desde o princípio, empregou para as criar. A Escritura no-lo declara em termos formais: "Como poderia subsistir alguma coisa, se Vós o não quisésseis? Como poderia conservar-se o que Vós não tivésseis chamado?" (161)

4. O concurso divino [22] Sobre conservar e governar, pela sua Providência, tudo o que existe, Deus comunica, por um impulso interior, ação e movimento a todas as coisas, conforme a propriedade que tem cada qual, de mover-se e operar.

Sem as impedir, Deus antecipa-Se a influência das causas segundas, como uma virtude oculta que se estende a todas as coisas, e, no dizer do Sábio, "atinge fortemente de um extremo a outro, e dispõe todas as coisas com suavidade". (162)

Por esse motivo, ao anunciar aos atenienses o Deus que eles adoravam, sem O conhecerem, o Apóstolo disse-lhes: "Não está longe de cada um de nós, pois n'Ele vivemos, n'Ele nos movemos, e n'Ele subsistimos". (163)

4. A Criação, obra comum das três Pessoas [23] O que foi dito até agora, bastará para a explicação do primeiro Artigo. Resta-nos, ainda, advertir que a Criação é obra comum de todas as três Pessoas da Santa e Indivisível Trindade.

Neste lugar, confessamos pela doutrina dos Apóstolos, que o Pai é o Criador do céu e da terra. Nas Escrituras, porém, lemos com relação ao Filho que "por Ele foram feitas todas as coisas". (164) Acerca do Espírito Santo: "O Espírito de Deus movia-Se por sobre as águas". (165) Noutro lugar: "Pela palavra do Senhor foram assentes os céus, e do hálito de Sua boca procede toda a pujança [de vida]". (166)

73) Ex 20, 18 ss. - 74) 2Cor 4, 6. - 75) 2Cor 4,3. - 76) Rm 3, 4. - 77) cfr. Sl 115, 11. - 78) Isto não é uma negação do axioma "fides quaerens intellectum". O CRO só não quer que o ato de fé, como tal, não dependa de uma prévia demonstração. DU 1637 1812 1813 1796. - 79) S1 115, 10. - 80) At 4, 20 - 81) Rm 1, 16. - 82) Rm 10, 10. - 83) Rm 1, 20; DU 1796-1800. - 84) 1Pd 2, 9. - 85) 1Pd 1, 8. - 86) Jr 32, 19. - 87) 1Tm 6, 16. - 88) Ex 33, 20 - 89) At 14, 16 - 90) Jo 4, 24 - 91) Mt 5, 48 - 92) Hb 4, 13. - 93) Rm 11, 33. - 94) Rm 3, 4 - 95) Jo 14, 6. - 96) Sl 47, 11. - 97) Sl 144, 16. - 98) Sl 138, 7 ss. - 99) Jr 23, 24. - 100) Hb 11, 6. - 101) is 64, 4; cfr. 1Cor 2, 9. - 102) Aqui falta, ao que parece, uma pequena transição como, por exemplo: "A perfeição suma e absoluta é exclusiva por natureza". Se a vários coubesse simultaneamente, só poderia ser gradual e relativa. Ora, se... - 103) Dt 6, 4. - 104) Ex 20, 3. - 105) Is 41, 4; 44, 6; 48, 12; cfr. Ap 1, 17; 22, 13. - 106) Ef 4, 5; DU 1782 1801. - 107) Ex 7, 1; 22, 28; 32, 8; S181, 1-6; 94, 3. - 108) SA. - 109) Designação antiga de "Pai", conservada nas versões oficiais do Credo e do Pai-Nosso. Não convém substituí-la por "Pai", e dizer "Pai-Nosso que estais nos céus", ou ainda ver, uma mal avisada adaptação às fórmulas protestantes. Além disso, destroem a uniformidade de nossas versões oficiais. E diga-se, de passagem, que essa uniformidade foi até agora um apanágio da língua portuguesa. Não se observa em todas as línguas modernas; veja-se, por exemplo, o Pai-Nosso em francês ou a Salve-Rainha em alemão. - 110) Dt 32, 6. - 111) Ml 2, 10. - 112) Rm 8, 15. - 113) 1Jo 3, 1. - 114) Rm 8, 17. - 115) Rm 8, 29. - 116) Hb 2, 11. - 117) 1Tm 6, 16. - 118) Prefácio da SS. Trindade. - 119) Pref. da SS. Trindade. O missal diz "et in maiestate", enquanto o CRO põe "et in Trinitate". Será engano ou intenção? - 120) SQ - Pref. da SS. Trindade. - 121) Pr 25, 27. - 122) Mt 28, 19. - 123) 1Jo 5, 7. - Esta passagem é o célebre "Comma loanneum", cuja autenticidade é contestada pela maior parte dos exegetas, sem exclusão dos católicos. Falta nos antigos códices gregos, e em mais de 50 códices da Vulgata. Parece tratar-se de uma interpolação feita em data muito remota. Segundo a opinião mais comum, seria uma glosa dogmática incluída no próprio texto. Por decreto de 13 de Janeiro de 1897, a Congregação do Santo Ofício decidiu que se não podia, com certeza, negar ou por em dúvida a autenticidade. Em conversa particular com o Cardeal Vaughan, Leão XIII declarou que o decreto não coibia a continuação das pesquisas científicas. Idêntica declaração fez a Congr. do S. Offício em 2 de Junho de 1927 (DU 2198), contanto que os cientistas se submetam à decisão definitiva que a Igreja venha talvez a publicar, em momento oportuno. - 124) Sb 8, 1. - 125) Jo 1, 12. - 126) 1Ts 5, 7.- 127) Lc 16, 9.- 128) Gn 17, 1. - 129) Gn 43, 14. - 130) Ap 1, 8. - 131) Ap 16, 14. - 132) Lc 1, 37. - 133) Nm 11, 23. - 134) Sb 12, 18. - 135) Lc 1, 37. - 136) Mt 17, 20 137) Tg 1, 6-7. - 138) 1Pd 5, 6. - 139) Os 52, 6. - 140) Os 32, 8. - 141) Sb 7, 16 - 142) Lc 12, 5. 143) Lc 1, 49. - 144) SQ - DU 420 704. - 145) Os 15, 1 (texto da Vulgata); DU 706 1783 1805. - 146) Os 113, 3. - 147) Linda expressão que hoje teria ressaibo, por causa do vocabulário deísta ou maçônico. - 148) Sl 148, 5; DU 1805 428 574a. - 149) Os 8, 4. - 150) Gn 1, 14. - 151) Jo 8, 44; DU 237. - 152) Aug. de civit. Dei XII 9; DU 1783. - 153) 2Sm 14, 20. - 154) Sl 102, 20. - 155) Sl 102, 21; 23, 10; 45, 8; 58, 6; 79, 5; 83, 2; Rm 8, 38. - 156) 2Pd2, 4. - 157) Sl 103 ,5; 8, 9. - 158) Gn 1, 1 ss.; 2, 1-7; DU 717 c 1021 1023 1026 2123 1701. - 159) Sl 88, 12. - 160) Em latim são de fato duas palavras: visibilium et invisibilium. - 161) Sb 11, 26; DU 1784. - 162) Sb 8, 1; DU 254 1702. - 163) At 17, 27 ss. - Note-se como o CRO explica levemente o concurso divino, sem tocar em controvérsias, e como enaltece seu lado positivo para a vida cristã. - 164) Jo 1, 3. - 165) Gn l, 2 - 166) Os 32, 6.

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