5 de maio de 2017

Tesouro de Exemplos - Parte 356

SÓ DEUS NÃO MORRE!...

O conhecido e estimado comerciante José García, de 60 anos de idade, escrevera na vitrina de sua loja, em Puebla (México): “Viva Cristo-Rei!”. Ninguém ousara molestá-lo por isso, até que, em julho de 1926, passando por ali o general callista Amaya, deu com a inscrição que ele detestava. Vê-la e saltar do cavalo foi um instante. Entrou na loja de revólver em punho e exigiu que aqueles dizeres fossem apagados imediatamente.
— Nunca! — respondeu o comerciante. — Esta casa é minha e aqui posso expor o que eu quiser.
Preso no mesmo instante, pouco depois era sentenciado a morte sem processo algum. Conta-se que, antes de dar ao carrasco a ordem de matá-lo, o general Amaya voltou-se para José Garcia e, escarnecendo-o, disse:
— Veremos, agora, como os católicos sabem morrer.
— Morremos assim — replicou García — beijando o Crucifixo e apertando-o ao peito com ternura. Voltando-se para o general, acrescentou: — Eu vos perdoo.
Varado de balas, caiu de bracos abertos, erguendo para o Céu o Crucifixo, que ainda segurava na mão direita. Na vitrina de sua casa podia-se ler: “Só Deus não morre, nem jamais morrerá!”

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