27 de janeiro de 2016

Casamento e Família - Dom Tihamer Toth.

Conferência VIII


Parte 5/6


A base, o fundamento, a célula da sociedade humana é a família. Destruí-a e toda a sociedade se desmorona. Dissolvei a família, e os povos caem na imoralidade, a revolução é inevitável.
As leis de Cristo condenam, da maneira mais formal, a dissolução do casamento. Mas o homem moderno ouve, incessantemente, clamar a seus ouvidos que isto é a maneira antiquada de ver as coisas, e que os nervos inquietos do homem atual não suportam mais a fidelidade até a morte: Casai-vos, pois, ousadamente por experiência, e contraí casamentos de camaradagem, mesmo que clame a lei religiosa.
E os homens abandonam a sã razão, seguem estas fórmulas sedutoras, e no mundo inteiro aumenta o número de famílias abaladas e desfeitas.
E coisa curiosa, que vemos nós? Será, agora, mais feliz a humanidade? agora que há tantas mulheres abandonadas, após a "experiência" quanto os cogumelos após as chuvas, será a vida mais pacífica, mais alegre, mais perfeita que antes, quando não se conheciam estes novos e monstruosos termos?
Nada disto. Entre as ruínas do Santuário do lar, destruído, multiplica-se a má erva dos vícios vergonhosos, com os quais os nossos antepassados nem sequer sonharam.
Deus, sim, pode de diversos modos falar aos homens. Fala pelos mandamentos, enquanto ele escuta a sua razão. Quando, porém, a sã razão é desprezada e se calcam aos pés as leis divinas, e os homens correm cegamente para sua perdição, então ele permite este dilúvio que tudo arrebata, permite que a sombra infernal dos vícios vergonhosos tudo assole, a fim de que eles não possam mais, impunemente, calcar aos pés seus mandamentos.
c - E agora somente é que nós compreendemos bem por que a Igreja se opõe a estes novos gêneros de casamentos. Opõe-se porque todos eles ferem o dogma fundamental da indissolubilidade do matrimônio. Ora, como veremos, é da própria essência da religião cristã nunca permitir, sobre pretexto algum, que mãos criminosas se levantem contra esta lei. O matrimônio não é uma excursão de fim de semana, mas sim o ponto de partida de uma viagem, que se prosseguem em comum, para eternidade.
É um dos méritos inesquecíveis da Igreja católica, e a sociedade deve ser-lhe eternamente grata, por ter defendido corajosamente, em todas as épocas, a indissolubilidade do casamento, apesar do despotismo dos poderosos, dos raciocínios capciosos dos pseudo-filósofos, e das retumbantes palavras lançadas à multidão.
A Igreja teria evitado tantas calúnias, sarcasmos e ataques, não teria sofrido tantas perdas dolorosas se ao menos de quando em vez, nos casos mais graves, tivesse fechado os olhos sobre este ponto! Por causa da Reforma perdeu a metade da Alemanha. Podeis imaginar a dolorosa ferida que isto lhe causou. Mas pouco depois vem o divórcio de Henrique VIII da Inglaterra. E a igreja bastaria dizer uma só palavra: "declaro dissolvido o casamento de Henrique VIII". Nada mais que essa palavra, para não perder, depois da metade da Alemanha, toda a Inglaterra. A Igreja, porém, não disse esta palavra. Perdeu a Inglaterra, mas salvou o matrimônio.

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