
Feitos os votos, esteve primeiro na cidade de Chieri, e depois na Augusta de Turim, sendo seu mestre São José Cafasso, com grande aplicação, fez progressos na ciência dos santos, e no aprendizado de teologia moral. Aí também, sua vontade se inclinava, como por uma inspiração sobrenatural, a dedicar-se aos jovens, para ensinar-lhes os rudimentos da doutrina cristã. Quando o número deles cresceu, fundou, com inspiração celestial, uma sede estável para reuni-los, na cidade chamada Valdocco, tendo de superar ásperas e quotidianas dificuldades, e gastava todas as suas energias nisso. Um pouco depois, com o auxílio da Virgem Mãe de Deus, que lhe aparecera quando criança, revelando-lhe o seu futuro, João fundou a Sociedade dos Salesianos, cujo principal fim fosse ganhar para Cristo as almas dos jovens; fondou ainda uma outra congregação, de virgens consagradas, chamada de Nossa Senhora Auxiliadora, para dirigir as jovens nos caminhos do Senhor; por fim, fundou a Ordem Terceira dos Cooperadores, para, com zelo e piedade, ajudar na obra Salesiana. Assim, em breve tempo, fez grandes contribuições tanto à sociedade cristã quanto à civil.
Cheio de zelo pelas almas, ele não se poupava nenhum trabalho e nenhum gasto para construir centros recreacionais para os jovens, orfanatos, escolas para crianças trabalhadoras, escolas e casas para a instrução dos jovens, e igrejas longe e largamente pelo mundo. Ao mesmo tempo, ele não cessou de espalhar a Fé por todo o país Subalpino, por palavra e pelo exemplo, e por toda a Itália, escrevendo e editando bons livros e distribuindo-os, e nas missões estrangeiras, às quais enviou numerosos pregadores. Um homem simples e reto, inclinado a toda boa obra, ele brilhou em todas as virtudes, principalmente por sua intensa e ardente caridade. Com a alma sempre aplicada a Deus, e agraciada com dons celestiais, esse santo homem de Deus não tinha medo das ameaças, nem se cansava com o trabalho, nem era oprimido pelos cuidados, nem se perturbava pela adversidade. Ele recomendou três obras de piedade aos seus seguidores: receber tão frequentemente quanto possível os sacramentos da Penitência e da Santa Eucaristia, cultivar a devoção a Nossa Senhora Auxiliadora, e ser um fidelíssimo filho do Soberano Pontífice. Também deveria ser mencionado que João Bosco, nas circunstâncias muito difíceis, ia ao Papa mais de uma vez, para consolá-lo nos males vindos de leis que naquele tempo foram promulgadas contra a Igreja. Com uma vida de tantas realizações, ele morreu no dia 31 de janeiro de 1888. Ilustre por seus muitos milagres, o Sumo Pontífice, Pio XI, beatificou-o em 1929. Cinco anos depois, no dia solene da Páscoa, no nongentésimo aniversário da Redenção do gênero humano, ele foi canonizado, em meio a uma multidão vinda a Roma de todas as partes do mundo.
Fonte: Breviário Romano
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