11 de maio de 2009

Símbolos da Fé - 3ª Parte

FÓRMULAS INTERROGATÓRIAS BREVES DO SÍMBOLO BATISMAL


SACRAMENTARIUM GELASIANUM

Apresenta a praxe litúrgica romana por volta do séc. VI, mas a sua fórmula batismal (livro I, 44) data de um período mais antigo.

Crês em Deus Pai onipotente [OR MA: , o criador do céu e da terra]?
Crês também [MA: e] em Jesus Cristo, seu único Filho, nosso Senhor, que nasceu e padeceu?
Crês também no Espírito Santo, a santa Igreja [OR MA: católica] a remissão dos pecados, a ressurreição da carne [OR MA: , a vida eterna]?


FÓRMULAS ORIENTAIS

São apresentados os Símbolos batismais das Igrejas da Síria, Palestina, Ásia Menor e Egito. Aqui não é considerada a reconstituição da forma que se convencionou chamar “O” (a equivalente da forma “R” ocidental), que na opinião de alguns estudiosos, é considerada a base dos Símbolos orientais.


SÍMBOLOS LOCAIS

Entre os Símbolos aqui apresentados, os de Cesaréia e de Jerusalém (talvez também os de Macário, o Egípcio), têm forma pré-nicena, mesmo que os documentos que os transmitem não remontem a tempos anteriores ao Concílio de Nicéia. Nos outros Símbolos foram acrescentados alguns elementos da teologia nicena, sem que isso tenha modificado fortemente sua versão original.


Cesaréia da Palestina, fim do séc. III
Eusébio, bispo de Cesaréia: Carta à sua diocese, ano 325

Dado que Eusébio afirma ter sido batizado com esta fórmula, o Símbolo por ele apresentado pode datar da metade do séc. III. O Concílio de Nicéia, ao qual Eusébio o apresentou para que fosse confirmado, colheu deste Símbolo alguns elementos para a confecção do seu próprio Símbolo.

Cremos em um só Deus, Pai onipotente, artífice de todas as coisas visíveis e invisíveis, e em um só Senhor Jesus Cristo, o Verbo de Deus, Deus de Deus, luz da luz, vida da vida, Filho unigênito, primogênito de toda criatura, gerado antes de todos os séculos pelo Pai; e por meio do qual tudo veio a ser; o qual se encarnou pela nossa salvação e viveu como cidadão entre os homens, e padeceu e ressuscitou ao terceiro dia, e subiu ao Pai, e virá de novo em glória para julgar os vivos e os mortos.
Cremos também em um só Espírito Santo.


Jerusalém, meados do séc. IV
Cirilo, bispo de Jersusalém: Catequese VI-XVIII, por volta do ano 348

O texto do Símbolo foi recolhido de diversos trechos das Catequeses; por isso, às vezes é reconstituído de outro modo. Segundo J.G. Davies (VigChr9[1955]218-221), deve-se ler “desceu”, em analogia a “subiu”. Cirilo rejeitou o conceito niceno de “homoousios” por julgá-lo suspeito de sabelianismo.

Cremos em um só Deus Pai onipotente, artífice do céu e da terra, de todas as coisas visíveis e invisíveis, [e] em um só Senhor, Jesus Cristo, o Filho unigênito de Deus, Deus verdadeiro gerado do Pai antes de todos os séculos, por meio do qual tudo veio a ser, o qual [desceu e se encarnou e] se en-humanou, foi crucificado [e sepultado] e ressuscitou [dos mortos] ao terceiro dia, e subiu aos céus, e sentou-se à direita do Pai, e vem com glória para julgar os vivos e os mortos; cujo reino não terá fim.
[E] num só Espírito Santo, o Paráclito, que falou por meio dos profetas; e num só batismo de conversão para a remissão dos pecados, e numa só santa Igreja católica, e na ressurreição da carne, e na vida eterna.


Ásia Menor (localidade incerta), fim do séc. IV
Epifânio, bispo de Salamina: Ancoratus, ano 374

Nesta obra encontram-se duas fórmulas do Símbolo, a primeira mais breve, a outra mais longa. A forma breve (c. 118, 9-13), que é muito próxima do Símbolo constantinopolitano (*150), foi intercalada por um copista tardio no Símbolo niceno que Epifânio originariamente apresentava aqui: B.M. Weischer, Qêrellos IV: Traktate dês Epiphanius von Zypern und des Proklos von Kyzikos (Äthiopische Forschungen t; Wiesbaden 1979)49-51. A forma longa (c. 119, 3-12) era destinada ao uso na catequese ou como Símbolo batismal para os hereges e tem a forma do Símbolo niceno, ampliado pelo próprio Epifânio. Não é único no seu gênero, encontrando-se versões muito semelhantes no Símbolo Hermeneia (cf. *46) e no grande Símbolo armênio (cf. *48).

a) Forma breve

Cremos em um só Deus, Pai onipotente, artífice do céu e da terra, de todas as coisas visíveis e invisíveis.
E em um só Senhor Jesus Cristo, o Filho unigênito de Deus, gerado do Pai antes de todos os séculos, isto é, da essência do Pai, luz da luz, Deus verdadeiro de Deus verdadeiro, gerado, não feito, consubstancial ao Pai, por meio do qual tudo veio a ser, tanto o que há no céu como na terra; o qual, por causa de nós homens e da nossa salvação, desceu dos céus e se encarnou do Espírito Santo e Maria, a virgem, e se en-humanou, foi crucificado por nós sob Pôncio Pilatos e padeceu, e foi sepultado, e ressuscitou ao terceiro dia, segundo as Escrituras, e subiu aos céus, e está sentado à direita do Pai, e vem de novo com glória para julgar os vivos e os mortos; cujo reino não terá fim.
e no Espírito Santo, o Senhor e vivificante, que procede do Pai, que com o Pai e o Filho é adorado e glorificado, que falou por meio dos profetas; em uma só santa Igreja católica e apostólica; reconhecemos um só batismo para a remissão dos pecados, aguardamos a ressurreição dos mortos e a vida do século vindouro. Amém.

Aqueles, porém, que dizem: “Houve um tempo em que ele não existia” e: “Antes de ser gerado, não existia”, ou então que veio a ser do nada, ou então que é de uma outra hipóstase ou substância, ou que o Filho de Deus é mutável ou alterável, a eles anatematiza a Igreja católica e apostólica.

b) Forma longa

Cremos em um só Deus Pai onipotente, artífice de todas as coisas visíveis e invisíveis, e em um só Senhor, Jesus Cristo, o Filho de Deus, unigênito, gerado de Deus Pai, isto é, da substância do Pai, Deus de Deus, luz da luz, Deus verdadeiro de Deus verdadeiro, gerado, não criado, consubstancial ao Pai; por meio dele todas as coisas vieram a ser, tanto no céu como na terra, as visíveis e as invisíveis; o qual, por causa de nós homens e da nossa salvação, desceu e se encarnou, isto é, foi gerado perfeitamente da santa Maria, a sempre virgem, por meio do Espírito Santo; en-humanou-se, isto é, assumiu o homem perfeito, alma e corpo e mente e tudo que seja um homem, fora o pecado; não do sêmen do varão, nem em um ser humano, mas em si, plasmou carne para uma só santa unidade; não do modo como inspirou, falou e operou nos profetas, mas en-humanou-se perfeitamente (“pois o Verbo veio a ser carne”, não sujeitou a mudança, nem transformando sua divindade em humanidade), unificando em uma só a sua santa perfeição e a divindade (pois um só é o Senhor Jesus Cristo e não dois; ele mesmo Deus, ele mesmo Senhor, ele mesmo rei); ele mesmo sofreu na carne, e ressuscitou, e subiu aos céus com esse mesmo corpo, sentou-se na glória à direita do Pai e virá com o mesmo corpo na glória para julgar os vivos e os mortos; cujo reino não terá fim.
Cremos também no Espírito Santo, que falou na Lei, pregou nos Profetas e desceu sobre o Jordão; fala nos Apóstolos, habita nos santos; cremos nele neste sentido, que ele é Espírito santo, Espírito de Deus, Espírito perfeito, Espírito Paráclito, incriado, que procede do Pai e é recebido do Filho e é crido; cremos em uma só Igreja católica e apostólica, em um só batismo de conversão, na ressurreição dos mortos e o justo juízo de alma e corpos, no reino dos céus e na vida eterna.

Aqueles, porém, que dizem que houve um tempo em que não existia o Filho ou o Espírito Santo, ou que vieram a ser do que não existia ou de outra hipóstase ou substância, afirmando ser mutável ou alterável o Filho de Deus ou o Espírito Santo, a eles anatematiza a Igreja católica e apostólica, Mãe vossa e nossa; e anatematizamos ainda aqueles que não confessam a ressurreição dos mortos, bem como todas as heresias, que não são desta reta fé.


Hermeneia [pseudo?-]atanasiana do Símbolo

A Hermeneia, ou interpretação do Símbolo, foi pela tradição atribuída a Atanásio de Alexandria (+373), mas hoje, geralmente, lhe é negada. É muito semelhante às formas longas do Símbolo de Epifânio e do Símbolo armênio. Sobre a questão da dependência mútua dos três Símbolos há diversas opiniões. Uns afirmam que a Hermeneia deriva do Símbolo de Epifânio e, do séc. VII em diante, foi a base do Símbolo armênio maior; outros, ao contrário, invertem a ordem da dependência (cf. *48°).

Cremos em um só Deus Pai onipotente, artífice de todas as coisas visíveis e invisíveis.
E em um só Senhor Jesus Cristo, o Filho de Deus, gerado do Pai, Deus de Deus, luz da luz, Deus verdadeiro de Deus verdadeiro, gerado, não feito, consubstancial ao Pai; por meio do qual vieram a ser todas as coisas, tanto no céu como na terra, as visíveis e as invisíveis; o qual, por causa de nós homens e da nossa salvação desceu, encarnou-se, en-humanou-se, isto é, gerado perfeitamente de Maria, a sempre virgem, por obra do Espírito Santo, possui, verdadeiramente e não só em aparência, corpo e alma e mente e tudo quanto é dos homens, menos o pecado; padeceu, isto é, foi crucificado, sepultado, e ressuscitou ao terceiro dia, e subiu aos céus nesse mesmo corpo; sentou-se na glória à direita do Pai, vem nesse mesmo corpo, na glória, para julgar os vivos e os mortos; cujo reino não terá fim.
E cremos no Espírito Santo, que não é estranho ao Pai e ao Filho, mas consubstancial ao Pai e ao Filho, o incriado, o perfeito, o Paráclito, que falou na Lei e nos Profetas e nos [Apóstolos e] Evangelhos, desceu sobre o Jordão, será pregado [pregou] ao Apóstolos, habita nos santos. E cremos nesta única uma só Igreja católica e apostólica [-!], em um só batismo de conversão e de remissão dos pecados, na ressurreição dos mortos, no juízo eterno das almas e dos corpos, no reino dos céus e na vida eterna.

Aqueles, porém, que dizem que houve um tempo em que não existia o Filho, ou que houve um tempo em que não existia o Espírito Santo, ou que foi feito do que não existe ou de uma outra hipóstase ou substancial, afirmando ser o Filho de Deus ou o Espírito Santo mutável ou alterável, a eles anatematizamos, porque os anatematiza a nossa católica Mãe e apostólica Igreja; e anatematizamos todos aqueles que não reconhecem a ressurreição da carne [dos mortos], e cada heresia, isto é, aqueles que não são desta fé da santa e única Igreja católica.


Símbolo maior da Igreja armênia

Este Símbolo, segundo A. Ter-Mikelian, era usado não para o batismo (como a forma breve *6), mas no contexto da liturgia eucarística. O texto original, indubitavelmente grego, se perdeu, mas pode ser reconstituído com suficiente segurança por retroversão do texto armênio. Pequenas divergências na reconstrução derivam do fato de os armênios unidos à Igreja Romana usarem uma forma que alguns pontos se diferencia da forma usada pelos ortodoxos armênios. Foi introduzido, p. ex., o “Filioque”. O texto grego principal, aqui apresentado, corresponde amplamente à reconstituição grega feita a partir da tradução alemã muito rigorosa do texto armênio por F.X. Steck, Die Liturgie der Katholischen Armenier (Tübingen 1845) 43; com indicação [entre colchetes] das variantes importantes propostas por Ter-Mikelian e Hort. – Acerca da origem deste símbolo, os pareceres divergem notavelmente. Alguns afirmam que é mais antigo que o Símbolo longo de Epifânio (*44s) e que foi, da Capadócia, introduzido na Armênia, pela metade do séc. IV. Outros o consideram simplesmente uma forma mais recente e inferior da hermeneia (*46s), que se tornou de uso comum na Armênia a partir do séc. VII: cf. G. Winkler, A Remarkable Shift in the 4th Century Creeds. An Analysis of the Armenian, Syriac and Greek Evidence, in: Studia Patrística 17/III (Oxford 1982) 1396-1401.

Cremos em um só Deus Pai onipotente, artífice do céu e da terra, das coisas visíveis e invisíveis.
E em um só Senhor, Jesus Cristo, o Filho de Deus, unigênito, [o] gerado do Pai [isto é, da substância do Pai] antes de todos os séculos [-!], Deus de Deus, luz da luz, Deus verdadeiro de Deus verdadeiro, gerado, não feito, consubstancial ao Pai; por meio do qual vieram a ser todas as coisas, tanto no céu [nos céus] como na terra, as visíveis e as invisíveis; o qual, por causa de nós homens e da nossa salvação, desceu dos céus, se encarnou, se en-humanou [, gerado] perfeitamente de Maria, a santa Virgem, por meio do Espírito Santo; dela assumiu carne, mente, alma [desta corpo e alma e mente] e tudo o que há no homem [um homem é], verdadeiramente e não em aparência; padeceu, foi crucificado, sepultado, ressuscitou ao terceiro dia e subiu ao céu [aos céus] com este mesmo corpo, sentou-se à direita do Pai, vem com este mesmo corpo e na glória do Pai para julgar os vivos e os mortos; cujo reino não terá fim.
[E] cremos no Espírito Santo, incriado, perfeito, que falou por meio da Lei e dos Profetas e dos Evangelistas [na Lei, nos Profetas e nos Evangelhos] e que desceu ao Jordão, pregou o Apóstolo [aos Apóstolos] e habitou [habita] nos santos. E cremos em uma só Igreja católica e apostólica, em um só batismo para a conversão, na dispensa [expiação(?)] e remissão dos pecados, na ressurreição dos mortos, no juízo do século [eterno] de almas e corpos, no reino dos céus e na vida eterna.

Aqueles, porém, que dizem: “Houve um tempo no qual não existia o Filho de Deus [-!]”, ou então: “Houve um tempo em que não existia o Espírito Santo” ou afirmam que o Filho de Deus ou também [-!] o Espírito Santo vieram a ser [veio a ser] do que não existe ou de uma outra hipóstase ou substância, e que são mutáveis ou alteráveis [é mutável ou alterável], a eles anatematiza a Igreja católica e apostólica.


Antioquia, fim do séc. IV
Símbolo batismal de Antioquia (fragmentos)

Deste Símbolo batismal, distinto daquele do sínodo de 341 contra Atanásio de Alexandria, foram conservados três fragmentos, nos três seguintes autores: [A] Eusébio, (posteriormente) bispo de Dorileu, [B] João Cassiano e [C] João Crisóstomo.

[Cremos em um só e único Deus verdadeiro, Pai onipotente, artífice de todas as coisas visíveis e invisíveis.
e em nosso Senhor Jesus Cristo, seu Filho unigênito e primogênito de toda a criação, gerado por ele antes de todos os séculos, não feito,]

[A:] Deus verdadeiro de Deus verdadeiro, consubstancial ao Pai, por meio do qual e os céus foram ordenados, e todas as coisas vieram a ser; o qual, por causa de nós veio [desceu] e foi gerado de Maria, a santa [sempre] virgem, e foi crucificado sob Pôncio Pilatos, [e foi sepultado, e ressuscitou ao terceiro dia, segundo as Escrituras, e subiu aos céus e virá de novo para julgar os vivos e os mortos...]

[C:] e na remissão dos pecados, e [n]a ressurreição dos mortos e na vida eterna.

[B:] Creio em um só e único Deus verdadeiro, Pai onipotente, criador de todas as criaturas visíveis e invisíveis.
E em nosso Senhor Jesus Cristo, seu Filho unigênito e primogênito de todo o ser criado, nascido dele antes de todos os séculos, e não feito.
Deus verdadeiro de Deus verdadeiro, consubstancial ao Pai, por meio do qual e os séculos foram ordenados, e todas as coisas foram feitas: o qual por causa de nós veio e nasceu de Maria virgem, e foi crucificado sob Pôncio Pilatos, e foi sepultado, e ao terceiro dia ressuscitou, segundo as Escrituras, e subiu aos céus e virá de novo para julgar os vivos e os mortos...


Mopsuéstia da Cilícia, fim do séc. IV
Teodoro, bispo de Mopsuéstia: Catequeses I-X, entre 381 e 392

A forma apresentada por Teodoro, segundo ele mesmo testemunha, foi ampliada sob a influência do Concílio de Constantinopla e do seu Símbolo.

Cremos em um só Deus Pai onipotente, artífice de todas as coisas visíveis e invisíveis.
E em um só Senhor, Jesus Cristo, o Filho unigênito de Deus, o primogênito de toda a criação, gerado pelo seu Pai antes de todos os séculos, não feito, Deus verdadeiro de Deus verdadeiro, consubstancial ao seu Pai; por meio do qual foram ordenados os séculos e tudo veio a ser, o qual, por causa de nós homens e da nossa salvação, desceu dos céus e se encarnou, e se fez homem, gerado de Maria, a virgem; e, crucificado sob Pôncio Pilatos, foi sepultado e ressuscitou ao terceiro dia, segundo as Escrituras, e subiu aos céus, está sentado à direita de Deus, e de novo vem para julgar os vivos e os mortos.
E em um só Espírito Santo, que procede do Pai, Espírito vivificante; professamos um só batismo, uma só santa Igreja católica, a remissão dos pecados, a ressurreição da carne e a vida eterna.


Egito, metade do séc. IV
Apotegmas de Macário, o Grande

Num manuscrito vienense (séc. IX) dos apophtegmata Patrum e nos manuscritos gregos de Paris nn. 1627 e 1628 (séc. XIII e XIV) da Historia Lausiaca de Paládio de Helenópolis, está consignada uma historieta de Macário, o Egípcio ou o Grande (ca. 300-390), na qual é recitado o Símbolo. Sua forma é provavelmente local egípcia, e substancialmente já pré-nicena. Elementos nicenos foram acrescentados mais tarde. Pelo fim, porém, uma paráfrase um tanto livre do Símbolo substitui a forma oficial. Enquanto E. Preuschen considera esta historieta parte autêntica do c. 19 da Historia Lausiaca, C. Butler nega-o em sua edição crítica dessa obra (The Lausiac History of Palladius 2 [Cambridge 1904] 194s, nota 28). Em vista disso, nem ele, nem os editores ulteriores (A. Lucot [Paris 1912]; Ramón y Arrufat [Barcelona 1927]) trazem o texto do Símbolo.

Creio em um só Deus Pai onipotente
E no seu Verbo consubstancial, por meio do qual ele fez os séculos; o qual, no término dos séculos, para abolição do [de] pecado, veio residir na carne que para si preparou da santa Virgem Maria [; o qual se encarnou da santa Virgem e ]; o qual [-!] foi crucificado por nós, e morreu, e foi sepultado, [-!] e ressuscitou ao terceiro dia, [e subiu aos céus,] e sentou-se à direita do [Deus e] Pai, e de novo virá no século vindouro [-!] para julgar vivos e mortos.
E no Espírito Santo, consubstancial ao Pai e a seu Verbo [ao Verbo de Deus]. Creiamos [!] porém [!] também na ressurreição de alma e corpo [dos mortos], como diz o Apóstolo: “[Semeia-se na corrupção, ressuscita-se na glória,] semeia-se um corpo psíquico, ressuscita um corpo espiritual]” [cf. I Cor 15,42-44].

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