1 de março de 2016

Casamento e Família - Dom Tihamer Toth.

Conferência X


OBJEÇÕES CONTRA A INDISSOLUBILIDADE DO CASAMENTO.


Parte 6/9


Se assim é e se a Igreja não permite tocar na indissolubilidade do casamento, isto não significa que ela não conheça as objeções contra a indissolubilidade e não saiba que deste rígido princípio decorrem para o individuo, infelizmente, algumas vezes consequências desastrosas.
Escutemos as objeções mais frequentes.
A - Mas isto é barbaria, crueldade! chamam aqueles cujos ombros se dobram sob a cruz de um casamento infeliz. Milhares e milhares de esposos devem levar uma vida de amarguras, por causa de um princípio, do princípio de indissolubilidade sobre o qual a Igreja não quer ceder, e que devemos sorver até as últimas gotas.
a - Que responderemos a estes infortunados? duvidaremos de suas palavras? Não. Pois o que eles dizem é a verdade, mas a desgraça é que eles dizem apenas a metade da verdade. "Por causa deste princípio de indissolubilidade do casamento, milhares e milhares de esposos arrastarão uma vida cheia de amarguras", é verdade. O que é mais verdade ainda é que por causa deste mesmo princípio milhões e milhões de esposos vivem unidos, para o bem da humanidade. Em geral não se toma conhecimento senão de coisas extraordinárias, sensacionais, escandalosas e dramáticas. Não, porém, do fato, consequência da lei severa da indissolubilidade do casamento segundo o qual muitos esposos vivem juntos, quando sem esta prescrição rigorosa estariam separados desde muito tempo, enquanto que por causa deste mandamento esforçaram-se por se acostumar um com o outro, sendo indulgentes, e mutuamente perdoando-se. Milhares e milhares de choques se podem produzir no casamento, mas serão superados por esta convicção absoluta: não há divórcio, é impossível. É verdade que devo demonstrar muita indulgência... que devo suportar muita coisa... mas juramos uma fidelidade perpétua, e não se pode mudar. É melhor então dedicar-me ao trabalho de me habituar, e dominar-me.
b - "Mas, então, o casamento, mesmo o bom casamento, é um sacrifício perpétuo!"
É verdade. Um sacrifício perpétuo. E para que este sacrifício seja possível, Nosso Senhor Jesus Cristo abriu-lhe uma fonte toda especial de graças: o sacramento do matrimônio. Muitas vezes, mesmo pessoas bastante religiosas, têm, em geral, idéias superficiais a este respeito. Ora o casamento não é um negócio sentimental, nem uma cerimônia, nem um ato do estado civil, é um Sacramento. Um sacramento que assegura graças para toda vida, para os dias difíceis, em que a recíproca fidelidade de esposos, o domínio de si, seu amor, sua indulgência, estão sendo provados.

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