23 de junho de 2012

Tesouro de Exemplos - Parte 131

O CONSÔLO DE LÚCIFER

Um dia, voltando da terra, chegou um demônio ao inferno. Estava triste e abatido. Dirigindo-se a Lúcifer, o rei das trevas, disse:
- Chefe, falhou completamente o meu esfôrço. Mostrei ao Filho do homem tôdas as riquezas e grandezas do universo e prometi-lhe dar-lhe tudo aquilo com a única condição de que me adorasse... E eis que êle me repeliu com desprêzo.
- Consola-te, meu filho, responde Lúcifer, mesmo que êsse esteja perdido, todos os outros nos pertencem...
Depois de algum tempo regressa o demônio de sua nova excursão pela terra e diz:
- Chefe, está tudo perdido. O Filho do homem acaba de fazer ao povo, no monte Tabor, um sermão sem igual. Êle afasta a todos das vaidades terrenas e impele-os para o reino de Deus.
- Consola-te, meu filho, diz Lúcifer, êles gostam de ouvir palavras novas e belas, mas não as põem em prática. Esquecer-se-ão delas como se esqueceram dos ensinamentos dos profetas.
Faz o demônio outra excursão pela terra. Quando volta ao inferno, chega-se ao poderoso rei Lúcifer e, desanimado, diz:
- Meu chefe, o nosso poder está liquidado para sempre. O Filho do homem selou sua doutrina com a própria vida, provando assim que é realmente o Filho de Deus.
- Não te aflijas demais, meu filho, replicou Lúcifer, êles serão nossos apesar de tudo. O Filho do homem provou, é verdade, por sua morte na Cruz, que é o Filho de Deus... mas consola-te, meu fiel emissário, os homens não crerão nêle.
Meu irmão, tira dêste imaginário diálogo uma preciosa lição para tua alma, isto é, que não deves viver, como pagãos e libertinos, sem fé, sem religião, sem Deus.

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