11 de julho de 2016

Casamento e Família - Dom Tihamer Toth.

Conferência XV


Parte 5/7


B - E quando começa o dever educativo dos pais? A partir de que idade? Quando é preciso empreender a educação da criança? Aos cinco, seis ou dez anos?
a - Oh! Já seria bem tarde. É preciso começar a educação desde o primeiro instante da vida terrena do filho, e até antes de sua vida terrena.
Como? Não compreendo bem. Até antes de sua vida terrena? Que quer dizer isso?
Que a responsabilidade dos pais começa muito antes do novo ser. Começa desde a sua própria juventude, fazendo com que essa se passe no caminho da virtude. Atualmente uma ciência inteiramente nova, a ciência das leis da hereditariedade, ensina com uma força indiscutível o que a Igreja sempre proclamou, isto é, que a juventude dos pais, passada na pureza moral, é uma benção para os futuros filhos, assim como lhes traz consequências fatais a juventude vivida leviana e imoralmente!
b - Mas por outro lado observamos hoje mais claramente a importância decisiva das impressões da primeira infância. Nada mais é do que aquilo que os antigos já suspeitavam quando diziam que alguém bebera tal ou tal coisa com o leite de sua mãe. Desde o instante em que as águas do batismo tocaram a fonte do recém-nascido, Cristo depôs na sua alma em germe a vida sobrenatural; e o dever grandioso dos pais, sua verdadeira vocação sacerdotal, é levar aquela vida cristã nascente ao supremo desenvolvimento pelo seu afeto de educadores. E esta tarefa deve ser iniciada em uma idade em que nem a escola e nem a Igreja influíram sobre a criança.
Milhares de ocasiões se apresentam aos pais sobretudo às mães, para elevar ao Pai celeste por meio de um amor cada vez mais ardente, a alma infantil que se esta desenvolvendo. O efeito da grave emoção, o tom fervoroso com os quais a mãe fala de Nosso Senhor, do Menino Jesus, da Santa Virgem e das verdades fundamentais da religião, ao seu filho de três ou de quatro anos, estendem-se por toda a sua vida. Não há educação, por melhor que seja, não há sacerdote por zeloso que seja, que saiba ensinar essas verdades com tanta delicadeza e sucesso como os pais.
Feliz o filho que recebeu essa educação de seus pais, e não somente belos vestidos, bons alimentos e presentes!
Feliz o filho que cresce num meio familiar cuja atmosfera se impregnou destes espíritos vivificantes de uma profunda piedade!
Feliz o homem que sob os golpes da sorte encontra sólido apoio na inquebrantável piedade, cujas bases foram lançadas pela sabedoria previdente dos pais, sobretudo da mãe, no solo bem enriquecido dos anos da infância!

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