16 de agosto de 2012

Tesouro de Exemplos - Parte 171

FASCINADO PELO DINHEIRO


Num domingo, em Nova-York, um excêntrico milionário chamou um de seus empregados e disse-lhe: "Sôbre esta mesa há um milhão de notas de um dólar. Tudo é teu, se conseguires
contá-las até meia-noite. Olha, são seis horas da manhã". O empregado ficou por uns instantes atordoado diante daquela mesa coberta de notas. Em seguida, com mão febril começou a contar:
um, dois, dez, cem... um pacote, dois pacotes... e quase que nem respirava. Está ali com a cabeça reclinada, o olhar fixo, o corpo imóvel. . . só as mãos se agitam, e vão e vêm ràpidamente com a regularidade de uma máquina. Os sinos tocam para a santa missa, chamando o povo. Êle, debruçado sôbre o dinheiro, não ouve nada. Passam as horas. . . é meio-dia. Deve sentir fome, mas nem pensa em comer. Conta e conta. . . Entra o sol. Onde estarão seus filhos? terão o que comer? Chega a noite.. . as ruas estão desertas.. . a habitação cheia de silêncio e de sombras. Um criado acende a luz e leva-lhe um copo de vinho. O contador nem o percebe. Os olhos já estão pesados, os nervos retraem-se, os músculos das mãos entorpecem.. . Está próxima a meia-noite. Êle, conta e conta sempre. Diante dêle, o milionário que o contempla com frieza e de repente toma-lhe as mãos e grita: "Basta! é meia-noite". O infeliz não tinha chegado nem à metade de sua faina. Dilata horrìvelmente os olhos sem luz e um ataque cardíaco o acomete e êle cai morto.
Pobre louco que se deixara alucinar e seduzir pelo ouro ! Em lugar do que esperava, só encontrou desenganos e a morte. Dêstes loucos há por aí inúmeros. Para a igreja, para a missa, para a alma, não há tempo: devem ganhar dinheiro! Até que vem o demônio e diz: "Basta!"

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