22 de junho de 2016

Tesouro de Exemplos - Parte 136

O MEMORARE DO “TERROR”

Na terrível época que na França se chamou o Terror, um dia o vigário de Firanges (diocese de Puy) estava batizando ocultamente uma criança. Naquela infeliz época, isso era um crime passível de morte. Repentinamente 14 hussardos e 5 gendarmes, guiados por um fogoso revolucionário, cercam a aldeia (Boisseyres) e a casa onde estava o padre. Fugir era impossível. E onde esconder-se?
“Ó Maria, exclama o padre, vós me salvareis, e eu recitarei o “memorare”, o Lembrai-vos, todos os dias de minha vida, e o farei cantar todos os domingos na minha paróquia”. Assim dizendo, refugiou-se atrás de um armário. O primeiro soldado entrava no aposento justamente no momento em que ele cobria com um velho chapéu de palha a extremidade dos pés que apareciam por baixo do armário. Os soldados procuram, revistam, quebram, estragam tudo e não descobrem o padre. Um dos soldados mete por três vezes a sua espada por trás do armário; a espada escorrega sempre ao longo do corpo do pároco sem fazer-lhe nem a mínima ferida. Partem desapontados os carrascos, e o sacerdote está salvo.
O protegido de Maria foi fiel em cumprir o seu voto, e os seus sucessores continuaram a prática que consagrou aquela comovente recordação: Depois do “Magnificat”, na igreja paroquial de Piranges, ecoava o canto do “Memorare”.

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