26 de março de 2010

"Deixai vir a mim as criancinhas ..." (Mateus, 19, 14) - Parte 151

151) Como se faz o exame de consciência?
Faz-se o exame de consciência trazendo à memória os pecados cometidos, a partir da última confissão bem feita.
"Qual é a mulher, que tendo dez dracmas, e perdendo uma, não acende a candeia e não varre a casa e não procura diligentemente até que a encontre? E que, depois de a achar, não convoque as amigas e vizinhas, dizendo: Congratulai-vos comigo, porque encontrei a dracma que tinha perdido"? (Lucas, 15, 8-10).
A dracma era uma moeda corrente na Judéia. A solicitude da dona de casa, apresentada na parábola do Evangelho a procurar a moeda em todos os ângulos dos quartos e das salas, é um excelente convite à nossa alma. Devemos examinar atentamente nossa consciência antes de nos aproximarmos da santa confissão.
Não é possível detestar e confessar um mal sem conhecê-lo. Ao passo que, o seu conhecimento, leva-nos à detestação e ao desejo de nos libertarmos dele quanto antes.
O exame de consciência é, por conseguinte, a indagação atenta e cuidadosa dos pecados cometidos por pensamentos, palavras, obras e omissões, desde a última confissão bem feita. Quando fores confessar, olha para Jesus Crucificado e pede-lhe que te ajude a conhecer os teus pecados, assim como os conhecerás no dia do Juizo.
Pensa depois nos Mandamentos de Deus e da Igreja, nos teus deveres de estado e examina, sem precipitação e sem ansiedade, como e quantas vezes os transgrediste e descuraste. Assim preparado, dirigi-te piedosamente ao confessionário.
Na parábola "o fariseu e o publicano", temos uma perfeita idéia da contrição.
É mister na oração a sincera humildade,
por que tenha valor, para que a Deus agrade.
O fariseu perdeu-se em soberba e vanglórias
os homens desprezando, e amando a ostentação.
O publicano, ao longe, humilha-se, contrito;
num excesso de dor essa alma penitente
a culpa reconhece e num sincero grito
pede misericórdia ao Deus Onipotente,
e como pecador, reconhece o pecado.
Nada falta, é completa aquela contrição;
não ousava chegar-se a Deus, e é perdoado,
pois que Deus vem a ele em bênçãos de perdão.
(Maroquinha Jacobina Rabello: "Parábolas").

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