27 de dezembro de 2012

Flores da Eucaristia - 27 de Dezembro

A simplicidade nos infunde a paz mesmo por entre os nossos sofrimentos e imperfeições, e nisto consiste o seu segredo, que mui poucas pessoas piedosas conhecem, razão porque estão sempre agitadas e perturbadas. A vista de seus pecados e defeitos as desanima; diante das imperfeições sempre crescentes imaginam que a perfeição não é para elas. É que estas almas pensam que a perfeição está na impecabilidade e, por conseguinte, na impossibilidade.
Ah! Não temeis este principio como regra de vida e condição da paz do coração. Tomai, ao contrário, o conselho da Imitação: “Toda a nossa paz nesta vida miserável consiste na humilde paciência”. Estas suas palavras dizem tudo. A paciência supõe um combate, uma infelicidade, um sofrimento que não podemos evitar e que, estando unido à nossa posição, à nossa natureza, provem, conseqüentemente, de Deus. Mas os meus defeitos, dirá alguém, as minhas faltas, não vêem de Deus.
É verdade sim, que elas decorrem de nossa miséria. Deus não quer nossas faltas, mas uma vez cometidas, quer a humilhação e a pobreza que delas resulta, e quando um pobre pecador se torna mais humilde e mais pobre devido ás suas faltas, torna-se também mais perfeito.

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