As Virtudes
As Virtudes Cardeais
1. As virtudes morais são aquelas que tendem diretamente a
regular os nossos costumes.
2. Há muitas virtudes morais; as principais são: Prudência,
Justiça, Fortaleza e Temperança.
3. Chamam-se virtudes cardeais porque são a fonte e a base
de todas as outras virtudes morais.
Prudência
4. A prudência é uma virtude que nos torna atentos e
acautelados para, nas diferentes circunstâncias da vida, sabermos discernir o
que nos convém praticar ou omitir.
A Justiça
5. A justiça é uma virtude que nos leva a dar a cada um o
que lhe pertence. Serve também para regular os nossos pensamentos e sentimentos
para com os outros, torna-nos humildes e desconfiados para conosco.
A Fortaleza
6. A fortaleza é a virtude que nos dá ânimo para cumprir os
deveres de cristãos.
A Temperança
7. A temperança é uma virtude que põe freio aos desejos
desordenados e nos leva a usar com moderação dos bens temporais.
Explicação da gravura
8. A prudência está representada na parte superior da
gravura, à esquerda, pelo Juízo de Salomão. “Um dia apresentaram-se diante de
Salomão duas mulheres pedindo-lhe que decidisse uma contenda. Disse uma: “Esta
mulher e eu moramos sós na mesma casa e cada uma de nós tinha um menino. Uma
noite morreu o filho desta mulher. Enquanto eu dormia, veio ela, torou o meu
filho, e pôs no lugar dele o seu filho morto. Quando me levantei, dei com o
menino morto, mas reparando bem vi que não era o meu”. Interrompeu-a a outra
mulher dizendo: “Não é assim como tu dizes. O teu filho é que morreu, o meu
está vivo”. E assim se disputavam perante o Rei. Então disse Salomão: “Trazei
uma espada, e parti o menino vivo ao meio, e dai metade a uma mulher, metade a
outra”. A verdadeira mãe do menino,
ouvindo estas palavras, ficou trespassada de susto, e toda cheia de angústia e
amor maternal, disse a Salomão: “Ah! Senhor, por quem sois, dai-lho a ela vivo,
e não o mateis”. Ao contrário, dizia a outra: “Não seja nem para mim, nem para
ti, parta-se ao meio”. Salomão pronunciou então a sentença: “Não se parta o
menino, mas dê-se inteiro e vivo àquela, porque essa é a sua mãe”.” (3 Rei III,
18-28)
9. A gravura, na parte superior, à direita, representa Nosso
Senhor ensinando a justiça aos fariseus e aos herodianos. Tendo-lhe estes
perguntado se era lícito ou não dar tributo a César, disse-lhes Jesus:
“Mostrai-me a moeda do tributo. De quem é esta imagem e esta inscrição?”
Disseram eles: “De César”. Então Jesus disse-lhes: “Dai pois a César o que é de
César, e a Deus o que é de Deus”.” (Lucas 20, 22)
10. Na parte inferior esquerda, a gravura, como exemplo de
fortaleza, representa a história de Judite. Vendo esta santa mulher que a
cidade de Betúlia, onde vivia, estava para cair nas mãos do general assírio
Holofernes, resolveu salvar a pátria ou morrer. Ornada de suas mais custosas
galas, foi ao arraial dos assírios. Holofernes recebeu-a com todo o agrado, deu
em honra dela um grande banquete, e tendo bebido em demasia adormeceu
profundamente. Então Judite, tomando a própria espada do general, cortou-lhe a
cabeça. (Judite XIII, 1-10)
11. A gravura representa na parte inferior direita o Rei
David, dando um grande exemplo de temperança. Um dia que guerreava David contra
os filisteus que ocupavam Belém, levado pela sede, exclamou: “Quem me dera um
pouco de água da cisterna que está ao pé da porta de Belém!” Imediatamente três
valentes atravessaram o acampamento dos filisteus e trouxeram a David água da
cisterna. Mas este não quis bebê-la e ofereceu-a ao Senhor, dizendo: “Deus me
livre de beber o sangue daqueles valentes que assim expuseram a vida!”
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