Conferência IV
Quando os jovens se casam, a Igreja e o Estado registram oficialmente este acontecimento, e no fim indicam, em estatística, quantos casamentos foram celebrados, qual a idade dos nubentes, qual sua nacionalidade, a classe social a que pertenciam e assim por diante.
O que, porém, a estatística não diz é quais os casamentos felizes ou infelizes; as cifras esquecem as alegrias e os dramas que se desenrolam. Quem conheceria as lágrimas silenciosas de tantos jovens casais, derramadas no silêncio das noites de insônia? Quem poderia conhecer a terrível herança que filhos e pequeninos trazem consigo, no seu organismo arruinado, só porque este ou aquele, entre os esposos, ou talvez os dois não quiseram viver antes do casamento de acordo com o mandamento divino?
Ah! de vossos lábios caem facilmente queixas contra o rigor da Santa Igreja, porque ela não permite "viver a própria vida" e "divertir-se" fora do casamento; vós, a cujos ouvidos retumbam as sedutoras palavras de "casamentos de amigos" ou "casamento de experiência" ou "casamento de weekend", olhai para a bela flor, que se abre aos raios do sol primaveril. Sobre ela pousa uma borboleta... suga-lhe o mel... este, porém, rapidamente se acaba ... a borboleta voa para uma outra flor, pois há milhares delas... Mas a pequena flor abandonada lá ficou, corola emurchecida, fanando-se na solidão e no abandono... Assim também, para a flor humana que, igualmente jovem e bela, quiser, porém, gozar de sua juventude contra a lei de Deus...
Moços e moças, olhai essa dolorosa imagem, antes, de abrirdes os vossos lábios numa queixa contra o sexto preceito da lei divina, ou antes que tenhais calcado aos pés, a proibição divina...
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