7 de janeiro de 2012

Festa da Sagrada Família

Não era a caso conveniente, diz S. Leão, celebrar o nascimento real do Filho do Pai eterno, a casa de David, e os nomes gloriosos dessa antiga linhagem? Mas é mais doce ainda para nós recordar a pequena casa de Nazaré e a humilde existência que aí se passa; é mais doce celebrar a vida obscura de Jesus. É aí que o Divino infante se exercita no humilde ofício de José, aí, na sombra, cresce em idade, mostrando-se feliz por partilhar dos trabalhos de S. josé.
Que o suor, diz ele, banhe os membros antes de os inundar a efusão do sangue redentor, que a mortificação do trabalho, sirva também de espiação para o gênero humano. Junto do Menino se encontra sua terna Mãe, junto do Esposo a Esposa dedicada. Como ela se julga feliz em poder aliviar, com afetuosos cuidados, as suas penas e fadigas! "Ó vós que não fostes isentos nem de preocupaçoes nem de trabalhos, e que conhecestes o infortúnio, olhai para os desgraçados que lutam contra as dificuldades da vida e se vêem na indigência" (Hino de Matinas).
Na humilde casa de Nazaré, Jesus, Maria e José santificaram a vida familiar pelo exercício das virtudes domésticas. Praticaram a humildade, a paciência, a moderação, a ajuda mútua, a caridade, o respeito e a obediência, de que nos falam a Epístola e o Evangélho da Missa. Vivendo sempre no recolhimento e na oração, encontraram a alegria e a paz. Oxalá a grande família que é a Igreja e cada lar cristão pratique na terra as virtudes que praticou a Sagrada Família a fim de que possa viver um dia em sua santa companhia no Céu.

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