29 de julho de 2017

Tesouro de Exemplos - Parte 383

A COMUNHÃO DO CEGO

Nas Índias Inglesas, um pobre cego andara cinco léguas para comungar num domingo. Estando a assistir à missa, não percebeu o momento em que devia aproximar-se do altar para comungar; quando se levantou para ir à comunhão, um dos vizinhos advertiu-o que já era tarde. No dia seguinte, às seis horas, chegava o cego à igreja para fazer a santa comunhão; mas o padre, chamado para um doente, celebrara a missa às quatro horas, e não voltaria antes do meio-dia. Não se pode descrever a desolação do pobre cego, que tendo feito algumas orações, voltou para casa soluçando.
Na terça-feira, de madrugada, notam que o velho cego está à porta da igreja quase desmaiado. O Missionário, que narra este fato, corre e chama-o pelo nome.
— Padre, dai-me a santa comunhão! Desde domingo que estou em jejum.
— É demais! é demais! Olhe que nem pode ficar em pé; venha tomar antes um pouco de alimento.
— Não, Padre, não! tenho mais fome do bom Deus do que de comida. Dai-me a santa comunhão.
O Missionário deu-lhe imediatamente a comunhão e o bom velho antes de qualquer alimento, quis fazer ainda quinze minutos de ação de graças.
Que lição para tantos cristãos, que teriam tanta facilidade de comungar, e não o fazem!

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