18 de maio de 2012

Tesouro de Exemplos - Parte 95

SÃO GERALDO MAJELA

Nasceu êste Santo na pequenina cidade de Muro, na Itália, em abril de 1726.
Seu pai, que exercia a profissão de alfaiate, faleceu poucos anos depois, em 1738. Geraldo, que precisava ajudar a mãe e as irmãs, teve de abandonar o estudo e dedicar-se à aprendizagem do ofício paterno.
Conta-se que, um dia, um pobre lhe pediu que, por caridade, lhe fizesse um terno. Entregou-lhe, para êsse fim, uma fazenda absolutamente insuficiente. O Santo não hesitou um instante. Começou a cortar o pano, o qual foi crescendo de tal modo entre as suas mãos, que chegou para o terno e ainda sobrou.
Admitido na Congregação Redentorista, foi um modêlo de tôdas as virtudes e um insigne taumaturgo. São sem conta os milagres por êle operados.
Um dia, por exemplo, entrando numa choupana, pediu à dona que ali morava um pedaço de pão, por amor de Deus. Ora, fazia dois dias que não havia pão naquela casa. A pobre mulher tinha apenas um pouco de farinha, que, naquele instante, lhe tinham trazido. Desculpou-se, pois, dizendo que nada podia dar, porque nada possuía.
- Não tens nada? - replicou o Santo - e a vossa caixa não está cheia?
- Pobre de mim! ela está muito vazia, isso sim.
- Tende confiança em Deus, e levantai a tampa.
A mulher abre a caixa e - ó milagre! - encontra-se cheia de pão de excelente qualidade.
Por causa de sua vida austera e penitente, grande poder tinha o Santo sôbre os espíritos malignos, que lhe moviam guerra sem tréguas. É notável e interessante o fato seguinte: Geraldo estava de viagem para Iliceto. Espêsso nevoeiro caía sôbre a terra; a noite adiantada, a cheia do rio, os abismos ocultos pelas trevas, tudo concorria para tornar mais difícil a posição de Geraldo, que, de mais a mais, perdera o caminho. De repente, um vulto sinistro avança, barra-lhe a passagem e diz em tom sarcástico: - Chegou a hora da vingança: tenho todo poder sôbre ti!
Compreendendo que aquêle não podia ser outro senão o demônio, Geraldo sem perda de tempo, diz: - Bêsta vil, em nome da SS. Trindade, eu te ordeno que tomes a rédea do meu cavalo e me conduzas direito à cidade sem me causar dano algum. E o demônio, muito constrangido, teve de obedecer.
Achando-se um dia, na praia de Nápoles, viu que um barco cheio de gente ia sendo arrastado para o alto mar e, dentro em breve, seria engolido pelas ondas. Considerando a iminência do perigo, Geraldo grita para a embarcação: - em nome da SS. Trindade, pára! E o barco permance imóvel. O Santo, caminhando sôbre as águas, sem o menor esfôrço puxa o barco até à praia. - Milagre! Milagre! É um santo!... E Geraldo esconde-se na oficina de um artesão e dali não sai até que o povo se disperse.
A 16 de outubro de 1755, após uma vida breve mas santíssima, fechava êle os olhos a êste mundo. Quando o médico lhe perguntou se desejava viver, respondeu: "Nem viver nem morrer: quero só o que Deus quer". E, depois, suspirava: "Sofrer, meu Jesus, sofrer ainda; é pouca coisa, quando se sofre por vós". - Festa: 16 de outubro.

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