13 de outubro de 2016

Tesouro de Exemplos - Parte 191

EXCELENTE CONSELHO

O rico fazendeiro Leão da Mota era um homem “honrado”. Não havia contra ele nenhuma queixa no cartório. Entretanto, o vigário, que tem o dever de zelar por suas ovelhas, achou que convinha lembrar a Leão a obrigação de confessar-se e comungar pela Páscoa, pois há anos não o fazia.
— Meu caro Leão — disse o velho pároco — será que o senhor tem algum motivo especial para ir adiando a sua confissão de ano para ano?
— Tenho, sim, sr. vigário — respondeu o fazendeiro — pois, então, não seria ridículo que eu me ajoelhasse no confessionário, e, não obstante a minha conhecida honradez, começasse a confissão falando uma mentira?
Não pouco admirado, perguntou o Vigário:
— Começar por uma mentira? como assim?
— Sim, com uma mentira, — insistiu Leão — pois não seria uma mentira eu, que não mato, não roubo, não tenho pecado, começar, dizendo: Eu, pecador, me confesso a Deus?...
O Vigário, reprimindo uma gargalhada:
— Meu caro Leão — disse — se a dificuldade é só essa, fique tranqüilo e, quando estiver no confessionário, comece dizendo simplesmente: “Eu, rico e honrado fazendeiro, me confesso a Deus, etc.”.

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