15 de outubro de 2016

Tesouro de Exemplos - Parte 192

COMO MORRE UM BANDIDO

Exatamente á uma e vinte e dois minutos da manhã de 26 de fevereiro de 1943, exalou o último suspiro, na cadeira elétrica da prisão do Estado de Kentucky, o bandido Tom Penney.
O Pe. Donnelly era o catequista de Penney na prisão. Depois de algumas instruções o delinquente vê abrir-se a seus olhos um mundo novo, o da graça, e fica deslumbrado com o exemplo, do Bom Ladrão. O Padre, receoso de tanto otimismo, insiste:
— O inferno existe, Tom, e muitas almas são condenadas a ele por Deus, que é justo. Não se apaga o brilho enigmático dos olhos de Tom, que diz:
— Tudo isso não me assusta, Padre; ao contrário, aumenta a minha esperança e a minha alegria. Essa justiça de que o sr. me fala é precisamente a que me dá tanta confiança. Meu desejo é comparecer ante um juiz “justo”... Ser julgado por quem sabe tudo.
— Mas o sr. sabe, Tom, que fez muitas coisas más...
— Mais do que lhe posso contar, Padre! mais do que posso enumerar.! Penso, porém, que também Dimas as fez, e como se arrependeu foi perdoado. A mim pode acontecer o mesmo.
O Capelão Tomás Libs, no dia seguinte à execução de Tom, escrevia à mãe deste: “Creio que nunca vi nem verei jamais uma morte tão bela como a de seu filho. Tudo quanto me é possível dizer-lhe é que Tom morreu como deve morrer um bom católico. Passou suas últimas horas em recolhimento absoluto, com o espirito posto em Deus... Quisera fazer a apologia de seu filho, sra. Penney, mas apenas posso dizer-lhe que foi uma das almas mais santas que encontrei em minha vida... Estava tão preparado para morrer, que não pude deixar de dizer-lhe que meu maior desejo seria estar preparado como ele quando chegasse a minha hora derradeira”

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