Da incomparável Virgem Maria Mãe de Deus, livro 15, c. 13
Por que não haveríamos de chamar Rainha a beatíssima Virgem Maria, como fizeram o Damasceno, Atanásio e outros, sendo que o Seu pai, Davi, gloriosamente honrado como rei, e o Seu Filho, como Rei dos reis e Senhor dos senhores imperando sem fim, são louvados sobremaneira pelas Escrituras? É Rainha, sobretudo, se comparada com aqueles [Santos] postos como reis no reino celeste, com Cristo, sumo Rei, como seus co-herdeiros, e colocados como no mesmo trono que Ele, como diz a Escritura. E, como Rainha, ela não está abaixo de nenhum dos eleitos, mas elevada em dignidade tão alta sobre tanto Anjos como homens que nada pode ser maior ou mais alto que Ela, só a Qual tem o mesmo Filho que Deus Pai, e que acima de Si só vê a Deus e Cristo, e abaixo, todas as demais criaturas.
O grande Atanásio disse claramente: Maria não é somente a Mãe de Deus, mas também pode ser chamada em verdade Rainha e Senhora, visto que o Cristo Que nasceu da Virgem Mãe é Deus e Senhor e também Rei. É a Esta Rainha, portanto, que se aplicam as palavras do Salmista: À Vossa destra estava a Rainha num vestido de ouro. Assim, Maria é retamente chamada Rainha, não só do céu mas também dos céus, como Mãe do Rei dos Anjos, e como Esposa e amada do Rei dos céus. Ó Maria, augustíssima Rainha e fidelíssima Mãe, a Quem ninguém reza em vão se reza devotamente, e a Quem todos os homens mortais estão ligados pela memória duradoura de tantos benefícios, repetidamente Vos imploro que aceiteis e Vos agradeis com todas as demonstrações da minha devoção para conVosco, deis valor ao pobre dom que eu ofereço de acordo com o zelo com que é oferecido, e o recomendeis ao Vosso Filho onipotente.
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