9 de maio de 2010

"Deixai vir a mim as criancinhas ..." (Mateus, 19, 14) - Parte 195

195) Consolar os aflitos.
No imortal romance "Os noivos", são célebres as figuras do Cardeal Frederico Borromeu e do Inominado.
O Inominado, depois de haver levado uma vida de grandes perversidades, acabou por atender à voz da divina graça. Encontrou no santo Arcebispo um amigo e um consolador, que o acolheu carinhosamente e o reconduziu ao perdão e à paz.
É maravilhosa a descrição de seu primeiro colóquio com o Arcebispo de Milão.
Desprendendo-se dos braços do Cardeal Frederico, exclamava o Inominado: "Deus verdadeiramente grande, Deus verdadeiramente bom! Agora me conheço, compreendo quem sou eu! As minhas iniquidades estão diante de meus olhos. Horrorizo-me de mim mesmo!
Todavia, sinto um refrigério, uma alegria que nunca provei nesta minha horrível vida" (A. Manzoni, "Os noivos", cap.XXIII).
São chamados aflitos os que se sentem oprimidos por dores físicas e morais, por desventuras e tribulações de todo o gênero. Foi Jesus quem nos ensinou a dizer plavras de conforto a essas almas atribuladas, para nelas reavivar a esperança cristã, infundindo-lhes coragem e resignação. Essa obra de caridade é bem rara mas é pródigamente recompensada por Deus.
Lembremo-nos aqui da exortação divina: "Não deixeis de consolar os que choram, e anda com os aflitos" (Eclesiástico, 7,38).

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