13 de janeiro de 2011

Sacerdote Eternamente - Parte 30

SACERDOTE ETERNAMENTE
Dom Emmanuel Marie André

LIVRO QUARTO
DAS VIRTUDES NECESSÁRIAS PARA O EXERCÍCIO DO MINISTÉRIO

CAPÍTULO VII
A União a Deus na Oração



Da mesma forma que a caridade compassiva, a ternura paternal e mesmo maternal devem aproximar o pastor dos seus fiéis, assim também a constância na oração deve mantê-lo unido a Deus.

O pastor é homem de Deus, sem cuja graça nada pode; é de Deus que deve receber instruções; é a Deus que deve solicitar as graças necessárias seja para si seja para seu rebanho. Como poderá ele então haver-se, se antes que tudo não for homem de oração?

São Paulo diz: Nós somos os embaixadores de Jesus Cristo - Pro Christo legatione fungimur (Somos embaixadores de Cristo — 2 Cor 5,20). Ora, todo embaixador deve receber instruções daquele que o envia, a fim de trabalhar por seus interesses. Como poderá então o padre trabalhar pelos interesses de Deus junto aos fiéis se não tiver recebido orientação de Deus? E como poderá ser orientado por Deus não sendo pela oração?

Cabe aqui novamente a palavra de São Pedro, que tantas vezes já recordamos: Nos vero orationi et ministerio Verbi instantes erimus (At 6,4). Por onde se vê que o Apóstolo põe em primeiro lugar a oração, na qual receberá as luzes de Deus que transmitirá aos fiéis pela pregação: Orationi et ministerio Verbi. A palavra que não provém da oração não é senão um som vazio, pois será impotente, infecunda; e, em vez de ser palavra de Deus, não passará de palavra de homem.

Portanto, antes de tudo e acima de tudo, é necessário rezar.


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ANDRÉ, Dom Emmanuel Marie. Tratado do Ministério Eclesiástico.

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