17 de maio de 2009

Pela Cátedra de São Pedro

Esta é uma das muitas orações que Santa Catarina de Sena fez, estando em êxtase após a Comunhão, e que foram transcrita pelos seus discípulos.

Ó Médico celestial e Amor sem preço da minha alma! Suspiro grandemente por Ti. A Ti clamo, Trindade eterna e infinita, em favor da hierarquia da santa Igreja. Por tua graça, apaga toda mancha da minha alma e, sem demora, pelos méritos de são Pedro, o piloto da tua pequena barca, socorre tua Esposa. Ela aguarda o teu auxílio na chama do teu amor e no abismo profundo da tua sabedoria. Não desprezes os anseios dos teus servidores.

Ó Pacificador, orienta para Ti os teus pastores. Tendo-os libertado das trevas, que surja para eles a aurora da luz, como almas plantadas na tua Igreja no puro desejo da salvação das almas. Pai benigníssimo, bendito seja o lado a nós concedido, para deter tua justiça. Falo da oração humilde e fiel dos teus servidores e do desejo santo, pelos quais prometes usar de misericórdia para com o mundo.

Agradeço-Te, Deidade eterna, pela promessa de conceder um refrigério à tua Esposa. Penetrarei novamente no jardim da Igreja e não mais sairei, enquanto não realizares tuas promessas, que sempre foram verdadeiras. Ó Deus veraz, destrói hoje nossos pecados e lava nossas almas no sangue do teu Filho, por nós derramado. Mortos para nós mesmos e vivos em Cristo, faze que assumamos a Paixão com rosto limpo e almas puras. Escuta igualmente a nossa prece pelo Responsável desta Cátedra, cuja festa celebramos. Torna o teu Representante semelhante ao velho Pedro. Prometeste realizar os meus desejos. Com maior confiança suplico que não demores, ó meu Deus, em realizar tais promessas.

E vós, queridos filhos, chegou o momento de vos fatigardes pela Igreja de Cristo, verdadeira mãe de nossa fé. Já que estais plantados na santa Igreja, exorto-vos a comportar-vos como colunas suas. Bem unidos, trabalhemos neste jardim da fé salvadora. Com fervor. Sem preguiça. Cumpramos inteiramente a vontade do eterno Deus, que nos chama para a salvação nossa e dos outros, bem como para a unidade da Igreja, na qual está a salvação de nossas almas. Amém.

18 de janeiro de 1379

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