30 de julho de 2017

Tesouro de Exemplos - Parte 384

A COMUNHÃO DE UM HERÓI

O capitão G. Negri, do batalhão Val Piave, era um herói e um católico fervoroso. Dele diz o capelão militar P. José Ghibaudo:
“Conhecia o capitão Negri apenas de nome. Foi numa de nossas posições mais avançadas (na primeira grande Guerra) que o fiquei conhecendo. O seu nome completo é Dr. Guido Negri di Este, morto gloriosamente rio Monte Colombara a 26 de junho de 1916.
Uma quinta-feira, à tarde, recebi dele o seguinte bilhete:
“Amanhã, sexta-feira, às trés da tarde, irei procurá-lo para fazer a santa comunhão”.
Celebrada a santa missa, reservei uma partícula consagrada e coloquei-a no rude tabernáculo feito de pedras, debaixo da minha tenda. A hora marcada, eis que chega o capitão todo ofegante e procura-me para receber Nosso Senhor.
— Espero — disse-lhe — que não tenha querido ficar em jejum até esta hora, capitão...
— Sim, estou em jejum — respondeu-me, — mas a santa comunhão por si só basta para saciar a minha fome.
E recebeu a comunhão com a devoção de um anjo.
Soube, depois, que passara toda a noite vigiando com os seus soldados, e toda a manhã trabalhara em reforçar as trincheiras. E para chegar até a minha tenda tivera que fazer uma caminhada difícil de mais de uma hora".
A fé deste bravo capitão é parecida com a dos primeiros cristãos, e foi ela que o animou no cumprimento de seus deveres, e o conduziu, no Trentino, a uma morte heroica pela Pátria.

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