22 de fevereiro de 2010

"Deixai vir a mim as criancinhas ..." (Mateus, 19, 14) - Parte 121

121) Que devemos fazer para conservar a graça dos sacramentos?
Para conservar a graça dos sacramentos devemos corresponder com a ação própria, praticando o bem e evitando o mal.
Extenuado de fome e de sede, peregrinava o povo de Deus pelo deserto. No lugar onde acamparam não havia sequer uma nascente de água. Como de costume recorreu Moisés ao Senhor, que lhe ordenou batesse na pedra com sua vara prodigiosa. E o grande condutor bateu-a com força na rocha requeimanda e árida.
Brotou de repente uma água tão abundante e tão fresca, que arrancou gritos de júbilo aos filhos de Israel.
O prodígio operado pela vara de Moisés repetem-no mil vezes os Sacramentos. Tem estes a virtude de Deus para fazer jorrar nas almas, que não lhe opõem resistência, a água viva da graça. Mas assim como para conceder a água prodigiosa, Deus pediu a oração de Moisés, assim também oferece-nos Ele sua graça, mas quer nossa cooperação.
"Quem te criou sem ti - afirma Santo Agostinho - não te salvará sem ti". Cooperemos com Deus no que se refere à nossa alma, fugindo do pecado e seguindo com generosidade os impulsos da graça.
Acorreram todos os filhos de Israel para se dessedentarem na fonte milagrosa. Nem todos, porém, conseguiram a mesma quantidade desejada. Nós, igualmente, peregrinos no deserto da vida, podemos sempre achegar-nos às fontes salutares da graça. Nem todos, porém, conseguem os mesmos frutos de santificação. Isto depende das disposições de cada um. São mais enriquecidas pelos dons de Deus as almas que atendem, pressurosas, aos seus convites, e d'Ele se aproximam com viva fé e ardente desejo.
Com efeito: "Ele encheu de bens os famintos e despediu vazios os ricos" (Lucas, 1, 53).

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