2 de março de 2018

Retratos de Nossa Senhora, Juan Rey, S. J.,

RETRATOS DE NOSSA SENHORA.

Nossa Senhora Dona De Casa


Parte 4/4

Era difícil encontrar a mulher forte nos tempos bíblicos em que se escreviam estas palavras. Nos tempos modernos é mais difícil ainda.
A mulher que esta de moda, a que se cotiza nos mercados do mundo é completamente diferente. Vós mesmos, a cada pincelada do retrato da mulher forte, fazíeis insensivelmente a contraposição.
Esta mulher da moda não sabe nem pode fazer feliz o seu marido; por isso a maioria dos matrimônios modernos estão corrompidos internamente e por isso os pecados de divórcio são inúmeros.
Nessa mulher não pode descansar o coração do marido; não pode confiar-lhe a administração da casa, porque depressa arruinara o lar. Todo o ordenado lhe parece pouco para vestidos, pinturas e divertimentos; por isso o marido tem de dar o dinheiro por conta e ela queixa-se porque não lhe dá mais e porque não trabalha mais, para que ela possa gastar mais, divertir-se mais e vestir melhor. E como é gastadora nos seus caprichos, tem o coração endurecido para a miséria dos pobres.
Não é mulher forte que se prepara desde a madrugada para os trabalhos da casa; é a mulher preguiçosa que toma o pequeno almoço na cama, que dorme até tarde, não porque tenha trabalhado nos arranjos da casa, mas porque passou a noite no bar, no cinema, na cavaqueira ou nalguma ceia americana. Os seus braços não estão feitos para o trabalho, são feitos para os exibir nus numa exposição de belezas ou de obscenidades, como são muitas salas de diversão. Não se prepara de manhã para pegar nos utensílios de trabalho; enche-se de pulseiras e de anéis, chama a manicure e depois de aguentar um trabalho meticuloso, exibe essas mãos pelos lugares de reunião. Fazer os vestidos? Nem os alheios nem os próprios; nem sabe fazê-los, nem sabe arranjá-los; nem sequer coser sabe.
Acrescentar os haveres da casa com o trabalho das suas mãos? Que absurdo!
Sentar-se a mesa de jogo como um jogador de profissão; e numa só tarde gastar o ordenado do marido, as economias que devia ter em casa para caso de doença e para dar uma carreira esmerada aos filhos, isso faz com frequência.
As suas palavras não estão impregnadas de bom senso, porque isso é precisamente o que lhe falta.
Tem um critério anti-cristão; por isso defende sem vergonha as mães que não querem ter filhos e as que sabem divertir-se. Para ela nada é pecado. A sua conduta vergonhosa é a vida ideal. As palavras são de critica e de maledicência.
Assanha-se particularmente contra as mulheres honestas e honradas, conhece os defeitos de todo o povoado e ignora os próprios que dão que falar a uma legião de más línguas como ela. Não se preocupa com a conduta nem dos filhos nem das filhas; e estas imitam a frivolidade e as loucuras da mãe. Vergonha do marido, se este tivesse juízo e não fosse tão leviano e tão sensual como ela. Vergonha dos filhos, se algum dia se dão conta.
Ideal belo: ser a rainha do lar; porém não o serás, se vais pelo caminho das jovens modernas.
Nem serás rainha, nem terás lar. Serás um ser desprezível aos olhos de Deus e aos olhos dos homens sensatos.
Jovem, imita a mulher forte que descreve o Espírito Santo; e se queres realizar essa imagem, olha para a Virgem Maria no lar de Nazaré. Essa é a rainha do lar. Imita-a se queres que nesse lar ideal que fantasias, teu marido e teus filhos te entronizem e te ponham a coroa de rainha.

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