Os Mórmons
ou
"Santos dos Últimos Dias"
Padre Leslie Rumble, M.S.C.
Doutor em Teologia
Missionarii Sacratissimi Cordis
"Missionários do Sagrado Coração"
ARTIGOS DE FÉ
Uma das últimas coisas que Joseph Smith fez antes de ser morto em 1844 foi escrever um artigo para uma "História das Denominações Religiosas nos Estados Unidos", explicando a fé da Igreja Mórmon. A sua declaração é como segue:
CREMOS em Deus-Pai Eterno, e em seu Filho Jesus Cristo, e no Espírito Santo.
CREMOS que os homens serão punidos pelos seus próprios pecados, e não pela transgressão de Adão.
CREMOS que, mediante a expiação de Cristo, todo o gênero humano pode ser salvo, por obediência às leis e ordenações do evangelho.
CREMOS que essas ordenações são: 1) Fé no Senhor Jesus Cristo; 2) Arrependimento; 3) Batismo por imersão para a remissão dos pecados; 4) Imposição das mãos para o Dom do Espírito Santo.
CREMOS que um homem deve ser chamado por Deus, mediante "profecia e imposição das mãos" feita por aqueles que estão em autoridade, para pregar o evangelho e administrar as ordenações deste.
CREMOS na mesma organização que existiu na primitiva Igreja, ou seja: apóstolos, profetas, pastores, mestres, evangelistas, etc.
CREMOS nos dons de línguas, de profecia, de revelação, de visões, de curas, de interpretações de línguas, etc.
CREMOS que a Bíblia é a Palavra de Deus, enquanto traduzida corretamente.
CREMOS também que o livro de Mórmon é a Palavra de Deus.
CREMOS tudo o que Deus revelou, tudo o que ele não revela, e cremos que ele ainda revelará muitas coisas grandes e importantes pertinentes ao Reino de Deus.
CREMOS na literal reunião de Israel e na restauração das dez tribos; que Sião será edificada neste Continente; que Cristo reinará pessoalmente sobre a terra, e que a terra será renovada e atingirá a sua glória paradisíaca.
No principal, os supracitados artigos de fé são mero sumário do Protestantismo evangélico comum, com o qual Joseph Smith já estava familiarizado, salvo quanto à exclusão dos efeitos do pecado original e à insistência sobre a aceitação do Livro de Mórmon como Palavra de Deus igualmente à Bíblia, sobre as revelações divinas a serem ainda dadas, e sobre o estabelecimento de Sião na América. Da poligamia, que ele já proclamara necessária, não faz menção, para o fim de publicidade, na "História das Denominações Religiosas nos Estados Unidos".
O que entretanto precisa ser sobretudo frisado é que, enquanto na sua declaração Joseph Smith fala a língua do Protestantismo evangélico, os Mórmons de modo algum entendem as palavras realmente em sentido protestante ortodoxo.
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