I V
« . . . E O VERBO SE FEZ CARNE . . . »
«A PRINCÍPIO era o Verbo e o Verbo era Deus ...E o Verbo se fez carne e habitou entre nós».
Jesus Cristo é o Verbo lncarnado. A Revelação ensina-nos que a segunda pessoa da Santíssima
Trindade, o Verbo, o Filho, tomou uma natureza humana para a unir a Si pessoalmente: é o mistério da Incarnação.
Consideremo-s por uns instantes este dogma, ao mesmo tempo inaudito e enternecedor, dum Homem-Deus. É o mistério fundamental em que assentam todos os mistérios de Jesus. A beleza, o esplendor, a virtude, a força e o valor deles estão nesta inefável união da Humanidade com a Divindade.
Não os compreenderemos bem, se não considerarmos primeiro o mistério da lncarnação em si mesmo e nas consequências gerais dela resultantes. Jesus é Deus
e homem ; se quisermos conhecer a Sua pessoa e participar dos Seus estados, devemos procurar compreender, não só que Ele é o Verbo, mas ainda que este Verbo se fez carne ; se quisermos honrá-Lo condignamente, temos, não só de reconhecer a realidade da Sua natureza humana, mas também de adorar a Divindade a que esta natureza está unida.
Segundo a fé, o que há em Jesus Cristo?
Duas naturezas: a natureza humana e a natureza divina ; Jesus Cristo é ao mesmo tempo Deus perfeito e homem perfeito. - Além disso, estas duas naturezas estão tão estreitamente unidas que há uma só e única pessoa, a do Verbo divino, em quem subsiste a Humanidade. Desta união inefável, resulta o valor infinito dos atos de Jesus, dos Seus estados e mistérios.
Contemplemos estas verdades ; desta contemplação, feita com humildade e amor brotarão muito naturalmente os sentimentos que em face destes mistérios nos devem animar.
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