21 de fevereiro de 2010

"Deixai vir a mim as criancinhas ..." (Mateus, 19, 14) - Parte 120

120) Quem recebe um sacramento de vivos sabendo que não está em graça de Deus, comete pecado?
Quem recebe um sacramento de vivos, sabendo que não está em graça de Deus, comete pecado gravíssimo de sacrilégio, por que recebe indignamente uma coisa sagrada.
Avançavam os esbirros pelo horto de Getsemani, de olhar sinistro, com espadas e bastões, capitaneados pelo apóstolo traídor - Judas.
Jesus, divinamente majestoso, vai-lhes ao encontro. O traidor adianta-se, vacilante, saudando-O: "Salve! Mestre!" E dá-lhe um beijo.
Que horror! A expressão mais pura do amor, torna-se para Judas o pérfido sinal da traição! Os próprios soldados estremecem diante de tal monstruosidade! O contacto daqueles lábios sacrílegos com sua face puríssima, deve ter causado a Jesus a impressão do roçar viscoso de uma serpente. "Amigo - respondeu-lhe majestosamente -, com um beijo atraiçoas o Filho do Homem?" Oh! infeliz Judas! Ter-lhe-ia sido mil vezes melhor nunca haver nascido!
Comete, no entanto, igual monstruosidade a alma que se aproxima dos sacramentos de vivos em pecado mortal. Sente-se perfeitamente indigna de Jesus, mas vai assim mesmo, servindo-se dos sacramentos para crucíficar de novo o Filho de Deus em si mesma (Hebreus, 6,6). O sacrilégio é gravíssimo e Deus castiga-o visívelmente com morte súbita e outras punições tremendas.
Antes de nos aproximarmos dos sacramentos, examinemos nossa consciência, lembrando-nos de que "as coisas santas devem ser tratadas santamente".

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