Fiel à promessa que fizera a Abraão, Deus enviou o seu Filho para resgatar o povo eleito, que se não circunscrevia à órbita judaica somente mas compreendia os homens de todos os lugares e de todos os tempos. Jesus é, pois, aquele rei que a terra toda deve adorar e servir. Havendo sido convidado às núpcias em Caná, diz S. Agostinho, aceita o convite para nos revelar o profundo mistério que nelas se encobre e que é a união de Cristo com a sua Igreja. Todos os Padres são unânimes em ver neste milagre aí operado, além da confirmação da missão redentora de Cristo, o simbolo da Eucarístia e da aliança que Jesus Cristo estabeleceu com as almas e selou com o sinete do seu sangue e a qual se consuma na sagrada comunhão. São as núpcias divinas na terra, prelúdio das eternas do céu. Éramos água e Cristo fez-nos vinho, vinho novo, duma vinha que é também nova e que foi regada com o sangue dum homem-Deus. Diz S. Tomás que a conversão da água em vinho é simbolo da transubstanciação, milagre tamanho, que faz do vinho eucarístico o sangue da aliança de paz que Deus estabeleceu com a sua Igreja.
Nenhum comentário:
Postar um comentário