1 de janeiro de 2016

Tesouro de Exemplos - Parte 34

MORRAMOS POR JESUS E MARIA!

No trono austro-húngaro sentava-se naquele tempo uma mulher. Eram dias dolorosos para a gloriosa monarquia. Falecera Carlos VI e, apesar da grande inteligência e do corado magnânimo de sua filha Maria Teresa, os príncipes vizinhos iam-lhe tomando uma por uma as suas províncias e ameaçavam tomar-lhe também o trono. A infeliz rainha estava ameaçada de deixar em herança a seu filho não o diadema imperial, mas uma coroa de espinhos.
Um dia reúne, em Presburgo, os nobres húngaros que lhe haviam permanecido fiéis. Põe-se em pé diante deles e, erguendo nos braços seu filhinho, dirige-lhes estas palavras:
— Abandonada de todos, não tenho outro amparo a não ser a vossa generosidade. Meus amigos, em vossas mãos deponho o filho de vossos reis que de vós espera a salvação!
Ao verem aquela infortunada mãe e aquele tenro menino que se lhes confiava, os húngaros ficam comovidos e, cheios de santo entusiasmo, desembainham suas espadas e gritam:
— Morramos por nossa rainha Maria Teresa!
Ao grito dos heróis, a Hungria sacode o seu letargo; correm os homens ás armas, e um exército de vitória em vitória consegue arrojar para fora do país os usurpadores. Dentro de pouco tempo a paz de Aquisgrana devolvia a herança ao filho da grande rainha.
Nestes tempos calamitosos, em que vivemos, de vida, materializada, de costumes pervertidos, de fé tíbia, os usurpadores vão se apoderando das formosas conquistas de Jesus Cristo. Quer nos parecer que, nesta hora trágica da humanidade, Maria Santíssima toma seu Filhinho nos braços, põe-se em pé e diz-nos:
— É o vosso Jesus, defendei-o!
Com nossas espadas desembainhadas juremos-lhe lealdade. Prontos a lutar por sua glória, gritemos como os nobres da Hungria:
— Morramos por nosso Rei Jesus Cristo e por nossa Rainha a Virgem Maria!

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