NÃO QUEREMOS SERMÕES
O zelo de D. Bosco pelo ensino do Catecismo era grande. Onde quer que encontrasse meninos e jovens, logo se punha a explicar-lhe a doutrina. Um dia, em 1849, achava-se numa praça rodeado da criançada e ensinava o Catecismo. Havia ali alguns rapazotes que não queriam ouvi-lo e o estorvavam. D. Bosco admoestou-os várias vezes, mas sem resultado. Um deles, chamado Botta, chegou a dizer-lhe:
— Nós não queremos sermões!
Dom Bosco respondeu-lhe:
— E se neste momento ficasses cego, escutarias a palavra de Deus?
O rapaz, como que desafiando-o, replicou:
— Quero ver quem é capaz de cegar-me!
E cheio de raiva, voltou para seu companheiro:
— Por que foges? Tens medo? Vem aqui!
— Mas não vês que estou a teu lado? — disse o outro.
— Mas eu não te vejo! Ai! não vejo nada!
Todos constataram com espanto que o rapaz ficara cego, e suplicaram a D. Bosco que lhe restituísse a vista. O próprio culpado, chorando, ajoelhou-se e pediu perdão. O Santo mandou que rezasse o ato de contrição e prometesse confessar-se. O rapaz queria fazê-lo ali mesmo. Dom Bosco, porém, levou todos à igreja para rezarem. Depois, tendo-se o cego confessado, logo recuperou a vista.
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