A GRANDEZA DO PAPADO
Encerrada a Revolução Francesa, assenta-se no trono de Franca um rei herdeiro dos funestos princípios da Revolução: Luís Filipe de Orleans. Thiers é o presidente do Conselho de Ministros e é, ao mesmo tempo, magnífico escritor, e político a Maquiavel. Um dia está em Roma e quer ver o Papa. O Santo Padre prontifica-se a recebê-lo; mas Thiers, como protestante que é, põe uma condição: não ajoelhar-se diante do Papa, nem beijar-lhe a mão. Ciente dessa condição, Gregório XVI sorri apenas. Entra, afinal, nos aposentos pontifícios o famoso Presidente. O Papa estende-lhe a mão para cumprimentá-lo, mas, em presença daquela imponente figura branca, Thiers sente apoderar-se de sua alma um sentimento indefinível. Vacila um instante, cai de joelhos e oscula o pé do Vigário de Cristo. O Papa pergunta-lhe cheio de bondade:
— Tropeçou em alguma coisa, sr. Presidente?
E Thiers comovido responde:
— Santíssimo Padre, tropecei na grandeza do Papado!
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