20 de maio de 2009

Símbolos da Fé - 5ª Parte

I CONCÍLIO DE NICÉIA (1º ECUMÊNICO): 19 JUN. – 25 AGO. 325


Este concílio dos “318 Padres”, convocado pelo imperador Constantino, o Grande, condenou sobretudo os arianos. Começou em 19 jun. (não em 20 mai.; Cf. E. Schwartz, in: Nachr. der Gesellsch. Göttingen [1904] 398; Turner 1/I/II [1904] 105: “XIII Kal. Iul”). Encontram-se conservados somente o Símbolo da fé, 20 cânones e uma carta sinodal.


SÍMBOLO NICENO, 19 JUN. 325

É contado entre as definições de fé mais significativas. O texto melhor é oferecido por Eusébio de Cesaréia, Carta aos seus diocesanos (PG 20, 1540BC); Atanásio de Alexandria, Carta ao Imperador Joviano, c. 3 (PG 26, 817B); De decretis Nicaenae synodi 37, § 2 (cf. a ed. infra citada de Opitz, 36); Basílio Magno, Carta 125, c. 2(PG 32, 548C). Os testemunhos textuais posteriores não valem como originários, por exemplo, o do Concílio de Calcedônia (ACOe 2/I/II, 79 16-23). O exemplo deste Concílio deu origem ao costume de redigir “Símbolos sinodais”. Entre as traduções latinas do Símbolo sobressaem por antiguidade as versões de Hilário de Poitiers, das quais vem aqui apresentada, ao lado do texto grego, a que consta da obra De Synodis 84 (PL 10, 36ª) (incluído o anatematismo).


[Versão grega]

Cremos em um só Deus, Pai onipotente, artífice de todas as coisas visíveis e invisíveis.

E em um só Senhor Jesus Cristo, o Filho de Deus, gerado unigênito do Pai, isto é, da substância do Pai, Deus de Deus, luz da luz, Deus verdadeiro de Deus verdadeiro, gerado, não feito, consubstancial ao Pai, por meio do qual vieram a ser todas as coisas, tanto no céu como na terra;

o qual, por causa de nós homens e da nossa salvação, desceu e se encarnou, se en-humanou, padeceu, e ressuscitou ao terceiro dia, [e] subiu aos céus, havendo de vir julgar os vivos e os mortos;

e no Espírito Santo.


Aqueles, porém, que dizem: “Houve um tempo em que não era”, e: “Antes de ser gerado não era”, e que veio a ser do que não é, ou que dizem ser o Filho de Deus de uma outra hipóstase ou substância ou criado [-!], ou mutável ou alterável, anatematiza a Igreja católica.


[Versão latina]

Cremos em um só Deus, Pai onipotente, artífice de todas as coisas visíveis e invisíveis.

E em um só nosso Senhor Jesus Cristo, Filho de Deus, nascido unigênito do Pai, isso é, da substância do Pai, Deus de Deus, luz da luz, Deus verdadeiro de Deus verdadeiro, nascido, não feito, de uma só substância com o Pai (o que em grego se diz homoúsion); por meio do qual foram feitas todas as coisas que no céu e as na terra;

o qual, por causa de nossa salvação desceu, se encarnou e se fez homem, e padeceu, e ressuscitou ao terceiro dia, e subiu aos céus, havendo de vir julgar os vivos e os mortos;

E no Espírito Santo.


Aqueles, porém, que dizem: “Houve um tempo em que não era” e: “Antes que nascesse não era”, e que foi feito do que não era, ou que dizem ser de outra substância ou essência, ou que Deus é mutável ou alterável, a eles anatematiza a Igreja católica.

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