Conferência X
Parte 9/9
Os antigos romanos possuíam uma divindade chamada Jano; era o deus que guardava uma das portas da cidade. As legiões passavam sob o arco de Jano, quando partiam para a guerra ou quando voltavam, e daí o costume de fechar a porta do templo de Jano, quando se estava em paz.
Em nossos dias, a Igreja Católica assume a tarefa sobre-humana, aquela luta de vida e de morte, para fechar novamente a grande porta que o mundo, afastado de Deus, abriu frivolamente, e pela qual se infiltra na humanidade um perigo mais devastador que a guerra. Compreendamos bem que, se a Igreja conseguisse fechar a grande porta do divórcio, se ela convencesse a humanidade da impossibilidade do divórcio, então a humanidade gozaria novamente os benefícios da paz. Como devemos agradecer à nossa Igreja por resistir abertamente às idéias do mundo frívolo, e proclamar impavidamente: Esposo, se for preciso sofrer muito, ceder e perdoar muito um ao outro, fazei-o por amor do céu, fazei-o! Mas não o divórcio... não o divórcio.
Não o divórcio, porque nada podemos tirar ao mandamento formal de Deus.
Não o divórcio, porque não podemos precipitar na ruína moral filhos sem pai e sem mãe.
Não o divórcio, porque não temos dinheiro para novas casas de correção e novos orfanatos.
Não o divórcio, porque não podemos atirar o nosso povo a uma catástrofe.
Não o divórcio, porque não queremos introduzir um verme roedor na árvore da sociedade e fechar com lodo a antiga fonte da vida humana.
Quem respeita a santa vontade de Deus é contra o divórcio. Quem ama a jovem geração é contra o divórcio. Quem cuida da vida humana ordenada é contra o divórcio. Quem ama sua pátria, e a ama não só em palavras. mas com o perigo mesmo da própria vida, é contra o divórcio.
Tende piedade, meu Deus, de nossa pátria. E fazei que todos os esposos e todas as famílias compreendam, e observem a vossa santa vontade, o vosso grande mandamento: não há divórcio, não há divórcio possível. Amém.
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