17 de janeiro de 2014

Encarnação, Nascimento e Infância de Jesus Cristo - Oito Primeiros Dias do Advento - Meditação 4

MEDITAÇÃO IV.
FELICIDADE DE NASCER DEPOIS DA REDENÇÃO E NA VERDADEIRA IGREJA.
Ubi venit plenitudo temporis, misit Deus
Filium suum... ut eos, qui sub lege erant, redimeret.
Logo que veio o cumprimento do tempo, enviou Deus
a seu Filho... para remir aqueles que estavam debaixo da lei.
I.
Quão gratos devemos ser a Deus por nos ter feito nascer após a realização da grande obra da Redenção dos homens! É o que nos indica a expressão do texto sagrado: A plenitude do tempo; isto é, o tempo feliz para a plenitude da graça que Jesus Cristo nos obteve com a sua vinda. Ai de nós, se, carregados de tantos pecados, estivéssemos na terra antes da vinda de Jesus Cristo!
II.
Antes da vinda do Messias, ah! em que estado miserável se achavam os homens! O verdadeiro Deus era apenas conhecido na Judéia; a idolatria reinava em todos os outros países do mundo, de sorte que nossos antepassados adoravam as pedras, as árvores, os demônios. Adoravam uma multidão de fal-sos deuses, e o verdadeiro Deus não era conhecido nem amado. Ainda agora há países em que são poucos os católicos, e em que os outros habitantes são hereges ou infiéis, que indubitavelmente se perdem! Quão gratos devemos ser a Deus, que nos fez nascer, não só depois da vinda de Jesus Cristo, mas ainda num país onde reina a verdadeira fé!
Senhor, eu vos agradeço. Quão infeliz seria eu, se, depois de ter cometido tantos pecados, vivesse no meio dos infiéis ou dos hereges! Vejo, meu Deus, que me quereis salvar, e eu, insensato! tantas vezes vos quis perder, perdendo a vossa graça! Meu Redentor, tende piedade de minha alma, que tanto vos custou!
III.
“Enviou seu Filho para resgatar os que estavam sob a lei”. Assim, o escravo peca, e pecando entrega-se ao demônio, e eis que seu Senhor vem, em pessoa, a fim de resgatá-lo com sua morte! Ó amor imenso, ó amor infinito de Deus, para com o homem!
Se pois me não tivésseis resgatados a custo de vossa vida, ó meu Redentor, que seria de mim, de mim, digo, que tan-tas vezes mereci o inferno por meus pecados? Se não tivésseis morrido por mim, meu Jesus, ter-vos-ia perdido para sempre, e para mim já não haveria esperança de recuperar a vossa graça, nem de ver um dia no paraíso a vossa bela face. Meu caro Salvador, agradeço-vos, e espero ir agradecer-vos no céu por toda a eternidade. Arrependo-me de todo o coração de vos haver desprezado no passado. Para o futuro estou resolvido a sofrer todas as penas, todas as mortes, antes que vos ofender. Mas posso trair-vos ainda no futuro, como o fiz no passado; ah! meu Jesus, não o permitais! Não, não permitais me separe mais de vós! Amo-vos, Bondade infinita, e quero amar-vos sempre nesta vida e na eternidade. — Maria, minha Rainha e Advogada, guardai-me sempre sob o vosso manto, e preservai-me do pecado.

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