2 de janeiro de 2012

Tesouro de Exemplos - Parte 2

O FILHO DA VIÚVA

Naim, aldeia situada na encosta setentrional do Pequeno Hermon, a trinta e oito quilômetros aproximadamente de Cafarnaum, foi teatro de um dos maiores milagres de Jesus.
Caía a tarde. O sol estava a ponto de esconder-se atrás das montanhas, quando o Salvador, acompanhado de seus discípulos e de uma multidão que não podia separar-se Dêle, subia pelo estreito caminho que dava acesso ao lugar.
Próximo da porta da aldeia, teve de ceder o passo a outro cortejo que dali saia em direção contrária. Era um entêrro. Sôbre um esquife, sem caixão, conduziam o cadáver dum jovem envolto num lençol.
Atrás vinha com os parentes e amigos a mãe muito triste e desolada. Era viúva e o defunto, quase menino ainda, era seu único filho e seu futuro arrimo. Morrera. Que seria dela dali em diante?
Informado do que se passava, Jesus, sempre misericordioso e compassivo, disse àquela viúva inconsolável:
- Não chores, filha.
E aproximando-se do féretro, fêz sinal para que parassem e o deitassem no solo. Tôda gente se apinhou ao redor do Salvador. Que iria acontecer?
Os entusiastas do divino Taumaturgo estavam acostumados a vê-lo operar estupendos milagres; mas, com um morto, que era levado à sepultura, que poderia êle fazer?
Os olhos daquela gente, arregalados pela curiosidade, não perdiam os menores movimentos do Mestre Jesus, olhando para o cadáver daquele rapaz, pálido e rígido pelo frio da morte, ordena-lhe em tom imperativo:
- Môço, eu te digo, levanta-te!
O calafrio da emoção eletrizou os circunstantes. Não havia dúvida, o morto ressuscitara. Todos podiam ver como o cadáver se movia e a sua côr lívida desaparecia; os olhos brilhavam, os lábios abriam-se; o defunto falava.
Já não está morto. Vive; vive a sua vida plena.
E Jesus, tomando-o pela mão, entrega-o à mãe, que, derramando lágrimas de comoção e alegria, prostra-se por terra para dar graças ao Senhor da vida e da morte.

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