Introduzida em Roma na segunda metade do século IV, a festa da Epifania tornou-se como que o complemento da festa de Natal. A Igreja celebra hoje a manifestação de Nosso Senhor ao mundo inteiro e o grau de esplendor do mistério da Incarnação. S. Leão e com ele toda a tradição cristã viu nos Reis Magos, que pressurosos correm aos pés de Cristo, as primíssias da gestilidade: eles trazem atrás de si todos os povos do universo e, por isso, o mistério da Epifania, manifestação de Cristo ao mundo, abarca toda a história do mundo; é um mistério de que os Magos indicaram o começo, mas que continua a desenrolar-se à medida que a Igreja se expande.
É este o sentido da grandiosa profecia de Izaias que a Igreja nos apresenta ao mesmo tempo na Epistola e nas lições do 1º Noturno de Matinas. S. Leão não deixa de se referir a este ponto. São ainda os frutos e consequências do Mistério da Incarnação que a Igreja canta na Ant. de Magnificat de 2ª Vésperas, ajuntando à vocação dos Magos a sua união com Cristo, prefigurada pelas bodas de Caná, e o batismo dos seus filhos, anunciado pelo Senhor nas águas do Jordão.
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