11 de junho de 2016

Casamento e Família - Dom Tihamer Toth.

Conferência XIV


CASAL SEM FILHOS (II)


Parte 1/7


O grande pintor austríaco Joseph Führich perpetuou em um quadro muito expressivo a multidão de pensamentos e sentimentos que deveria existir na alma da Bem-aventurada Virgem Maria, quando ela concebeu o seu Divino Filho, pela graça do Espírito Santo... a Virgem Maria, profundamente mergulhada em suas reflexões, adianta-se através de uma sorridente paisagem. Acima dela os anjos voam; um canta, outro atira rosas, um terceiro balança um turíbulo. Todo o quadro é graça e beleza.
Compreendemos o canto, é para a futura mãe.
Compreendemos as rosas, são também para a futura mãe.
Mas o turíbulo? Não é para Maria. É para o Filho de Deus do qual a Virgem é neste instante o tabernáculo vivo.
Assim também, este canto e estas rosas são para todas as mães; esta graça, esta beleza brilham invisivelmente sobre a fronte da mãe de família que, com o mesmo amor que a Santa Virgem, espera o filho e à custa de grandes sacrifícios o educa no amor de Cristo, Filho de Deus.
A Igreja de Cristo, com grande coragem, levantou a voz em favor do filho; hoje ainda, ela exige a inviolabilidade dos direitos do filho que ainda não nasceu; mas não se esquece dos sacrifícios imensos que custam aos pais a existência e a educação de vários filhos. É justamente porque a nossa santa religião sabe bem o que significa, em nossos dias, educar uma família de cinco ou seis filhos, que ela rodeia de grande respeito os pais heroicos que fazem a Deus este sacrifício, mas ela nunca pode permitir que se tenha o direito de agir de modo contrário às leis divinas, e que se tenha o direito de impedir a vinda do filho por meio de intervenções criminosas.
Agora examinaremos mais de perto as dificuldades invocadas por certos esposos para afastar o filho.  Elas não são insolúveis para as almas generosas e realmente cristãs, de modo que o homem não contrarie as leis de Deus.

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