SACERDOTE ETERNAMENTE
Dom Emmanuel Marie André
LIVRO QUARTO
DAS VIRTUDES NECESSÁRIAS PARA O EXERCÍCIO DO MINISTÉRIO
CAPÍTULO II
A Castidade
Deus é santo, é a própria santidade. E por causa disso pede a seus ministros que sejam santos. O caráter marcante da santidade do padre é a castidade.
O Bispo ao ordenar os diáconos diz-lhes:
Estote assumptis a carnalibus desideriis, a terrenis concupiscentiis; estote nitidi, mundi, puri, casti, sicut decet ministros Christi et dispensatores mysteriorum Dei (Sede libertos dos desejos carnais e das concupiscências terrenas; sede limpos, imaculados, puros, castos, como convém a ministros de Cristo e dispensadores dos mistérios de Deus (Pontifical romano).
Se tal mistério de sublimação se deve realizar no diácono, mais resplendente terá ele de ser no padre. O homem de Deus não poderia ser homem carnal, pois Deus é só espírito.
Se o padre meditar sobre si próprio perante Deus, perante Nosso Senhor, há de ver que deve a Deus, a Nosso Senhor, a homenagem da mais perfeita castidade. Para com os fiéis, tem a obrigação de ser casto a fim de nunca deixar de ser para eles o homem de Deus, pronto para administrar os sacramentos, pronto a trabalhar para a cura da ferida das almas.
A castidade do padre deve ser uma excelsa castidade. Do contrário ele estará em culpa perante Deus por causa da celebração cotidiana do santo sacrifício e da comunhão cotidiana; e em culpa perante os fiéis, para os quais não poderia ser um médico capaz, se se tornasse um homem culpado.
A pureza do padre exige dele uma vida séria, regular, mortificada, alheia às dissi-pações mundanas; exige uma vida de oração, de recolhimento, de estudo.
Só a esse preço, o padre conseguirá ser homem de Deus e manter-se acima das contingências terrenas, no estado de sublimação que o Bispo lhe propôs ao fazê-lo diácono; assim poderá ouvir a voz de Deus na oração; assim poderá ver do alto e com nitidez o estado das almas peregrinantes na terra; e poderá trabalhar para curá-las sem se expor a contaminar-se.
Em suma, a castidade é uma virtude tão indispensável ao padre que se pode seguramente afirmar o seguinte: à força do padre está em razão direta com sua castidade.
Isto bem se percebe confrontando-se de um lado os santos e do outro lado um padre decaído ou em vias de decair. Aos santos é dado poder in opere et sermone. Os decaídos ou em via de decair para nada mais têm poder, e a si próprios são testemunho de que nada podem fazer e de que não têm direito de dizer coisa alguma.
O Bispo ao ordenar os diáconos diz-lhes:
Estote assumptis a carnalibus desideriis, a terrenis concupiscentiis; estote nitidi, mundi, puri, casti, sicut decet ministros Christi et dispensatores mysteriorum Dei (Sede libertos dos desejos carnais e das concupiscências terrenas; sede limpos, imaculados, puros, castos, como convém a ministros de Cristo e dispensadores dos mistérios de Deus (Pontifical romano).
Se tal mistério de sublimação se deve realizar no diácono, mais resplendente terá ele de ser no padre. O homem de Deus não poderia ser homem carnal, pois Deus é só espírito.
Se o padre meditar sobre si próprio perante Deus, perante Nosso Senhor, há de ver que deve a Deus, a Nosso Senhor, a homenagem da mais perfeita castidade. Para com os fiéis, tem a obrigação de ser casto a fim de nunca deixar de ser para eles o homem de Deus, pronto para administrar os sacramentos, pronto a trabalhar para a cura da ferida das almas.
A castidade do padre deve ser uma excelsa castidade. Do contrário ele estará em culpa perante Deus por causa da celebração cotidiana do santo sacrifício e da comunhão cotidiana; e em culpa perante os fiéis, para os quais não poderia ser um médico capaz, se se tornasse um homem culpado.
A pureza do padre exige dele uma vida séria, regular, mortificada, alheia às dissi-pações mundanas; exige uma vida de oração, de recolhimento, de estudo.
Só a esse preço, o padre conseguirá ser homem de Deus e manter-se acima das contingências terrenas, no estado de sublimação que o Bispo lhe propôs ao fazê-lo diácono; assim poderá ouvir a voz de Deus na oração; assim poderá ver do alto e com nitidez o estado das almas peregrinantes na terra; e poderá trabalhar para curá-las sem se expor a contaminar-se.
Em suma, a castidade é uma virtude tão indispensável ao padre que se pode seguramente afirmar o seguinte: à força do padre está em razão direta com sua castidade.
Isto bem se percebe confrontando-se de um lado os santos e do outro lado um padre decaído ou em vias de decair. Aos santos é dado poder in opere et sermone. Os decaídos ou em via de decair para nada mais têm poder, e a si próprios são testemunho de que nada podem fazer e de que não têm direito de dizer coisa alguma.
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ANDRÉ, Dom Emmanuel Marie. Tratado do Ministério Eclesiástico.
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